O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, pediu que a Secretaria de Saúde do Município implantasse um protocolo que prevê prescrição da hidroxicloroquina em pacientes com estágio inicial da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. De acordo com a prefeitura, o gestor consultou especialistas e se entusiasmou com possíveis vantagens para pacientes e para o sistema de saúde municipal.
O remédio é usado comumente para tratamento de malária. Ainda não há evidências científicas que apontem a eficácia em casos de infecções por coronavírus.
A adoção de um novo protocolo que prevê a prescrição da hidroxicloroquina em pacientes com estágio inicial da Covid-19 foi decidida após uma reunião do prefeito com o secretário de Saúde, Filipe Reul, em que foi decidido que o medicamento seria utilizado no tratamento das pessoas com sintomas suspeitos ou infectadas pelo novo coronavirus, em Campina Grande.
Segundo o prefeito, o uso do medicamento pode diminuir o risco de colapso no sistema de saúde do município.
De acordo com a Secretaria de Saúde, as pessoas com sintomas de Covid-19 que procurarem a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do bairro Alto Branco passarão a ser tratadas, nessa fase inicial, com um coquetel de medicamentos que inclui a hidroxicloroquina. Mesmo seguindo para o próximo estágio no fluxo de atendimento, que é a internação no Hospital Pedro I, no bairro de São José , o paciente continuará a ser medicado com o coquetel, sendo liberado para casa sob monitoramento da equipe da Saúde Municipal.
Recentemente, o ministro da Saúde, Nelson Teich, alertou sobre riscos da cloroquina no tratamento da Covid-19. Teich escreveu em sua conta de uma rede social, na terça-feira (12), que a cloroquina apresenta efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita em comum acordo entre paciente e médico. Um dos principais efeitos colaterais do remédio são complicações cardíacas. Além disso, duas pesquisas internacionais realizadas com mais de 1.300 pacientes mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia contra a Covid-19.
Segundo o secretário de Saúde de Campina Grande, a aplicação do coquetel só ocorrerá com base em alguns critérios, que levam em conta a não inclusão das grávidas, cardiopatas e outras condições especiais de saúde dos pacientes.
G1 PB
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