Outubro 04, 2024

Dólar opera em alta, com atenção a dados dos EUA e Previdência

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (5), após dados melhores que o esperado de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, tendo como pano de fundo alívio na cena interna após aprovação da reforma da Previdência na comissão especial.

Às 15h35, a moeda norte-americana subia 0,48%, vendida a R$ 3,8171.

Cenário local
No cenário local, os investidores monitoram os próximos passos da votação da reforma. De acordo com o ValorOnline, os agentes analisam o resultado da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, com aprovação por 36 votos a 13, que aumenta as chances de votação no plenário antes do recesso parlamentar (de 18 a 31 de julho).

A proposta agora seguirá ao plenário da Câmara, onde será alvo de novos debates. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a reforma começará a ser analisada pelo plenário na próxima terça-feira (9).

De acordo com o ValorOnline, o mercado tem pressa com a primeira votação porque o Comitê de Política Monetária (Copom) atrelou a decisão de cortar juros ao avanço da reforma. Portanto, a escolha que será feita na reunião marcada para o fim deste mês depende da aprovação ou não em plenário no primeiro turno.

Ainda que a PEC tenha concluído uma parte importante de sua tramitação com a aprovação na comissão especial, a proposta não deve ter vida fácil no plenário e isso mantém agentes financeiros em cautela, segundo a Reuters.

Em função da cautela ligada à Previdência e também em antecipação a um feriado estadual em São Paulo, na terça-feira (9), o que deve refletir em baixa liquidez também na segunda-feira, investidores evitam adotar posições de risco, destaca a agência.

Cenário externo
No cenário externo, dados de emprego nos EUA mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos se recuperou com força em junho.

A criação de vagas é um dos números monitorados de perto pelo Federal Reserve (BC dos EUA) na decisão de política monetária.

Por outro lado, o ganho salarial, outro ponto de atenção, permaneceu fraco, o que, somado a evidências crescentes de desaceleração na economia, ainda pode encorajar um corte de juros pelo Fed.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

Pregão anterior
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,67%, vendida a R$ 3,7993 - menor patamar de fechamento desde 20 de março (R$ 3,7641). Em julho, a moeda já caiu 1,04%. No ano, tem queda de 1,93%.

G1
Portal Santo André em Foco

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