Junho 06, 2025

Lula critica guerra na Ucrânia e vê ONU enfraquecida; Macron reforça que Rússia é a agressora Featured

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (5) que está preocupado com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O presidente brasileiro ainda mencionou que vê a Organização das Nações Unidas (ONU) "enfraquecida politicamente" para auxiliar nas negociações.

Segundo Lula, o Brasil, desde o começo do conflito, se posicionou contra a ocupação da Rússia no território ucraniano.

"Agora fiquei preocupado. Me parece que houve um ataque da Ucrânia a um aeroporto, não sei aonde. Agora estou lendo no boletim que [Donald] Trump diz que conversou com [Vladimir] Putin, que Putin diz que vai retaliar a Ucrânia", mencionou Lula.

"As pessoas precisam se dar conta, eu disse isso pessoalmente ao presidente Putin, que chegou um momento em que as pessoas já sabem o que vai dar isso. Já está mais do que provada a insanidade mental da guerra. Ela não constrói nada, ela destrói. Quando os dois quiserem negociar a paz, nós daremos a nossa contribuição", prosseguiu.

O presidente brasileiro ainda mencionou que dificilmente a ONU poderá auxiliar para a chegada de um consenso entre os dois países.

"Lamentavelmente a ONU está enfraquecida politicamente e a ONU tem pouco poder de dar opinião sobre a guerra, não apenas essa, mas qualquer outra guerra que aconteça no mundo", afirmou.

A declaração foi dada à imprensa durante visita à Paris, na França. Antes, Lula se reuniu, a portas fechadas, com o presidente francês Emmanuel Macron.

'Rússia agressora'
Na ocasião, Macron também fez questão de criticar a guerra, mas destacou a diferença entre os dois países envolvidos.

"Há um agressor, a Rússia, e um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz, mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade", afirmou Macron, segundo tradução do canal oficial do governo brasileiro.

A fala manifesta uma oposição à postura de Lula – que, por diversas vezes, equiparou as posições de Putin e Zelensky como "responsáveis" pela invasão russa à Ucrânia.

"O presidente [Lula] acaba de fazer uma defesa do multilateralismo, e isso é uma defesa da Carta das Nações Unidas [...]. A violação da integridade de um Estado foi causada pela Rússia, e não pela Ucrânia. Não podemos nos enganar, um país violou a Carta das Nações Unidas. Infelizmente, ele é membro do Conselho de Segurança da ONU e ele recusa a paz", seguiu Macron.

A agenda de Lula na França também inclui uma reunião com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e um encontro com a comunidade brasileira.

Durante a visita à França, o presidente brasileiro ainda participará da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, em Nice, e visitará a Interpol em Lyon. A Interpol atualmente é comandada pelo brasileiro Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal.

g1
Portal Santo André em Foco

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