Novembro 23, 2024
Arimatea

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Apesar de ter reconhecido a vitória de Donald Trump antes mesmo da conclusão da apuração, na última quarta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve se apressar para falar diretamente com o novo presidente eleito dos Estados Unidos.

Segundo diplomatas ouvidos pela GloboNews, Lula só deve telefonar para Trump daqui a algumas semanas – provavelmente, depois da reunião de cúpula dos países do G20, marcada para o Rio de Janeiro entre os dias 18 e 20 deste mês.

?O Brasil é o presidente de turno do G20, que reúne as maiores economias do mundo e representantes da União Europeia e da União Africana.

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que pretende comparecer ao evento. Biden chegou a se pré-candidatar à reeleição, mas foi substituído pela atual vice, Kamala Harris – derrotada por Trump nesta semana.

O telefonema oficial, quando ocorrer, deve seguir a mesma linha das posições oficiais já divulgadas: reforçar a postura de diplomacia pragmática que o Brasil quer manter com os Estados Unidos ao longo do próximo governo.

Lula não estará na posse
Diplomatas também confirmaram à TV Globo que Lula não estará na posse de Trump, que deve acontecer em janeiro de 2025.

O motivo é simples: diferentemente do Brasil, os Estados Unidos não costumam receber chefes de Estado e de governo de outros países nas posses presidenciais.

As nações são representadas pelos diplomatas. No caso brasileiro, a embaixadora é a diplomata Maria Luiza Viotti – que, segundo interlocutores, já vinha mantendo contato com membros do Partido Republicano antes mesmo da vitória de Donald Trump.

Biden no G20 será 'saída de cena honrosa'
Na avaliação de diplomatas, a vinda de Biden para a Cúpula do G20 e a visita dele à Amazônia, anunciadas pela Casa Branca, terão simbolismo de "uma saída honrosa" do poder.

Esse deverá ser o último grande evento de Biden como presidente dos EUA. E trata-se de uma cúpula importante com a presença de outros líderes mundiais, sobre pautas defendidas pelos democratas.

Além da questão ambiental, um compromisso assinado por Lula e Biden voltado para a proteção dos direitos trabalhistas também é um importante legado da gestão do líder norte-americano.

De acordo com as fontes da diplomacia, o roteiro no Brasil também é um sinal de contraponto ao futuro governo Trump, na tentativa de diferenciar o governo democrata da gestão que vem pela frente, mesmo que os compromissos firmados por Biden possam ser desfeitos a partir de 20 de janeiro, durante a liderança do republicano.

g1
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O detento que fugiu do Complexo Hospitalar Tarcísio Burity, mais conhecido como Trauminha de Mangabeira, em João Pessoa, segue foragido da polícia 15 dias após a fuga. Na ocasião, o detento roubou a arma do policial penal responsável pela vigilância dele e o atacou com coronhadas na cabeça, deixando-o inconsciente.

De acordo com o gerente da Penitenciária Silvio Porto, local onde o fugitivo estava preso, o detento, identificado como Alan Renan do Nascimento Pereira, de 33 anos, estava cumprindo uma pena de 14 anos e 5 meses. Ele era condenado por crimes como roubo majorado, receptação e crimes de trânsito.

Ainda segundo o gerente da penitenciária, antes da fuga acontecer, Alan do Nascimento já teria cumprido aproximadamente 6 anos da pena e teria direito ao regime semiaberto em março de 2025.

Segundo o presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba, Wagner Falcão, a fuga do homem aconteceu no momento em que o policial abria a cela para receber o almoço. Com a arma roubada do agente penal, o detento atirou cinco vezes contra o cadeado que trancava a cela do hospital e fugiu da unidade hospitalar depois de roubar um carro, no dia 25 de outubro.

O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para obter atualizações sobre a investigação do caso, mas até a última atualização desta matéria, não teve resposta.

Entenda o caso
Um detento que estava em atendimento no Complexo Hospitalar Tarcísio Burity, mais conhecido como Trauminha de Mangabeira, em João Pessoa, roubou a arma do policial penal que fazia a vigilância dele, deu coronhadas na cabeça do mesmo agente, atirou cinco vezes contra o cadeado que trancava a cela do hospital e fugiu da unidade hospitalar.

Segundo o presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba, Wagner Falcão, a ação aconteceu no momento em que o policial abria a cela para receber o almoço.

Na fuga, o homem teria roubado um carro, que já foi encontrado.

A Polícia Militar faz rondas para tentar encontrar o detento. O foragido tem 33 anos e cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Silvio Porto, em Mangabeira.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa disse que o policial penal teve um trauma cranioencefálico e recebeu atendimento médico no hospital, mas que ele não corre risco de morte. Informou também que pacientes e funcionários não foram feridos ou feitos reféns dentro da unidade hospitalar.

Também por meio de uma nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB) informou que está apurando os fatos no âmbito administrativo, via corregedoria, e contribui ainda com as investigações da Polícia Civil.

g1 PB
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Com a Petrobras operando quase 90% da produção nacional, a estatal conseguiu no terceiro semestre deste ano, com a exportação de petróleo, superar o agronegócio e a mineração, na pauta de exportação. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (8) pela presidente da empresa, Magda Chambriand.

“Chegamos à marca do primeiro produto de exportação do Brasil com o óleo cru. Superamos farelos de soja, o agronegócio, a mineração e a exportação de ferro e nos tornamos capazes de ofertar ao país uma imensa contribuição para o primeiro produto da pauta de exportação do Brasil, o óleo cru, produzido principalmente pela Petrobras”, informou.

A Petrobras trouxe alguns destaques operacionais como, em setembro, a marca inédita no Brasil de 3 bilhões de barris de óleo e produção acumulada atingida pela Jazida Compartilhada de Tupi e pela área de Iracema.

Magda fez o anúncio ao tratar do balanço do terceiro trimestre de 2024. A empresa teve lucro de R$ 32,6 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 22,3%. Também foi anunciada a distribuição de R$ 17,1 bilhões em dividendos aos acionistas da companhia.

A executiva avalia os resultados como sólidos e consistentes e acima da expectativa do setor. “Resultados que ultrapassaram as melhores expectativas do mercado. No trimestre passado, tínhamos forte formação de caixa tanto em função da exploração e produção do petróleo quanto do refino, gás natural. Nesse trimestre, portanto, o que estamos reafirmando é o êxito das escolhas que fizemos. Estamos com uma dívida no menor patamar desde 2008. Hoje, somos responsáveis pela geração de 31% de toda a energia primária do nosso país”, ressaltou.

A FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, da sigla em inglês) Sepetiba, no campo de Mero 2, atingiu o topo de produção menos de oito meses após entrada em operação, contribuindo para recorde de produção total operada do pré-sal de 3,49 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).

A companhia também comemorou a entrada em operação da FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte em 15 de outubro e da FPSO Marechal Duque de Caxias no Campo de Mero em 30 de outubro.

Agência Brasil
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 0,56% em outubro deste ano. A taxa é maior do que as observadas no mês anterior (0,44%) e em outubro de 2023 (0,24%). O dado foi divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o IPCA acumula taxa de inflação de 4,76% em 12 meses, acima dos 4,42% observados em setembro e acima do teto da meta de inflação (4,50%), estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano. Nos dez primeiros meses do ano, o IPCA acumula taxa de 3,88%.

A taxa de inflação em outubro foi puxada principalmente pelos gastos com habitação e com alimentos. O grupo de despesas habitação teve alta de preços de 1,49%, influenciada pelo avanço do custo da energia elétrica, que subiu 4,74%, com a implementação da bandeira tarifária vermelha 2, a partir de 1º de outubro.

A bandeira tarifária vermelha 2, no entanto, foi algo pontual, uma vez que, a partir deste mês, a bandeira passará a ser amarela.

“Então a gente vai deixar de ter uma cobrança de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos [de acordo com a bandeira vermelha 2] para R$ 1,88 [de acordo com a bandeira amarela]. É claro que existem outros componentes que fazem parte da conta de energia elétrica, mas quando a gente olha para o componente bandeira tarifária é um fator de alívio”, disse o pesquisador do IBGE André Almeida.

O grupo alimentação e bebidas teve variação de preços de 1,06%, puxada principalmente pelo aumento das carnes (5,81%). Entre os tipos de carne com altas mais elevadas destacam-se acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Outros alimentos com altas de preços foram tomate (9,82%) e café moído (4,01%).

Segundo André Almeida, as carnes acumulam uma alta de preços de 8,95% desde setembro. "A gente teve um período de seca bem mais intenso, o que prejudica a produção e reduz a a oferta de animais. Além da questão climática, a gente tem uma menor oferta também influenciada por uma menor disponibilidade de abates e também por causa das exportações. As exportações estão maiores que o ano passado e a oferta de carnes no mercado interno ficou mais restrita. Isso contribuiu para essa alta das carnes no mês de outubro também no mês de setembro."

Os transportes foram o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,38%. O resultado do grupo foi influenciado por recuos nos preços das passagens aéreas (-11,50%), trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%), etanol (-0,56%), óleo diesel (-0,20%) e gasolina (-0,13%).

Agência Brasil
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Foi transferido para a Justiça Eleitoral o processo da Operação Mandare, que investiga Janine Lucena, filha do prefeito Cícero Lucena (PP). A decisão aconteceu nesta sexta-feira (8) e atendeu uma manifestação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Anteriormente, o caso estava com a 2ª Vara de Entorpecentes da Capital.

De acordo com a decisão, que é sigilosa, mas que foi obtida pela Rádio CBN, ficou demonstrado que os investigados mantinham entre si vinculação para obter apoio político e eleitoral em comunidades da capital paraibana, mas sem envolvimento da filha do prefeito com o tráfico de drogas.

“As conversas obtidas nos celulares apreendidos revelam essa perspectiva, o que indica a jurisdição da Justiça Eleitoral para processar e julgar", destaca a decisão. O documento indica também que, por causa disso, a Vara de Entorpecentes não é competente para julgar a questão.

A decisão, por outro lado, indica que há indícios da ocorrência de crimes eleitorais, já que as provas e os fatos narrados na investigação configuram crime eleitoral.

A investigação
A investigação teve início a partir da análise de um celular apreendido em uma cela, no presídio PB1, que revelou a atuação da facção “Nova Okaida”, tendo como um de seus líderes Jossiênio Silva dos Santos, conhecido como “Ênio Chinês”.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo estava articulando a obtenção de vantagens, como cargos públicos, em órgãos como as secretarias municipais de Saúde e de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa. E também na Empresa de Limpeza Urbana (Emlur).

Entre os alvos da investigação está a filha do prefeito Cícero Lucena e secretária executiva de Saúde, Janine Lucena.

Na época da operação, em maio desse ano, o prefeito afirmou que apoiava a investigação da PF e prometeu rigor com servidores que tivessem relação comprovada com as irregularidades apontadas.

Janine sempre negou qualquer envolvimento com os fatos investigados.

g1 PB
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O empresário Rafael Silva Cavalcante, conhecido como Rafinha Banana, que disputou o cargo de vice-prefeito de São Bento, no Sertão da Paraíba, nas eleições municipais 2024 e que estava preso desde 17 de outubro suspeito de ser mandante do assassinato do também empresário Valdenilson Dantas de Oliveira, no dia 9 de outubro, foi transferido para um presídio na Paraíba, junto com outros dois suspeitos. Eles desembarcaram no estado nesta sexta-feira (8), de acordo com a Polícia Civil. A prisão dos três aconteceu em São Paulo. Rafinha e Valdenilson eram sócios.

A Polícia Civil, contudo, não informou para qual presídio no estado eles foram transferidos. Um quarto suspeito da morte do empresário foi preso no Rio Grande do Norte e não deve retornar para a Paraíba pois é natural do estado onde foi preso.

Investigações
De acordo com as investigações, Rafinha e Valdenilson eram sócios de uma 'bet', uma casa de apostas, e o crime pode ter relação direta com este fato. A Polícia Civil ainda não deu mais detalhes da investigação.

Valdenilson Dantas de Oliveira tinha 49 anos e foi morto a tiros em uma lanchonete em frente à igreja matriz de São Bento, na Paraíba. Durante o ataque, uma mulher que trabalhava no estabelecimento onde aconteceu o crime, também foi atingida por disparos nas pernas.

Ele chegou a ser socorrido por familiares após os disparos, mas não resistiu aos ferimentos. Valdenilson era dono de uma academia, restaurantes e casas de apostas na cidade.

No dia do crime, a Polícia Militar informou que pessoas que estavam no local não souberam dizer se o crime foi cometido por uma ou mais pessoas.

Além do empresário Rafinha Banana, outras três pessoas foram presas suspeitas de participação na morte de Valdenilson. A Polícia Civil informou que dois suspeitos foram presos em São Paulo, onde também estava Rafinha, e o outro no Rio Grande do Norte. Os nomes dos três não foram divulgados.

Compra de bolo por valor exorbitante e operação policial
Durante o primeiro turno das eleições, Rafinha Banana foi alvo de uma operação contra compra de votos e aliciamento violento de eleitores. A investigação começou após Rafinha comprar um bolo por mais de R$ 100 mil em um leilão da igreja da cidade de São Bento.

Durante a operação foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, todos na cidade de São Bento.

Segundo a Polícia Federal, através de controle de território, os investigados estariam exercendo influência no pleito eleitoral, praticando as condutas de constituição de associação criminosa e uso de violência para coagir o voto.

Vários dos envolvidos nos crimes citados possuem extensa ficha criminal, inclusive por crimes violentos, o que levava aos cidadãos, por medo, a concordar em votar em candidato determinado pela organização.

A chapa que Rafinha Banana integrava como vice na disputa eleitoral foi derrotada nas urnas.

g1 PB
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A Polícia Federal iniciou na manhã desta sexta-feira (8) uma operação para combater uma rede de tráfico de drogas em vários estados nordestinos, que envolve o transporte de entorpecentes por aeroportos brasileiros. A operação foi centralizada pela Paraíba, mas mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de Rio Grande do Norte, Goiás e Paraná.

As investigações tiveram início em 7 de agosto deste ano, depois que uma mulher foi presa no Aeroporto Internacional de João Pessoa com pouco mais de 26 kg de maconha. A partir daí, a PF começou a investigar e descobriu um amplo esquema de tráfico de drogas.

Batizada de Conexão Violeta, a operação descobriu que se tratava de um grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas na região Nordeste. De acordo com as investigações, o destino principal das substâncias era a Paraíba.

Segundo nota publicada pela Polícia Federal, “as apurações revelaram uma rede criminosa estruturada, que incluía financiamento de passagens e despesas operacionais, pagos por meio de transferências eletrônicas”.

Os investigados são suspeitos de atuar em conjunto para o transporte, a venda e a distribuição da droga, com a participação de financiadores, transportadores e compradores. Os investigados foram autuados pelo crime de tráfico de drogas interestadual, cuja pena pode chegar a 25 anos de reclusão e multa.

Operação Alucinato
Uma segunda operação da Polícia Federal foi iniciada nesta sexta-feira (8), desta vez com apoio da Polícia Militar. A Operação Alucinato cumpriu um mandado judicial de busca e apreensão em Campina Grande, com o objetivo de desarticular uma rede de tráfico responsável pelo armazenamento e venda de drogas sintéticas na Região Metropolitana de Campina Grande.

Também nesse caso, os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem chegar a 25 anos de reclusão.

g1 PB
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Mais de 30 mil candidatos faltaram ao primeiro dia de provas do Enem 2024, no último domingo (3), em toda a Paraíba. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Isso significa que 24,1% dos 128.376 participantes inscritos não passaram pela primeira etapa do exame no estado, que teve questões de linguagens, ciências humanas e a produção de uma redação.

Mas quem faltou ao primeiro dia, ainda pode fazer as provas no segundo. No estado, o exame está sendo aplicado em 55 municípios e 378 locais de prova.

O percentual de faltosos deste ano é menor do que o ano passado, quando 26,8% dos inscritos não fizeram as provas no primeiro dia.

Já em todo o Brasil, 26,6% dos 4.325.960 inscritos não fizeram as provas no domingo passado.

Horários do Enem 2024 ⌚
A aplicação do Enem segue o fuso horário de Brasília e será organizado da seguinte forma:

  • Abertura dos portões: 12h
  • Fechamento dos portões: 13h
  • Começo da prova: 13h30
  • Permissão para sair sem o caderno de questões: a partir das 15h30
  • Permissão para sair com o caderno de questões: a partir das 18h
  • Fim da prova no 2º dia: 18h30

Como será o segundo dia de provas do Enem 2024 ✏️

Neste segundo dia, os estudantes precisam resolver 90 questões de diferentes disciplinas. Confira abaixo:

  • 45 questões de matemática;
  • 45 questões de ciências da natureza (biologia, física e química).

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O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação dos diplomas da prefeita, da vice-prefeita e de um vereador eleitos nas Eleições de 2024 no município de Mulungu, localizado no Agreste da Paraíba. Segundo a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), os acusados ​​são réus por abuso de poder político, conduta vedada e captação ilícita de votos.

Ao total, são seis réus citados no processo, entre eles, o atual vice-prefeito de Mulungu, Dyego Moura (PP):

  • Daniela Rodrigues Ribeiro, candidata eleita para o cargo de prefeita de Mulungu;
  • Joana D´Arc Rodrigues Bandeira (D’Arc Bandeira), candidata eleita a vice-prefeita
  • Leonel Soares de Souza Moura (Leo Moura), candidato eleito para o cargo de vereador
  • Dyego Maradona Assis de Moura, vice-prefeito de Mulungu
  • José Leonel de Moura (Zé Leonel), pai do vice-prefeito, presidente da Comissão Provisória do Partido Progressistas de Mulungu e ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Mulungu
  • José Ribeiro Rodrigues, marido da candidata Daniela Ribeiro e o servidor público municipal

Além da cassação dos diplomas, o MPE também pediu a aplicação de multa e a decretação da inelegibilidade de todos os citados; a anulação dos votos dados na eleição municipal de 2024 às candidatas aos cargos de prefeita e vice-prefeita de Mulungu, Daniela Ribeiro e D´Arc Bandeira, respectivamente, bem como ao candidato a vereador, Léo Moura.

A ação foi proposta pela promotora da 75ª Zona Eleitoral de Gurinhém, Jaine Aretakis Didier, e é um desdobramento de um Procedimento Preparatório Eleitoral instaurado para apurar uma denúncia de assédio eleitoral, contra servidores públicos e eleitores de Mulungu.

Em nota, a defesa de Daniela Ribeiro afirmou que "não há qualquer prova concreta que vincule diretamente a prefeita eleita aos atos investigados" e classificou as acusações como "genéricas e desproporcionais". Sobre D’Arc Bandeira, Leo Moura e José Ribeiro, a defesa afirma que não houve "conduta irregular capaz de comprometer a lisura do processo eleitoral" e que as alegações serão esclarecidas ao longo do processo.

O g1 não conseguiu localizar as defesa de Dyego Moura e Zé Leonel. O espaço permanece aberto.

As investigações do MPE
A investigação do MPE constatou que, logo após assumir a função de prefeito de Mulungu, em agosto deste ano, Dyego Moura utilizou o poder político e de autoridade do cargo para demitir servidores que não davam voto e apoio político aos candidatos que eram seus aliados. Ele assumiu quando o ex-prefeito, Melquíades Nascimento (MDB), teve o mandato cassado pela Câmara Municipal no dia 6 de agosto.

O órgão afirma que o então prefeito, Dyego Moura, em conluiu com os demais requeridos e para beneficiar as candidaturas de Daniela Ribeiro, D´Arc Bandeira e do tio, “Léo Moura”, também utilizou o cargo para manter, de forma ilegal, contratos temporários com apoiadores e eleitores dos candidatos e para admitir novos servidores. Segundo o MPE, tudo isso aconteceu em período vedado pela Lei Eleitoral.

Também foi constatado que os candidatos Daniela Ribeiro, D´Arc Bandeira e Leo Moura se valeram de pessoas interpostas (entre elas o então prefeito, Dyego; José Leonel de Moura e José Ribeiro Rodrigues) e ofereceram e prometeram a diversos eleitores e servidores públicos vantagem pessoal, através de emprego e função pública na gestão.

“Além de serem ameaçados de perderem seus empregos, o que de fato ocorreu, os servidores que não declarassem voto aos candidatos da situação, ora requeridos, também eram ameaçados a não receberem os seus vencimentos”, destacou a promotora.

Cerca de 30 servidores municipais procuraram o MPE para relatar as ilegalidades cometidas. Segundo o órgão, também há informações de mais pessoas que foram demitidas por não darem apoio político aos citados no processo.

De acordo com o MPE, além de contratações feitas em período proibido, o então prefeito também realizou pagamento de salários desses novos contratados por emissão de notas de empenho.

“Para esconder a prática ilícita da sociedade e dos órgãos de fiscalização, o promovido Dyego Maradona, com o auxílio do seu pai José Leonel de Moura, admitiu novos funcionários sem incluí-los em folha de pagamento para que no sistema não figurassem como servidores. Assim, os pagamentos dos salários - que deveriam ser feitos através da emissão de contracheques -, foram realizados, às escondidas, por meio da emissão de notas de empenho”, detalhou.

Segundo a promotora eleitoral, os fatos e elementos probatórios demonstram a “vontade e consciência” em descumprir a Lei Eleitoral e o abuso de poder político, com influência direta no resultado da eleição municipal.

“Em se tratando de município de pequena monta, onde a maioria do eleitorado depende financeiramente do cargo público que exerce, seja ele efetivo ou temporário, permanecer no emprego é uma questão de sobrevivência, motivo pelo qual muitos dos servidores conseguiram manter seu contrato, submetendo à pressão e ameaça sofrida por parte dos representados”, argumentou.

Dyego Moura deixou o cargo de prefeito em outubro deste ano, após Melquíades Nascimento (MDB) conseguir reverter a decisão que havia cassado seu mandato e reassumir a gestão.

O que diz a defesa do réus?
A defesa da prefeita eleita de Mulungu, Daniela Rodrigues Ribeiro, afirmou ao g1 que não há qualquer prova concreta que vincule diretamente a prefeita eleita aos atos investigados. A advogada Nathali Rolim também disse que Daniela Ribeiro "não ocupava cargo público no Executivo à época dos fatos e as acusações baseiam-se em depoimentos frágeis e documentos que não demonstram sua participação direta". A defesa classificou as acusações como "genéricas e desproporcionais".

Nathali Rolim também defende D’Arc Bandeira, Leo Moura e José Ribeiro. Sobre eles, a advogada afirma que recebem as acusações com tranquilidade e reiteram sua confiança na Justiça Eleitoral. Através da advogada, os três citados afirmam que não houve "conduta irregular capaz de comprometer a lisura do processo eleitoral e que as alegações serão devidamente esclarecidas no curso da ação". A defesa também afirma que as medidas tomadas à época respeitaram os preceitos legais e não tiveram qualquer intenção de influenciar o pleito.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta sexta-feira (8) a discussão com ministros para tentar fechar um conjunto de medidas de corte de gastos que visa equilibrar as contas públicas.

Lula teve uma série de reuniões com ministros ao longo da semana, a última nesta quinta-feira (7), porém ainda não definiu o pacote que será enviado ao Congresso Nacional.

Nesta sexta, ele convocou nove ministros de pastas que tratam da área econômica e social, além de outros nomes do governo. Veja lista abaixo:

  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda
  • Rui Costa, ministro do Casa Civil
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento
  • Esther Dweck, ministra da Gestão
  • Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria
  • Camilo Santana, ministro da Educação
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho
  • Nísia Trindade, ministra da Saúde
  • Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação
  • Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil
  • Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda
  • Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil
  • Jorge Messias, advogado-geral da União, ;
  • Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Desde segunda-feira, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem internacional para tratar das medidas, que operadores do mercado financeiro aguardam o anúncio do governo federal.

Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendem um plano de redução de despesas para manter o arcabouço fiscal, a atual regra das contas públicas.

As propostas avaliadas, no entanto, encontram resistência de ministros que não desejam perder recursos em suas áreas. Na quarta-feira (6) à noite, Haddad afirmou que faltavam detalhes para fechar o plano, porém Lula ainda não decidiu quais medidas pretende adotar.

? Economistas alertam há meses que não será possível equilibrar as contas públicas baseado, em especial, no aumento de arrecadação. Por isso, a necessidade de reduzir gastos.

De janeiro a setembro, as contas do governo registraram déficit de R$ 105,2 bilhões, segundo o Tesouro Nacional.

?O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário.

O resultado negativo de janeiro a setembro está longe da meta fiscal do governo, de zerar o déficit em 2024. Ou seja, equilibrar despesas e receitas.

O governo espera superávit nos últimos meses do ano para compensar o saldo negativo até o momento. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o resultado de outubro deve ser positivo em cerca de R$ 40 bilhões.

g1
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