O Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) conformou, nesta segunda-feira (25), que identificou no estado a circulação de uma nova cepa do coronavírus. Segundo o secretário executivo de saúde, Daniel Beltrammi, trata-se da mutação E484K, identificada originalmente na África do Sul e que tem uma maior capacidade de infecção.
A mutação foi detectada por meio do teste de PCR. O Lacen-PB, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, realizaram um o trabalho de sequenciamento genético do vírus para chegar à confirmação de que se tratava de fato da nova cepa.
A mutação foi encontrada na amostra da pessoa que foi confirmada como sendo o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus no país. A paciente é uma médica de 37 anos que mora em Natal e trabalha também na Paraíba.
Ainda de acordo com Beltrammi, a cepa da África do Sul é uma variante mais infecciosa da B.1.1.28, que já circula na Paraíba desde praticamente o início da pandemia na Paraíba. A saber, uma outra variante que circula na Paraíba desde o início é a B.1.1.33. Ambas têm origem na Europa e chegaram ao estado muito provavelmente a partir do Rio de Janeiro.
Daniel Beltrammi, por fim, informou que o Lacen vai fazer também o trabalho de sequenciamento genético com amostras de exames dos pacientes transferidos de Manaus para tratamento da Covid-19. A ideia é investigar também se vai haver a incidência da cepa do Amazonas na Paraíba.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde por telefone e por e-mail, para saber se o órgão estão acompanhando o caso, mas não obteve respostas.
G1 PB
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