Outubro 04, 2024

Governo mantém estimativa para aumento do PIB em 3,2% mas prevê inflação mais alta em 2021

O Ministério da Economia manteve em 3,2% sua expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Política Econômica da pasta, por meio do Boletim Macrofiscal.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de Covid-19 e ao aumento no número de contaminados e de mortes provocadas pela doença, que também tem gerado reflexos negativos na economia.

"As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica", informou o Ministério da Economia.

De acordo com a área econômica, a manutenção de uma "política monetária em terreno acomodatício", ou seja, juros baixos, a expansão da vacinação, o controle dos gastos públicos públicos e a continuidade das reformas estruturais "possibilitarão a elevação da confiança e maior vigor da atividade ao longo de 2021".

Para o ano de 2022, a previsão oficial de alta do PIB do governo federal foi mantida em 2,5%.

A expectativa do mercado financeiro, apurada na semana passada, é de que o PIB tenha uma alta de 3,23% em 2021.

No fim de 2020, o BC estimou um alta de 3,8% para o nível de atividade neste ano, mas, em janeiro deste ano, avaliou que a pandemia pode gerar uma "reversão temporária da retomada econômica".

Em 2020, a economia brasileira registrou um tombo de 4,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior recuo anual da série iniciada em 1996.

Alta da inflação
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o Ministério da Economia elevou sua projeção de 3,23% para 4,4% em 2021.

Com o novo aumento, a expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

"O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta", informou o Ministério da Economia.

A previsão da Secretaria de Política Econômica para a inflação está abaixo da estimativa do mercado financeiro - de uma alta de 4,6% em 2021.

Reformas
De acordo com o Boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, o caminho para o "maior crescimento econômico" passa pela continuidade da agenda de reformas estruturais e políticas de consolidação fiscal, ou seja, o ajuste das contas públicas para conter a alta de gastos.

Segundo o governo, a agenda legislativa "avançou nos últimos dois anos e ainda progredirá mais".

"Dessa forma, a vacinação em massa vai garantir o retorno mais rápido do mercado de trabalho via redução das medidas restritivas de combate à pandemia; a consolidação fiscal vai manter um ambiente econômico propício ao investimento privado, à estabilidade da inflação e ao risco-país menor; e reformas pró-mercado vão dinamizar o crescimento de longo prazo da economia brasileira", acrescentou o Ministério da Economia.

Segundo o governo, "diversos projetos relevantes" estão sendo discutidos com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados neste ano.

A área econômica citou a reforma tributária e a reforma administrativa, que considera ser "muito relevantes no contexto atual e irão permitir a racionalização e simplificação do sistema tributário e a modernização da administração pública, respectivamente".

"No setor de infraestrutura, há várias ações em debate que deverão gerar resultados positivos no próximo ano: Modernização do setor elétrico; Debêntures de infraestrutura; Marco Legal das ferrovias", concluiu.

G1
Portal Santo André em Foco

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