Profeta (+ 790 a.C.)
Com um gesto simbólico, Elias consagrou Eliseu profeta e seu sucessor: “Elias andou à procura de Eliseu e o encontrou arando... Jogou-lhe nas costas o próprio manto. Então, Eliseu, abandonando os bois, correu em direção a Elias”. Por seis anos segui-o como discípulo devotado, herdando-lhe à morte a virtude carismática.
Antes da misteriosa despedida, quando Elias desapareceu sobre um carro de fogo, o mestre perguntou ao discípulo:”Que coisa queres, antes que eu parta da terra?”. Eliseu não se contentava com os “dois terços”. Porção que cabia ao primogênito:”Peço-te”, respondeu, “que habite em mim o dobro do teu espírito”.
O continuador da obra de Elias era um rico proprietário, originário de Abel-Meula. Seu nome tem um significado de bom augúrio: elisá quer dizer, com efeito, “Deus salva”, bem afinado com a natureza de sua missão, desenvolvida sob quatro reis de Israel, Jorão, Jeú, Joacaz e Joás, de 853 a 783 a.C.
Eliseu acompanha o exército de Jorão, encorajando o rei num momento difícil; assegura a chuva depois da canícula e a vitória; desvenda a emboscada do rei de Damasco. Depois, seguem-se as várias salvações do rei e de seu exército e multiplicam-se os prodígios efetuados pelo mais taumatúrgico dos profetas: com o manto de Elias divide as águas do Jordão; multiplica o óleo de uma viúva pobre; multiplica 20 pães para saciar a fome de uma centena de pessoas; cura da lepra Naamã, o valoroso general do rei de Damasco.
Sua ação taumatúrgica prossegue mesmo depois da morte, quando um morto ressuscita ao simples contato com as relíquias do santo profeta – sepultado, como diz são Jerônimo, na Samaria. A festa desse santo, venerado sobretudo no Oriente, é celebrada liturgicamente na Ordem do Carmo.
COMECE O DIA FELIZ
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A Câmara dos Deputados fez sessão de debates no Plenário nesta sexta-feira (14), o que permitiu a contagem do prazo do pedido de vista (mais tempo para análise) do parecer da reforma da Previdência. O prazo de vista deve ser concluído se os deputados fizerem nova sessão na segunda-feira (17). Com isso, a proposta pode começar a ser discutida na Comissão Especial na próxima terça-feira (18).
Lideranças do Governo trabalharam para garantir a presença mínima de deputados para realizar a sessão, numa sexta-feira, quando geralmente não há número suficiente para abrir os trabalhos. A sessão começou pouco antes das 09h30, com 52 deputados de 19 partidos. Destes 52 deputados, 13 eram do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Logo no início da sessão, o plenário contava com o líder do Governo na Câmara, Major Vítor Hugo; o vice-líder do Governo, Darcisio Perondi (MDB-RS); o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe Francischini (PSL-PR) e a vice-presidente do colegiado, Bia Kicis (PSL-DF). Os deputados se revezaram em discursos no Plenário, comemorando o feito, que classificaram como “histórico”.
“É uma sessão muito importante para nós, porque vai adiantar o processo. Vamos iniciar, na semana que vem, mais rapidamente, o processo de discussão da construção de uma nova Previdência para o País”, afirmou o líder do Governo na Câmara, Major Vítor Hugo.
Segundo o deputado, a última sessão ocorrida numa sexta-feira foi em 10 de novembro de 2017, quando o então governo do presidente Michel Temer buscava garantir o quórum para fazer avançar a reforma da Previdência apresentada naquela gestão.
O parecer da reforma da Previdência foi apresentado ontem, e precisa passar por votação na Comissão Especial e no Plenário – nesta instância, deve passar por duas votações, e obter, em cada uma, pelo menos 308 votos.
G1
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao blog nesta sexta-feira (14) acreditar que será mais fácil incluir novamente estados e municípios no texto da reforma da Previdência durante o debate no plenário da Casa.
Ele disse que vai trabalhar junto aos governadores para garantir esta articulação, mas defende que a reinclusão dos estados no texto só ocorra após garantia dos votos dos deputados de cada estado.
"Tenho acordo dos líderes para trazer os governadores para o texto, pode ser na comissão ainda, mas é mais fácil no plenário, por emendas", disse o presidente da Câmara.
Maia afirmou também que acredita na votação da reforma em plenário ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, há ambiente para a votação, mas faltam os votos.
"Acho que precisa votar logo, que diferença faz votar na primeira quinzena de julho ou na de agosto? Se tiver voto, vota logo e vamos mudar de assunto, vamos para a reforma tributária", disse ele.
Nesta quinta-feira (13), o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou, em comissão especial na Câmara, parecer sobre a proposta enviada ao Congresso pelo governo federal em fevereiro.
O relatório de Samuel Moreira modifica alguns dos principais pontos da matéria. No parecer do relator, foram retirados alguns pontos, como mudanças na aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a criação do regime de capitalização. Além disso, ficaram de fora do relatório estados e municípios.
G1
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A presidência do Senado divulgou nota nesta quinta-feira (13) na qual diz respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia. O documento, no entanto, diz que o Parlamento “não pode aceitar a interpretação de que é omisso”.
A nota foi divulgada pela assessoria do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Mais cedo, nesta quinta, o STF concluiu julgamento e, por 8 votos a 3, permitiu a criminalização de atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais, enquadrando-os no crime de racismo.
De acordo com a decisão da Corte:
Durante o julgamento, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli afirmaram que o Congresso foi “omisso” por não ter aprovado uma lei sobre o tema.
“A Constituição Federal assegura ao Congresso Nacional a atribuição de legislar. O Parlamento respeita a decisão do Poder Judiciário na sua independência e autoridade para dirimir conflitos constitucionais, mas não pode aceitar a interpretação de que é omisso, uma vez que se guia pela devido respeito à democracia e à pluralidade de opiniões, representadas nos diferentes parlamentares eleitos pelo povo”, diz trecho da nota do Senado.
A presidência do Senado também diz que, em maio, a Casa encaminhou um parecer ao Supremo no qual informou que os senadores analisaram, recentemente, duas propostas que tratam de proteção a homossexuais e indivíduos transgênero identificados com o sexo feminino.
Um desses projetos foi aprovado, em primeiro turno, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e prevê punições para a discriminação ou preconceito por sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O texto, que criminaliza a homofobia, promove alterações na legislação que trata dos crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O projeto isenta de punição quem impedir ou restringir ‘manifestação razoável de afetividade’ em templos religiosos.
A proposta ainda terá de passar por nova votação na comissão e, se for aprovada, seguirá para análise dos deputados.
O outro projeto citado na nota do Senado amplia o alcance da Lei Maria da Penha para proteger também transexuais e pessoas transgênero. O projeto ainda precisa ser analisado pelo plenário da Casa. Se for aprovado, também seguirá para votação na Câmara.
“O Parlamento brasileiro é ciente da sua competência constitucional de legislar assim como tem responsabilidade com o povo brasileiro para tomar as decisões com cautela, ouvindo e dialogando com todos os setores envolvidos. Sabe-se que é preciso defender as minorias, mas o cuidado do legislador também objetiva não provocar um movimento tal que resulte em ação contrária ao que se busca”, diz outro trecho da nota do Senado.
A proposta que criminaliza a homofobia citada na nota do Senado foi apresentada neste ano pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA). A outra proposta citada no documento, a que altera a Lei Maria da Penha, foi apresentada em 2017 pelo ex-senador Jorge Viana (PT-AC).
A criminalização da homofobia, no entanto, já tramita no Congresso há mais tempo. Um projeto de lei da Câmara, com esse teor, chegou ao Senado em 2006, mas acabou arquivado. O texto, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), começou a tramitar na Câmara em 2001.
Íntegra da nota
Leia abaixo a íntegra da nota
Nota pública
O Parlamento brasileiro é ciente da sua competência constitucional de legislar assim como tem responsabilidade com o povo brasileiro para tomar as decisões com cautela, ouvindo e dialogando com todos os setores envolvidos. Sabe-se que é preciso defender as minorias, mas o cuidado do legislador também objetiva não provocar um movimento tal que resulte em ação contrária ao que se busca.
O próprio Supremo Tribunal Federal reconheceu, durante o julgamento das ações que questionam a falta de regramento que puna, criminalmente, a homofobia e a transfobia, o quão tumultuado tem sido todo o processo.
Além disso, vale ressaltar que, no último mês de maio, o Senado Federal encaminhou parecer ao STF em que informou a aprovação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, do Projeto de Lei (PL) 672/2019, que inclui, na Lei de Racismo, a discriminação por orientação sexual ou de identidade de gênero. O projeto está pendente apenas de votação de turno suplementar em decisão terminativa.
Ainda foi comunicado ao Supremo a aprovação, na CCJ, do Projeto de Lei do Senado (PLS) 191/2017, que inclui indivíduos transgêneros identificados com o sexo feminino na rede de proteção da Lei Maria da Penha. O texto está pronto para deliberação no Plenário.
Diante do exposto, ressalta-se que a Constituição Federal assegura ao Congresso Nacional a atribuição de legislar. O Parlamento respeita a decisão do Poder Judiciário na sua independência e autoridade para dirimir conflitos constitucionais, mas não pode aceitar a interpretação de que é omisso, uma vez que se guia pela devido respeito à democracia e à pluralidade de opiniões, representadas nos diferentes parlamentares eleitos pelo povo.
Assessoria de Imprensa
Presidência do Senado Federal
G1
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O ministro da Justiça, Sergio Moro , declarou que não vai se afastar do cargo, após a divulgação de conversas atribuídas a ele, quando era juiz federal, e ao procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol , publicadas pelo site de notícias "The Intercept Brasil" no domingo. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", na noite desta quinta-feira, Moro negou a existência de um "conluio" com a força-tarefa da operação e afirmou que não há risco de ser anulado o processo do tríplex do Guarujá (SP), no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância.
"Eu me afastaria (do cargo de ministro) se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte. Acho que é o contrário. Agora estou em uma outra situação, estou como ministro da Justiça, não mais como juiz, mas tudo o que eu fiz naquele período foi resultado de um trabalho difícil. E nós sempre agimos ali estritamente conforme a lei. Qualquer situação, despido o sensacionalismo, está dentro da legalidade. Conversar com procuradores, conversar com advogados, isso é absolutamente normal", afirmou o ministro ao jornal.
Na manhã desta sexta-feira, Moro comentou a entrevista no Twitter e reforçou sua visão de que agiu dentro da legalidade.
"Para o site aliado a hackers criminosos: 'Publiquem tudo se quiserem'. Agi dentro da legalidade. Não vou pedir desculpas por ter cumprido o meu dever e ter aplicado a lei contra a corrupção e o crime organizado", destacou o ministro na rede social.
Ao "Estado de S. Paulo", Moro ressaltou que foi vítima de um "ataque criminoso" de hackers e disse que não pode reconhecer a autenticidade das mensagens. Também afirmou que, durante a invasão, não foi possível acessar o conteúdo de seu Telegram, aplicativo em que os diálogos ocorreram, segundo o "Intercept".
"Eu fico numa situação delicada porque eu não posso reconhecer a autenticidade dessas mensagens, porque é assim, em vez de eles apresentarem tudo, e que a gente possa verificar a integridade desse material, eles (o site "The Intecept Brasil") estão com essa ideia de apresentar paulatinamente. E eu não excluo a possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação", disse Moro.
O ministro sugeriu que os diálogos sejam entregues a uma autoridade independente, como Supremo Tribunal Federal (STF), e declarou que algumas conversas lhe causam "bastante estranheza".
"Não tenho memória de tudo. Vejo algumas coisas que podem ter sido coisas que eu tenha dito. Agora podem ter inserções maliciosas. Então fica muito complicado. Até porque, como eu disse, se os fatos são tão graves como eles dizem que são, até agora não vislumbrei essa gravidade, o que eles deveria fazer: pegar o material que receberam na forma original, não sei se é papel ou se é meio eletrônico, e apresentar para uma autoridade independente. Se não querem apresentar à Polícia Federal, apresenta no Supremo Tribunal Federal. Aí vai se poder verificar a integridade daquele material, exatamente o que eles têm, para que se possa debater esse conteúdo. Agora, do contrário, eu fico impossibilitado de fazer afirmações porque eu não tenho o material e, por outro lado, eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã aparece outra adulterada. Alguns diálogos, algumas mensagens lá me causam bastante estranheza", afirmou.
'Receber demanda acontece o tempo todo'
Moro disse ainda que recebia procuradores, mas também advogados de defesa, e reafirmou que as conversas são "comuns" no Judiciário.
"É normal trocar informação, claro, dentro da licitude. Mas, assim, o que tem que se entender é que esses aplicativos de mensagens, eles apenas aceleram a comunicação. Isso do juiz receber procuradores, delegados, conversar com delegado, juiz receber advogados, receber demanda de advogados, acontece o tempo todo. Às vezes chegava lá o Ministério Público: “Ah, vou pedir a prisão preventiva do fulano X”. Às vezes, o juiz tem uma análise lá e fala: “Ó, precisa de prova robusta para pedir a prisão preventiva”. Assim como o advogado chega lá e diz: “Vou pedir a revogação da prisão preventiva do meu cliente”. Às vezes o juiz fala: “Olha, o seu cliente está em uma situação difícil para demonstrar a correção do comportamento do cliente, afastar essa suspeita”. Essa interlocução é muito comum. Sei que tem outros países que têm práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores".
O ministro também foi questionado sobre a divulgação de conversas telefônicas entre o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. O tema foi discutido em uma conversa com Dallagnol, segundo o site "Intercept".
O Globo
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A decisão de comparecer ao lado do ministro Sergio Moro (Justiça) no jogo do Flamengo contra o CSA no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e a uma cerimônia militar são provas de apoio ao ex-juiz, declarou nesta quinta (13) o presidente Jair Bolsonaro a uma plateia de evangélicos.
Na noite desta quinta, Bolsonaro discursou durante 12 minutos em evento em comemoração pelos 108 anos da Assembleia de Deus no Brasil, em Belém.
Foi tempo suficiente para que reiterasse apoio a Moro, defendesse novamente a presença de um ministro evangélico no STF (Supremo Tribunal Federal) e reproduzisse um episódio de sua campanha, quando foi flagrado, durante debate, com as palavras Deus, Família e Brasil escritas em uma mão.
A um templo lotado de fiéis —a capacidade é de cerca de 20 mil pessoas—, Bolsonaro afirmou que escolheu o melhor time de ministros possível, “elogiado até pela oposição.” Neste momento, o público puxou o coro “Moro, Moro”.
O presidente lembrou que Moro abriu mão de 22 anos de magistratura para poder assumir o cargo no Ministério da Justiça e mencionou a troca de mensagens entre Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, reveladas pelo site The Intercept Brasil.
O capitão reformado reconheceu que acusações pairaram sobre o ministro, mas enfatizou que elas eram fruto de uma ação criminosa de hackers.
Diálogos exibidos pelo site mostram que ambos discutiam processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal enquanto integravam a força-tarefa da Lava Jato.
Moro nega que haja no material revelado "qualquer anormalidade ou direcionamento" da sua atuação como juiz. Já os procuradores divulgaram nota qualificando a revelação de mensagens de “ataque criminoso à Lava Jato”.
Bolsonaro usou o Dia dos Namorados, comemorado nesta quarta (12), para reiterar seu apoio a Moro. “Não comprei presente para a senhora Michelle. Dei-lhe um beijo. Ela se apaixonou mais por mim ainda e eu por ela.”
Para Moro, disse o presidente, o apoio se deu na decisão de que o ministro o acompanhasse nos dois eventos públicos. “Gestos dizem mais do que palavras”, disse. “Você olha nos olhos daquela pessoa e sente que aquela pessoa quer o bem e acredita em você, isso não tem preço.”
Durante o discurso, Bolsonaro fez vários acenos ao público presente. Em um deles, lembrou do momento em que foi flagrado, durante debate na Rede TV, com uma “cola” na mão com as palavras Deus, Família e Brasil. Neste momento, o presidente exibiu ao público os mesmos dizeres em uma das mãos.
Muito aplaudido, Bolsonaro lembrou ainda a controvérsia gerada quando falou que estava na hora de o STF ter um ministro evangélico. “A reação foi a mesma”, disse. “O estado é laico, mas eu, nós todos, somos cristãos”, afirmou. “Respeitamos a maioria. Respeitamos a minoria. Mas o Brasil é um país cristão.”
Folha de S. Paulo
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, conversaram reservadamente nesta quinta-feira (13) sobre as mensagens divulgadas pelo site Intercept Brasil em que o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol discutem ações da Lava Jato.
Segundo a assessoria do ministério, Moro tratou do episódio das conversas com Deltan e repetiu a Toffoli o que tem dito publicamente: ele e os integrantes da força-tarefa foram vítimas de um ataque criminoso.
O ministro da Justiça e o presidente do STF conversaram após participarem de um evento na sede da pasta no começo da tarde.
Procurada pela Folha, a assessoria de comunicação do Supremo informou que não é prática de Toffoli comentar conversas com autoridades.
A conversa entre Moro e Toffoli ocorre no momento em que cresce a pressão de uma ala do Supremo para que a corte se posicione sobre o vazamento dos diálogos entre Moro e Deltan.
Na terça (11), o ministro Gilmar Mendes (STF) anunciou que a Segunda Turma da corte, formada por ele e outros quatro ministros, deve julgar no próximo dia 25 um habeas corpus em que a defesa do ex-presidente Lula pede que seja declarada a suspeição de Moro no julgamento do caso do tríplex de Guarujá.
Moro está sob pressão desde que os diálogos foram revelados pelo site The Intercept Brasil.
Segundo reportagens do site, o hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL) e o chefe da força-tarefa da Lava Jato discutiam colaborações de processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça pelo Ministério Público Federal.
Na manhã desta quinta (13), Moro e Toffoli participaram do lançamento de um pacto pela prevenção e o combate da violência contra crianças e adolescentes. A rápida conversa entre os dois ocorreu após a cerimônia.
Em seu discurso no evento, Moro afirmou que não atua, à frente da pasta, para promover o que chamou de "justiça vingativa".
"Quando eu fui convidado pelo Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, houve uma convergência absoluta no que se refere às minhas intenções e às dele, de que o objetivo seria sermos firmes contra crime organizado, corrupção e a criminalidade violenta", declarou o ministro.
"Para deixar tudo muito claro: tanto a minha visão quanto a do presidente não é fazer isso por uma espécie de justiça vingativa, embora fazer justiça seja importante. Não, evidentemente, vingança. Mas se faz isso principalmente porque o objetivo é proteger as pessoas e melhorar a qualidade de vida das pessoas", concluiu.
Folha de S. Paulo
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O general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi demitido nesta sexta-feira (14) da Secretaria de Governo da Presidência da República pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Desde que chegou ao Planalto, em janeiro, o ministro se envolveu em uma crise com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro.
“É um freio de arrumação”, disse à Folha um integrante do Palácio do Planalto.
Santos Cruz é o terceiro ministro a cair na gestão Bolsonaro, após as quedas de Gustavo Bebianno (Secretaria Geral), por causa da crise dos laranjas, e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), pelas falhas de gestão na pasta.
O incômodo da cúpula militar do governo com Olavo de Carvalho cresceu à medida que se avolumaram os ataques do escritor reverenciado pelo presidente e pelo grupo ideológico que o cerca.
O ministro general reagiu às ofensas de Olavo aos militares que hoje trabalham no Palácio do Planalto, em especial o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).
“Eu nunca me interessei pelas ideias desse sr. Olavo de Carvalho”, disse Santos Cruz à Folha. Nem a forma nem o conteúdo agradam a ele", afirmou. “Por suas últimas colocações na mídia, com linguajar chulo, com palavrões, inconsequente, o desequilíbrio fica evidente”, criticou o ministro, em março.
Integram ainda a ala militar do Planalto os generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o porta-voz, Otávio Rêgo Barros, e o chefe da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto.
Durante visita de Bolsonaro aos EUA, Olavo disse que Mourão é um “cara idiota”, “um estúpido”, uma figura “que não tem ideia do que é a Vice-Presidência”. “Não o critico, eu o desprezo”, soltou.
Considerado o guru do bolsonarismo, Olavo afirmou que o presidente da República está de “mãos amarradas”, que militares de seu governo têm “mentalidade golpista”, “são um bando de cagões” e que, se nada mudar, o governo acaba em seis meses. No dia seguinte, quando desembarcou nos EUA e tais declarações já eram públicas, Bolsonaro tratou Olavo com deferência.
Folha de S. Paulo
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Marta voltou, fez gol, quebrou recordes, mas em vão. Após abrir 2 a 0 no primeiro tempo, com direito também a um gol da artilheira Cristiane, o Brasil sofreu a virada da Austrália e perdeu por 3 a 2 em Montpellier. Foord fez o primeiro das Matildas ainda na etapa inicial. No segundo tempo, dois gols sem querer, um de Logarzo, que foi cruzar, e Mônica (contra), garantiram o triunfo australiano pelo Grupo C da Copa do Mundo Feminina.
Saída pela esquerda no 1º tempo
A Austrália começou o jogo marcando o Brasil sob pressão. Mas, aos poucos, a seleção de Vadão, que tinha o retorno da craque Marta, foi saindo mais para o jogo, principalmente pelo lado esquerdo com a lateral Tamires e com Marta, que caía pelo setor. E foi justamente com Tamires que saiu o primeiro gol. Após cruzamento dela, a lateral-direita Letícia Santos apareceu de surpresa na área e acabou puxada por Knight. Pênalti claro. Na cobrança, Marta deslocou Willians com maestria aos 26. Dez minutos depois, Tamires fez bela jogada, tocou para Debinha que cruzou para uma cabeçada fulminante de Cristiane. 2 a 0.
No entanto, quando o jogo caminhava para o intervalo, a Austrália pressionou e acabou descontando com Foord aproveitando uma falha da zagueira Mônica que não fez o corte de cabeça.
2º tempo sem Marta e arbitragem polêmica
O Brasil voltou para o segundo tempo com duas substituições. Luana no lugar de Formiga, que estava com cartão amarelo. E Ludmila na vaga da craque Marta, que voltava de uma lesão muscular na coxa esquerda e não teria condições de atuar os 90 minutos. E sem a experiente dupla, o Brasil acabou sucumbido à pressão australiana que virou o marcador em dois lances bobos. No primeiro, aos 13, Logarzo foi cruzar, e a bola entrou direto. Depois, aos 21, após lançamento na área, Mônica desviou contra o próprio patrimônio, Bárbara não alcançou e a bola morreu no fundo da rede.
O Brasil ainda buscou o empate, mas, sem criatividade, viu a Austrália dominar a partida. No entanto, nos acréscimos, Andressa Alves se enrolou com uma marcadora e caiu na área. A árbitra Esther Staubli chegou a consultar o VAR pela comunicação, mas não checou o lance no monitor e mandou o jogo seguir. Ao fim do jogo, Vadão e Marta reclamaram bastante.
Situação no grupo
Com o resultado, o Brasil permanece em 1º lugar com três pontos no Grupo C, mas pode ser ultrapassado pela Itália, que ainda joga com a Jamaica no complemento da segunda rodada nesta sexta-feira. A Seleção volta a campo na próxima terça-feira, contra a Itália, em Valenciennes.
Recordes de Marta
Ao abrir o placar, de pênalti, Marta se igualou ao alemão Klose: com 16 gols, divide com ele a artilharia da história das Copas do Mundo. Além dessa marca, a camisa 10 da seleção brasileira também se tornou a primeira a balançar a rede em cinco edições diferentes do torneio. Sua primeira Copa do Mundo foi em 2003, com 17 anos. Depois, disputou as edições de 2007, 2011 e 2015.
Globo Esporte
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O vírus H1N1 causou 67% das mortes por gripe este ano no país. Até o último informe epidemiológico do Minitério da Saúde, de 25 de maio, 222 pessoas morreram em decorrência da gripe, sendo 148 pelo vírus.
Entre os casos, do total de 1.248 casos, 668 foram de H1N1.
Mais de 80% das vítimas apresentavam fator de risco. Entre elas, a maioria tinha idade média de 50 anos. Os grupos com maior taxa de óbito são idosos (39,2%), diabéticos (27,1%), pessoas com doença cardiovascular crônica (26,5%), crianças com menos de cinco anos (19,3%) e imunodeprimidos (18%).
Desde o dia 3 de junho, a vacinação contra a gripe foi ampliada a toda a população, embora a cobertura vacinal dos grupos prioritários - aqueles mais suscetíveis às complicações da gripe - não tenha atingido a meta de 90%, ficando em torno de 80%, segundo o Ministério.
O Sudeste é a região mais afetada pela gripe até o momento com 412 casos. Em seguida estão o Nordeste (267), Norte (252), Sul (224) e Centro-Oeste (92). O Estado de São Paulo apresenta as maiores ocorrências (244).
Já o Paraná e o Amazonas lideram em número de mortes, com 35 cada, seguidos por Rio de Janeiro (26) e São Paulo (16).
A vacina da gripe que é oferecida a toda população até o fim dos estoques protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B. Um vírus não é mais forte do que o outro, portanto a intensidade dos sintomas não se diferencia, segundo o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O Ministério da Saúde afirma que já disponibilizou cerca de 9,5 milhões de medicamentos contra a gripe (fosfato de oseltamivir) aos Estados. A pasta ressalta que o tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas. Para obter o medicamento oferecido pelo Ministério, é preciso que ele seja prescrito pelo médico.
R7
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