Outubro 03, 2024

Agronegócio brasileiro alimenta mais de 772 milhões de pessoas no mundo, diz estudo

O agronegócio brasileiro forneceu alimento para 772,600 milhões de pessoas em 2020, segundo estudo da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Sire), divulgado nesta quinta-feira (4).

De acordo com a publicação, 212,235 destas pessoas são do Brasil e as outras 560,365 milhões são de outros países.

"A variação da população total alimentada pelo Brasil em 2019, de 809,472 milhões em relação a 2020, deve-se à variação de preços dos produtos nos dois anos considerados. Assim, pode-se afirmar que ao redor de 800 milhões de pessoas são alimentadas pelo Brasil, incluindo a população brasileira”, afirmam os autores.

Segundo a pesquisa, nos últimos dez anos, a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões. Os produtos em destaque foram a carne, soja, milho, algodão e produtos florestais.

Com isso, a expectativa é de que a contribuição do país para o abastecimento mundial aumente nos próximos anos.

Calculando
Para quantificar a contribuição do Brasil para a alimentação mundial, o estudo considerou a produção de grãos e oleaginosas por serem alimentos básicos de várias populações no mundo e também considerados básicos para a produção de proteína animal.

Para isso, os pesquisadores realizaram dois cálculos. O primeiro é baseado na produção física de grãos e o segundo agrega a esta produção física o seu respectivo valor monetário, a partir de preços internacionais.

Nas contas, os pesquisadores realizaram a conversão de carne bovina em grãos, se baseando no fato de sua produção acontecer no pasto.

"Convertemos esta exportação para equivalente em grãos e quantificamos quantas pessoas são alimentadas por esta carne. Esta é a segunda alternativa do estudo”, explica Elisio Contini, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.

“Na primeira alternativa, baseada na produção física, utilizaram-se dados do International Grains Council (IGC), subtraindo-se as importações de grãos feitas pelo Brasil", contam os autores.

"A partir dos dados de produção, estabeleceu-se o percentual da produção brasileira destes grãos em relação à mundial. Com dados da população mundial, foi possível quantificar o número de pessoas que o Brasil pode alimentar, com base na sua participação na produção mundial de grãos e oleaginosas”, detalham.

A partir disso, os pesquisadores entenderam que a participação do Brasil na produção mundial de grãos cresceu de 6% em 2011, para 8% em 2020.

No segundo método, os estudiosos multiplicaram os preços internacionais com a produção a cada ano. Fazendo em seguida a proporção em relação ao total, como na estimativa anterior.

Com isso, eles chegaram no dado de 772,600 milhões de pessoas supridas pela produção brasileira em 2020.

G1
Portal Santo André em Foco

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