Outubro 11, 2024

PF vai investigar Eduardo Bolsonaro após comparação entre professores e traficantes Featured

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de uma investigação para apurar falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que compararam professores "doutrinadores" a traficantes. "Não tem diferença entre um professor doutrinador para um traficante de drogas, que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime", disse o parlamentar em um evento pró-armamentista realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no domingo (9).

Em seu discurso, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que os educadores seriam ainda piores do que os envolvidos com tráfico de drogas, porque "causam discórdia na sua casa”. O R7 tenta contato com a assessoria do deputado.

A quarta edição do Encontro Nacional do movimento PROARMAS pela Liberdade aconteceu seis meses após os atos golpistas que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Segundo informações divulgadas pela assessoria, o ato “não é sobre armas, é sobre liberdade.”

Em postagem nas redes sociais, o ministro Flávio Dino não citou o nome do parlamentar, mas afirmou que o objetivo da PF deverá ser "identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos".

Política armamentista
Uma das primeiras medidas da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o decreto 11.366, de 1º de janeiro de 2023, suspendeu os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores (CAC’s) e particulares.

Além disso, reduziu de seis para três a quantidade de armas permitidas para o cidadão comum e suspendeu a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro, além da concessão de novos registros de colecionadores, atiradores e caçadores.

O texto também proibiu o transporte de arma municiada e a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos.

O Ministério da Justiça recadastrou 939.154 armas permitidas e de uso restrito. O prazo acabou em maio deste ano e o número representa cerca de 99% do total de armamentos encontrados no país.

Os armamentos que não foram recadastrados ficam sujeitos, a partir de agora, à apreensão administrativa, enquanto os proprietários poderão responder criminalmente por porte ou posse ilegal de arma.

R7
Portal Santo André em Foco

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