Uma vistoria feita pelo Ministério Público da Paraíba e Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) no Hospital de Emergência e Trauma em João Pessoa constatou superlotação na unidade de saúde, além de moscas pousando sobre os pacientes e apenas uma aspirador sendo usado por diversos internos, aumentando o risco de infecções.
De acordo com o relatório do CRM-PB divulgado nesta segunda-feira (13), na enfermaria laranja foi observada uma superlotação, onde havia 48 internos em vez de 20. As macas também estariam muito próximas, com 10 cm de distância, em vez dos 80 cm exigidos, e sem distinção de sexo entre os pacientes.
Na unidade, o risco de infecções é maior porque, segundo o relatório, além de moscas pousando sobre os pacientes, também foi averiguado que havia apenas um aspirador sendo usado por diversos pacientes.
Também foi constatado um atraso nas reavaliações médicas, um dos fatores que contribuiriam com a superlotação da enfermaria, além de um período acima de 24 horas de espera na observação da emergência.
Na vistoria da enfermagem da área verde também foram percebidos pacientes além da capacidade e em condições improvisadas, como poltronas e até alguns internos na sala destinada à administração de medicamentos. Todos os pacientes compartilhavam do mesmo banheiro.
"A gente não pode, numa situação especificamente do Trauma, tomar uma decisão porque se trata de um hospital de emergência e qualquer atitude mais drástica do Conselho de Medicina diante de suas atribuições iria acarretar um prejuízo pra todos nós sem definição. Então, diante disso, temos que esperar que o Ministério Público Federal, junto com o Ministério Público Estadual, atue de forma rápida e eficaz para solucionar os problemas", disse João Alberto Pessoa, diretor de fiscalização do CRM-PB, em entrevista à TV Cabo Branco.
O relatório do CRM-PB foi enviado ao Ministério Público Federal e à Secretária de Saúde da Paraíba. Em resposta à TV Cabo Branco, Geraldo Medeiros, secretário de Saúde do estado, disse que serão providenciados novos leitos durante o segundo trimestre de 2020. Sobre a falta de medicamentos e outros problemas mencionados, o secretário declarou que são impasses pontuais e serão solucionados com a nova gestão.
G1 PB
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