Mesmo após a expansão de leitos registrada em hospitais da Paraíba, a ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em enfermarias continua no limite, principalmente na Grande João Pessoa, segundo dados do Censo Hospitalar do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB), divulgados nesta quarta-feira (24).

Os dados consideram 25 hospitais públicos e privados das três macrorregiões de Saúde, em João Pessoa, Campina Grande e no Sertão. Na Grande João Pessoa, 13 hospitais foram analisados, e dos 375 leitos de UTI existentes, 332 estavam ocupados - 90% de ocupação.

Havia 43 leitos disponíveis no Hospital Metropolitano; Clementino Fraga; Hospital Universitário Lauro Wanderley; Prontovida; Santa Isabel; Frei Damião; Complexo Hospitalar de Mangabeira; Hospital de Trauma; São Vicente de Paulo; São Luís; Hapvida; Unimed; e Hospital Nossa Senhora das Neves.

Em Campina Grande, sete hospitais foram analisados: Hospital Universitário Alcides Carneiro, Hospital de Clínicas, Pedro I, Hospital de Trauma, João XXIII, Santa Clara e UPA Alto Branco. Dos 167 leitos abertos, 142 estavam ocupados e 25 disponíveis.

A demanda por leitos de UTI também continua alta no Sertão da Paraíba, que tem 95% de ocupação nas cinco unidades analisadas pelo CRM. Dos 68 leitos, 58 estavam ocupados e apenas quatro (três no Regional de Patos e um na UPA de Cajazeiras) estavam disponíveis.

O CRM considerou a ocupação dos hospitais regionais de Patos, Cajazeiras, Pombal e Piancó, além da UPA de Cajazeiras, no levantamento da ocupação de leitos no Sertão.

O presidente do CRM-PB, Roberto Magliano, afirmou que algumas unidades de saúde já registram falta de medicamentos e EPIs, assim como tem acontecido em diversas regiões do país.

“Infelizmente, em algumas unidades já começam a se tornar escassos os remédios para pacientes intubados. Por enquanto, os EPIs estão em quantidade suficientes para os próximos 15 dias”, disse o presidente do CRM-PB.

Até a terça-feira (23), a Paraíba tem 81% de ocupação de leitos de UTI. Na Grande João Pessoa, o índice é de 90%; em Campina Grande, 74%; e no Sertão; 90%, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

G1 PB
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