O número de cirurgias eletivas caiu 47% entre 2019 e 2020, de acordo com um levantamento do Conselho Federal de Medicina, divulgado nesta segunda-feira (13). As cirurgias eletivas (marcadas previamente) hospitalares ou ambulatoriais passaram de 164.524 em 2019, antes da pandemia da Covid-19, para 87.226 em 2020.
De acordo com o CFM, o medo dos pacientes em procurar ajuda médica, o contingenciamento de leitos para o tratamento da Covid-19 e as restrições de acesso aos hospitais em função da pandemia provocaram a queda nos atendimentos.
O estudo mostra que, entre 2019 e 2020, também houve uma queda de 32% na quantidade de procedimentos médicos ambulatoriais na Paraíba, reduzindo de 1,4 milhão para 950 mil. Em todo o país, a redução foi de 28%.
“Algumas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer, por exemplo, não podem ter seus tratamentos interrompidos. Além disso, o diagnóstico precoce de diversas enfermidades aumenta as chances de cura e diminui os riscos. Para preservar leitos e evitar o colapso do SUS houve a suspensão dos procedimentos eletivos no período mais severo da pandemia. Agora, com as taxas de ocupação dos hospitais em declínio, é importante os serviços de saúde estarem preparados para uma retomada segura dos atendimentos e procedimentos”, avalia o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB), João Modesto Filho.
O levantamento do CFM mostra também que a quantidade de procedimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas em 2021 ainda está em ritmo lento. No primeiro semestre deste ano (janeiro a junho), foram realizadas 40.910 cirurgias eletivas pelo SUS, na Paraíba. No segundo semestre, este número deveria ser pelo menos três vezes maior para se aproximar à quantidade de mais de 160 mil cirurgias realizadas em 2019.
Já o número de procedimentos médicos ambulatoriais, na Paraíba, no primeiro semestre de 2021 foi de 655.489. Se este número se mantiver no segundo semestre, ao final do ano, a quantidade de procedimentos de 2021 vai se aproximar dos 1,4 milhão de procedimentos ambulatoriais de 2019.
No ranking das áreas médicas mais acometidas, além da oftalmologia, estão a radiologia, a clínica médica, a radioterapia, a anatomopatologia, cardiologia, medicina laboral, citopatologia, neurologia e ginecologia e obstetrícia.
G1 PB
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