Novembro 23, 2024
Arimatea

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a diplomacia parlamentar deve ganhar cada vez mais relevância nas interlocuções bilaterais, regionais e multilaterais. Na sessão de encerramento da reunião do P20, o presidente transmitiu o comando do grupo parlamentar à delegação de parlamentares da África do Sul, país que vai sediar o encontro em 2025.

“Salta aos olhos a importância crescente do diálogo num mundo marcado pela volatilidade do equilíbrio geopolítico. Nós, aqui reunidos, não podemos, como representantes dos nossos povos, nos furtar a participar da busca por um entendimento que construa as bases mais sólidas para a paz e a prosperidade”, defendeu o presidente.

No discurso, Lira ressaltou a necessidade de combater a pobreza, a desigualdade e a fome para alcançar a justiça. Ele também destacou as aprovações na Câmara de propostas voltadas para sustentabilidade com um conjunto de medidas para a preservação ambiental e a transição energética.

Arthur Lira também voltou a defender instituições internacionais mais transparentes e representativas. Ele destacou a aprovação, pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em setembro, do Pacto pelo Futuro, que prevê ações específicas sobre a governança global.

“Se desejamos que os desafios globais sejam adequadamente debatidos e resolvidos, se desejamos que as instituições internacionais sejam respeitadas e suas decisões aceitas, é inevitável tratarmos da reforma da governança global”, afirmou Lira.

Agência Câmara
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A agricultura familiar já acessou mais de R$ 29,5 bilhões nos primeiros quatro meses do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. O valor é 4% maior do que o contratado no mesmo período da safra passada. É o que mostra balanço do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Até o momento, foram 677.935 operações de financiamento para agricultoras e agricultores familiares, agroindústrias e cooperativas.

Neste Plano Safra, foram disponibilizados R$ 76 bilhões para apoiar a produção sustentável de alimentos saudáveis para a população brasileira. “O presidente Lula conseguiu aumentar o valor do financiamento e reduzir os juros. São taxas muito inferiores às de mercado, o que facilita a vida do agricultor”, explica o ministro do MDA, Paulo Teixeira.

Os beneficiários da reforma agrária, indígenas e quilombolas vem sendo atendidos pelo Pronaf A com um aumento de 76% sobre o número de operações e de 134% no valor financiado, passando de R$ 54 milhões na safra passada para mais de R$ 125 milhões. Vale destacar também o aumento expressivo no acesso às linhas de financiamento do Pronaf que possuem finalidades mais sustentáveis. Houve ampliação do volume financiado nas linhas Pronaf Bioeconomia (+53%), Pronaf Semiárido (+26%) e Pronaf Floresta (+39%), além das linhas voltadas para Jovens (+64%) e Mulheres (+33%).

O Secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA (SAF/MDA), Vanderley Ziger, explica que houve um aumento de quase 4% nos valores contratados nos quatro primeiros meses, passando de R$ 28,4 bilhões para R$ 29,5 bilhões em relação à safra anterior, refletindo o fortalecimento da política que impacta diretamente na alimentação saudável que chega até a mesa dos brasileiros e brasileiras.

“Estamos comprometidos com o incentivo à produção de alimentos saudáveis e o Plano Safra é uma política central para garantir a segurança alimentar em todo o país. Quando mostramos que é possível ao agricultor acessar crédito com juros baixos e prazos estendidos, estamos impulsionando a sustentabilidade da agricultura familiar e fortalecendo essa política que leva alimentos à mesa dos brasileiros e brasileiras. Por isso, realizamos lançamentos estaduais e mantemos uma articulação contínua com instituições financeiras, governos estaduais e lideranças dos movimentos, assegurando que os produtores tenham acesso a esses recursos” destaca o secretário.

As regiões no Brasil que mais acessaram o crédito rural do Pronaf, no atual Plano Safra, por quantidade de operações, foram o Nordeste, com 48% das operações e o Sul, com 34%.

O Plano Safra vem contribuindo para a tecnificação e a mecanização da agricultura familiar no âmbito do Programa Mais Alimentos. Nos primeiros quatro meses, foram mais de R$ 6,3 bilhões aplicados no financiamento de máquinas, equipamentos e implementos, o que representa um aumento de 20% em relação ao mesmo período da safra anterior. Destacam-se os tratores, com aumento de 31%, equipamentos de irrigação, com 22%, e embarcações para pesca artesanal, com um aumento de 33% do volume financiado em relação à safra anterior.

Financiamento de alimentos básicos
Já em relação ao custeio de produtos da alimentação básica da população brasileira, destaca-se o feijão, com aumento de 176% sobre o valor financiado no mesmo período da safra anterior. Outros alimentos que compõem a mesa do brasileiro, como a cebola, a batata, o repolho e a cenoura, tiveram aumento de 53%, 24%, 56% e 42%, respectivamente. Vale destacar que a taxa de juros para o custeio destes produtos foi reduzida nesta nova safra para estimular o aumento da produção e os reflexos desta medida já podem ser observados.

A avaliação do primeiro quadrimestre, por tipo de agricultura, mostrou que houve um aumento de 28,5% no volume de recursos aplicados no Pronaf quando se trata de agricultura orgânica.

Sobre o Plano Safra da Agricultura Familiar
Uma das principais políticas do MDA, o Plano Safra da Agricultura Familiar reúne um conjunto de ações para fortalecer a produção sustentável de alimentos pela agricultura familiar em todo o Brasil. Entre os destaques do Plano Safra 2024/2025 estão a redução da taxa de juros em 10 linhas de financiamento no âmbito do Pronaf, além da criação de uma nova finalidade de financiamento para aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, com taxa de juros de apenas 2,5% ao ano. Os juros também foram reduzidos para 3% ao ano para a produção de alimentos básicos e 2% para práticas sustentáveis.

O Plano 2024/2025 ampliou de forma histórica o volume de crédito disponibilizado, prevendo um volume total de recursos da ordem de R$ 76 bilhões. Com a participação de aproximadamente 20 instituições financeiras, entre bancos privados, bancos públicos, bancos de desenvolvimento e agências de fomento, além de cooperativas de crédito. O Plano foi lançado em 25 dos 27 estados brasileiros, destacando o diálogo e a interlocução com governos estaduais e agentes bancários que ofertam o crédito na ponta, para os agricultores e agricultoras familiares.

g1
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O FBI e outras autoridades dos Estados Unidos estão investigando o envio de mensagens de texto com conteúdo racista para negros de todo o país, nos últimos dias. De acordo com os relatos, as mensagens afirmam que negros deveriam ser escravizados.

Segundo a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), o texto informava que os negros deveriam se apresentar em uma plantação para colher algodão, em uma referência ofensiva ao tempo da escravidão nos Estados Unidos.

Pessoas em pelo menos 21 estados, como Pensilvânia e Carolina do Norte, receberam as mensagens de texto. Entre as vítimas estão estudantes do ensino médio e universitários. As informações são da imprensa norte-americana.

Algumas mensagens instruíam o destinatário a se apresentar em um endereço em um horário específico “com seus pertences,” enquanto outras não informavam local. Alguns textos mencionavam o próximo governo dos Estados Unidos, que será presidido por Donald Trump.

Tasha Dunham, moradora da Califórnia, disse que sua filha de 16 anos recebeu uma mensagem na quarta-feira (6). O texto tinha o nome da garota e orientava que ela se apresentasse em uma plantação da Carolina do Norte. O endereço indicado na mensagem era o de um museu.

“Foi muito perturbador,” disse em entrevista à Associated Press. “Todo mundo está tentando entender o que isso significa. Então, eu definitivamente senti muito medo e preocupação.”

Já o presidente da NAACP afirmou que esse tipo de ação não pode ser normalizada: “Essas mensagens representam um aumento alarmante na retórica vil e abominável de grupos racistas em todo o país".

Ainda não se sabe quem está por trás do ataque. A Comissão Federal de Comunicações (FCC) informou nesta sexta-feira (8) que está investigando os incidentes.

Já o FBI disse que está ciente das mensagens de texto ofensivas e racistas e está em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais para tratar do assunto.

A empresa TextNow afirmou que identificou uma ou mais contas em seu serviço de mensagens que enviaram textos ofensivos. Os usuários foram expulsos da plataforma pouco tempo depois do envio das mensagens.

Ainda de acordo com a empresa, os textos foram disparados para operadoras de todo o país. A TextNow também se comprometeu a colaborar com as investigações.

Violência nas eleições
Muitos membros da comunidade negra americana dizem que esperam um retrocesso nos direitos civis após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. Durante a campanha, o republicano prometeu acabar com os programas federais de diversidade e inclusão.

As eleições deste ano registraram o maior aumento de violência política nos EUA desde a década de 1970. Os casos incluem ataques racistas a apoiadores de Kamala Harris, de acordo com casos identificados pela Reuters.

Kamala, que se tornou a primeira mulher negra a liderar uma chapa de um grande partido, também enfrentou ataques pessoais, inclusive de Trump.

Sobre as mensagens de texto enviadas nos últimos dias, a campanha de Trump disse que não tem "absolutamente nada a ver" o caso.

Já Robyn Patterson, porta-voz da Casa Branca, divulgou um comunicado condenando as mensagens de ódio.

“O racismo não tem lugar em nosso país. Ponto final.”

g1
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Na base da pressão e com emoção, o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0 na noite desta sexta-feira, no Allianz Parque, e abriu a 33ª rodada diminuindo a vantagem do Botafogo na liderança do Campeonato Brasileiro. Depois de dar muito trabalho para Marchesin, acertar a trave e desperdiçar chances claras, o Verdão decidiu o confronto com Estêvão, o novo artilheiro do Brasileirão, aproveitando rebote de finalização de Dudu. O Tricolor gaúcho apostou no contra-ataque e não teve força para buscar o empate.

Ataque x defesa?
Com uma formação mais ofensiva e precisando do resultado em casa, o Palmeiras dominou o confronto do início ao fim. E os números traduzem bem como foi o duelo desta sexta-feira: 35 finalizações dos donos da casa contra apenas seis dos gaúchos. Mesmo com a derrota, Marchesin foi um dos destaques do confronto e evitou um placar maior para os palmeirenses.

Novo artilheiro do Brasileirão
Agora com 12 gols marcados, Estêvão se isolou como o maior goleador do Campeonato Brasileiro - ele tem um de vantagem em relação ao flamenguista Pedro, que está em recuperação de lesão no joelho e só retorna aos gramados na próxima temporada. O jovem, porém, será desfalque na próxima rodada do Brasileirão: ele recebeu o terceiro cartão amarelo nesta sexta-feira e não enfrenta o Bahia, no dia 20, pela 34ª rodada do torneio nacional.

Como fica?
O Palmeiras abriu a 33ª rodada vencendo e diminuindo a vantagem do líder Botafogo. Agora os palmeirenses somam 64 pontos contra 67 dos cariocas, que entrarão em campo neste sábado para enfrentar o Cuiabá, no Rio de Janeiro. O Grêmio continua com 39 pontos, na 11ª colocação.

Primeiro tempo
Para voltar a vencer depois de duas rodadas, o Palmeiras apostou em uma formação com mudanças e ofensiva. Com Veiga mais recuado e Maurício na armação, o time alviverde iniciou o confronto avançando a marcação e tentando pressionar. Logo aos seis minutos, duas chances perigosas em sequência para os donos da casa: Felipe Anderson acertou a trave em tentativa de cruzamento e Gustavo Gómez desviou de cabeça para exigir boa defesa de Marchesin. A resposta gremista veio com Villasanti, que conseguiu ótima jogada individual, invadiu a área e teve finalização bloqueada por Murilo.

Em um jogo de ataque contra defesa, o Verdão teve a bola nos pés e o Tricolor buscou, sem sucesso, os contra-ataques. Os donos da casa buscaram manter o ritmo ofensivo e até marcaram com Maurício, mas a jogada foi anulada por impedimento. Nos acréscimos, a última tentativa foi dos palmeirenses: Maurício bateu cruzado e parou em boa defesa do goleiro gremista.

Segundo tempo
O cenário do primeiro tempo foi mantido para a segunda etapa, com o Palmeiras pressionando e o Grêmio procurando aproveitar os contra-ataques. Além das tentativas em finalizações de longa distância, principalmente com Maurício e Raphael Veiga, o Verdão conseguiu entrar mais na área dos gaúchos. As jogadas pelos lados de Felipe Anderson e Estêvão, porém, não conseguiram ser concluídas com eficiência.

Aos 18, depois de rebote da defesa, Raphael Veiga finalizou próximo da marca de pênalti e mandou para fora. Três minutos depois, Gómez teve oportunidade dentro da pequena área, após mais um bate e rebate, mas errou o chute. Precisando da vitória para se manter na briga pelo título, o Verdão viu Estêvão chamar a responsabilidade. Após exigir ótima defesa de Marchesin e logo depois acertar a trave, o jovem palmeirense aproveitou o rebote do goleiro gremista para completar para o gol vazio e abrir o placar.

Em desvantagem, o Grêmio saiu mais para o jogo, mas foi o Verdão que continuou criando e despediçando oportunidades. Richard Ríos, que parou em Marchesin, e Zé Rafael, que chutou para foram, poderiam ter aumentado o placar.

Agenda
Palmeiras e Grêmio voltam a campo agora somente no dia 20 de novembro: o Tricolor gaúcho enfrenta o Juventude, às 19h, na Arena, e o Verdão vai até Salvador encarar o Bahia, às 20h, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.

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O Internacional venceu mais uma no Brasileirão. Dono da melhor campanha do segundo turno, o time comandado por Roger Machado derrotou o Fluminense por 2 a 0 na noite desta sexta-feira, no Beira-Rio, com gols de Borré e Bruno Henrique. O resultado colocou o Colorado no G-4. Por sua vez, o Flu segue perigosamente perto da zona de rebaixamento.

Que fase do Inter
O Inter, que vive grande momento na temporada, fez mais uma vítima. Sob o comando de Roger Machado, o Colorado chegou a 14 jogos de invencibilidade - a última derrota foi no dia 18 de agosto, para o Atlético-GO. Com o resultado, o Inter chegou aos 59 pontos e por enquanto assumiu a quarta colocação da tabela. O Flamengo joga na quarta e pode retomar a vaga no G-4.

Segue o drama
Por sua vez, o Fluminense não conseguiu se afastar da zona de rebaixamento e no momento segue na 14ª posição, com 37 pontos, mas ainda pode cair para a 16ª no que depender dos resultados da rodada. O time comandado por Mano Menezes não vence no Brasileirão há três rodadas.

O jogo
O Inter foi muito melhor no primeiro tempo, pressionou, mas não conseguiu abrir o placar antes do intervalo. Borré chegou a marcar de cabeça, mas teve seu gol anulado por impedimento. Com marcação alta e movimentação no ataque, o time de Roger Machado envolveu o Fluminense, que praticamente apenas se defendeu. Na segunda etapa, o Colorado conseguiu o gol logo aos seis, com Borré completando o cruzamento de Bernabéi na segunda trave. A partir daí, o Flu melhorou na partida, em especial depois da entrada de Marquinhos, o melhor jogador da equipe em campo. Os visitantes passaram a ocupar mais o campo ofensivo e equilibraram a posse de bola. No entanto, no momento em que o empate parecia mais provável, Bruno Henrique mostrou oportunismo dentro da área nos acréscimos e decretou a vitória colorada no Beira-Rio.

Próxima rodada
As duas equipes voltam a campo pelo Brasileirão daqui a duas semanas, depois da Data Fifa. No dia 21, o Internacional visita o Vasco em São Januário, às 20h (de Brasília). No dia 22, o Fluminense recebe o Fortaleza no Maracanã, às 21h30.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (8) para rejeitar recursos e manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses de prisão em um desdobramento da Lava Jato.

Os ministros julgam no plenário virtual recursos da defesa de Collor contra decisão tomada em 2023, quando o ex-presidente foi condenado, por 8 votos a 2, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Até a noite desta sexta, o placar era de 6 votos a 2 para rejeitar os recursos. Com isso, já havia maioria para manter a condenação.

➡️ Mesmo após a conclusão desse julgamento, as defesas dos condenados podem entrar com novos recursos.

➡️ Normalmente, o Supremo manda executar a pena de prisão quando os segundos recursos são rejeitados.

Collor e os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento de R$ 20 milhões em propina para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

O dinheiro teria sido pago para assegurar apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.

As defesas recorreram da sentença.

Os advogados afirmam que houve um erro na contagem de votos que levou a definição do tamanho da pena. Além disso, voltaram a pedir a rejeição da acusação por falta de provas.

Como votaram os ministros
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes, para manter a pena em 8 anos e 10 meses.

Também votaram pela rejeição dos recursos: Edson Fachin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Roberto Barroso e Luiz Fux.

Dias Toffoli e Gilmar Mendes votaram para acatar o pedido da defesa e reduzir a pena no crime de corrupção de 4 anos e 4 meses para 4 anos. A redução de quatro meses de prisão, no entanto, levaria o crime de corrupção a prescrever, o que livraria Collor dessa punição e também da prisão.

Ainda faltam os votos de Nunes Marques e André Mendonça. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico do STF até dia 11 de novembro. O ministro Cristiano Zanin está impedido de julgar o caso.

g1
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A entrevista concedida na quinta-feira, 7 de novembro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, foi ao ar nesta sexta-feira, 8 de novembro.

Os dois conversaram sobre vários temas e a primeira pergunta feita pela jornalista norte-americana foi o que o líder brasileiro esperava de sua relação com o próximo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. “Eu terei com o presidente Trump uma relação de respeito como chefe do Estado brasileiro. E espero que ele tenha uma relação de respeito com o Brasil como chefe do Estado americano”, resumiu Lula.

O presidente destacou ainda a importância do Brasil no diálogo com outros países sobre as mudanças climáticas e o combate ao desmatamento.

"Quando se trata de discutir a questão climática, a questão energética, o Brasil tem condição de ser imbatível no mundo. O Brasil tem 90% da sua energia energética limpa. E da matriz geral nós temos 50% de energia limpa, quando o mundo só tem 15%. Nesse aspecto da questão climática e da questão energética, o Brasil vai fazer com que as coisas aconteçam aqui", pontuou.

Ao longo da entrevista, Lula e Amanpour trataram de vários temas, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, o G20 e a Aliança Global Contra a Fome, e a queda do desmatamento na Amazônia. O presidente brasileiro também expôs sua opinião sobre a necessidade de uma reformulação no atual modelo de gestão das Nações Unidas.

Acompanhe os principais pontos da entrevista:
RELAÇÃO COM DONALD TRUMP – A primeira coisa que nós temos que dizer ao presidente Trump é o seguinte: primeiro, eu acho que nós dois, como chefes de Estado de dois países importantes na América, nós temos que ter uma relação muito civilizada, muito democrática, porque o Brasil tem uma relação privilegiada com os Estados Unidos, nós somos parceiros há muitas e muitas décadas, e eu acho que o estoque de investimento dos Estados Unidos e do Brasil é muito grande. Eu acho que dois chefes de Estado, quando se encontram, nós temos que conversar sobre os interesses dos Estados Unidos e os interesses do Brasil, o que será importante na relação de dois chefes de Estado. E já tive uma belíssima relação com o Bush, quando eu tomei posse em 2003, diziam que eu ia ter dificuldade de ter relações com o Bush, e foi uma relação extraordinária. Eu tive uma boa relação com o Obama e tenho uma boa relação com o presidente Biden. E essa relação deve continuar, porque dois chefes de Estado, quando eles se encontram, o que prevalece é o interesse do Estado, não é o interesse pessoal. O que eu quero discutir com os Estados Unidos é o interesse da relação centenária de Brasil e Estados Unidos. O que os dois países têm que fazer para que a gente possa melhorar a qualidade de vida do povo que nós representamos. E eu quero dizer claramente ao povo americano: eu terei com o presidente Trump uma relação de respeito como chefe do Estado brasileiro. E eu espero que ele tenha uma relação de respeito com o Brasil como chefe do Estado americano. Ora, se nós estabelecemos essa linha de comportamento, de civilidade, de respeito, o resto fica tudo muito mais fácil.

COMBATE AO DESMATAMENTO – Eu tomei a decisão de anunciar que até 2030 nós iremos acabar com o desmatamento na Amazônia. É um compromisso meu da mesma forma. O Brasil vive um momento muito interessante, porque quando se trata de discutir a questão climática, a questão energética, o Brasil tem condição de ser imbatível no mundo. Na produção de energia eólica, na produção de energia solar, na produção de energia de biomassa, na edição de biocombustível, na questão de hidrogênio verde, ou seja, o Brasil tem um potencial extraordinário e nós queremos aproveitar essa chance para que o Brasil tenha, dentre todas as coisas, uma agricultura de baixo carbono. O Brasil tem 90% da sua energia energética limpa. E da matriz geral nós temos 50% de energia limpa, quando o mundo só tem 15%. Nesse aspecto da questão climática e da questão energética, o Brasil vai fazer com que as coisas aconteçam aqui. Daí porque o meu compromisso com o desmatamento na Amazônia. E eu espero que os países ricos contribuam com o dinheiro que eles têm que contribuir, porque manter a floresta em pé custa dinheiro. Porque embaixo de cada copa de árvore tem um indígena, tem um pescador, tem um camponês, e nós precisamos cuidar dessa gente porque eles são seres humanos e precisam viver. É importante que as pessoas que já desmataram nos seus países, que já se industrializaram 200 anos atrás, assumam o compromisso de pagar para os países que têm floresta em pé a preservação da floresta. Porque eu não estarei cuidando apenas da Amazônia. Eu estarei cuidando do planeta Terra, que interessa aos Estados Unidos, que interessa à China, que interessa à Rússia, que interessa ao México, que interessa ao Chile, ou seja, por isso as pessoas têm que ter consciência de que manter a floresta em pé na Amazônia da América do Sul, no Congo e na Indonésia tem um preço. E as pessoas têm que pagar e é isso que nós queremos fazer com que esse crédito de carbono volte a funcionar de verdade para ajudar os países que vão manter sua floresta em pé.

MANUTENÇÃO DO PLANETA – Cabe a todos nós assumir a responsabilidade pela manutenção desse planeta. Nós precisamos garantir que o planeta não seja aquecido a mais de um grau e meio. Nós precisamos garantir que a floresta fique em pé. Nós precisamos garantir que os rios permaneçam caudalosos e permaneçam com água limpa e purificada. Nós precisamos garantir que os biomas de todos os países sejam preservados. Esse é um compromisso que eu tenho, não apenas como presidente do Brasil. Eu tenho como ser humano que habita num planeta chamado Terra.

CONFLITOS, FOME E ANALFABETISMO – O mundo não pode continuar gastando 2 trilhões e 400 bilhões de dólares com guerras e com conflitos quando a gente deveria utilizar esse dinheiro para alfabetizar e alimentar milhões e milhões de pessoas que ainda passam fome e pessoas que são analfabetas no mundo. O que nós precisamos é aprender a cuidar do povo mais pobre para que ele deixe de ser pobre e a gente consiga criar uma economia de consumo nos países pobres que hoje não têm esse direito de consumir. Menos dinheiro com guerra e mais dinheiro com paz é a solução que a gente apresenta para o mundo

G20 E ALIANÇA GLOBAL CONTRA A FOME – Por isso é que o G20 tem como lema principal a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Vai ser um tema muito importante. Depois nós temos um tema, a transição energética e enfrentamento à questão das mudanças climáticas. Depois nós temos outro tema que é a reforma da ONU e das instituições de Bretton Woods . Depois nós temos uma coisa muito importante que é a taxação dos super-ricos. Nós temos 3 mil pessoas no mundo que têm uma riqueza acumulada de quase 15 trilhões de dólares, enquanto isso você tem 733 milhões de pessoas passando fome no mundo. Ao mesmo tempo, nós já fizemos 130 reuniões, já criamos 22 grupos de trabalho e vamos pela primeira vez ter o G20 Social com a participação de gente do mundo inteiro e temos um grupo de empoderamento das mulheres do G20. Ou seja, essas são as novidades e eu estou certo que a gente vai fazer um belo G20 e vamos tirar decisões importantes para ver se a gente torna o mundo mais humanista outra vez.

RÚSSIA X UCRÂNIA – Sós somos um dos primeiros países a criticar a Rússia. Nós dissemos para a Rússia que não era correto a ocupação de território de um outro país. Nós fizemos uma crítica à Rússia muito séria. E dissemos que nós não queríamos participar dessa guerra porque nós somos gente da paz. O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo e a gente não quer ter contencioso. Quando vieram dizer para o Brasil vender umas armas para que o Zelensky utilizasse, eu disse textualmente: “eu não quero ninguém nem na Rússia, nem na Ucrânia morto com arma brasileira”. Nós queremos a paz. Quando os dois presidentes tiverem juízo e quiserem conversar sobre a paz, o Brasil estará disposto a discutir com os dois países a retomada da paz e a tranquilidade do povo russo e do povo ucraniano. E é por isso que nós fizemos uma proposta junto com a China, que tem seis pontos, e esses pontos só poderão ser conversados efetivamente com os dois presidentes. Nós já participamos de várias reuniões, eu já encontrei com o Zelensky em Nova York, eu já conversei com o Putin por telefone. Por enquanto nenhum dos dois quer discutir paz. Quando eles quiserem discutir paz eu estarei disposto a participar em qualquer fórum para discutir a paz. O mundo precisa de paz para sobreviver pacificamente, de paz para crescer economicamente, de paz para que a gente possa melhorar a qualidade de vida dos seres humanos que estão sendo descartados nesse mundo.

VLADIMIR PUTIN – O problema não é apenas proteger o Putin para não ser preso no Brasil, que essa é a coisa mais fácil de fazer. O problema é que você tem no G20 vários presidentes da República que não ficariam na sala se o Putin entrasse na sala. Todos os países europeus que participam do G20, mais os Estados Unidos, ou seja, o que seria uma coisa muito desconfortável. O que eu acho é que nós precisamos trabalhar para que essa guerra acabe de uma vez por todas e o Putin volte a conquistar o direito, de forma civilizada, de andar no mundo e participar dos eventos. Não é importante para o mundo que quer construir democracia haver um presidente de um país importante como a Rússia isolado, porque ele tomou uma decisão e o Tribunal Internacional o julgou. Eu acho que é importante que a gente saiba que as coisas do Putin vão ser resolvidas quando acabar a guerra com a Ucrânia. Aí ele pode participar de uma reunião do G20 como pode participar o Zelensky. O Zelensky poderia ser convidado. Acontece que eu não quero discutir a guerra da Ucrânia e da Rússia no G20. Eu quero discutir a questão da Aliança Global Contra a Fome, eu quero discutir a questão climática, a questão energética, quero discutir o empoderamento das mulheres, quero discutir coisas que são importantes. Inclusive a mudança da ONU, para que a gente faça com que a ONU se adapte à realidade de 2024 e não ficar com a realidade de 1945. Eu não quero desviar os assuntos principais do G20.

NAÇÕES UNIDAS – Lamentavelmente a ONU está enfraquecida. É importante que a gente volte a valorizar a ONU, que a gente mude os componentes da ONU. Ou seja, não pode ficar só de 45 (1945). É importante que a gente tenha mais gente, que a África participe, que a América Latina participe, para que a gente possa ter uma ONU mais representativa e, quando ela tomar decisão, a gente tenha que cumprir. Porque senão não vale nada tomar decisões nos fóruns internacionais. Nós precisamos ter uma governança mundial forte para que a gente possa aprovar as coisas, decidir as coisas, e cumprir aquilo que a gente aprova e que a gente decide.

Agência Gov
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva presidirá a Cúpula de Líderes do G20, que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, no (Rio de Janeiro). Atualmente, além de 19 países dos cinco continentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia), integram o fórum a União Europeia e a União Africana. O grupo agrega dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.

Os chefes de Estado chegarão no dia 18 pela manhã, e serão recebidos pelo presidente Lula e a primeira-dama, Janja. Além dos membros plenos do grupo, são esperados representantes de 55 países ou organizações internacionais. Na sequência da chegada dos líderes, inicia-se a primeira das três sessões substantivas principais. As três reuniões correspondem, cada uma, às três prioridades que estabeleceu para a cúpula: inclusão social e luta contra a fome e a pobreza, reforma da governança global e transição energética e desenvolvimento sustentável.

ALIANÇA GLOBAL — Durante a primeira sessão, será lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que estará aberta a todos os países e por organizações internacionais que queiram aderir. A iniciativa, proposta pela presidência brasileira do G20, tem como objetivo estabelecer uma aliança global para recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo.

A Aliança estabelece um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de vários países e entidades internacionais, para apoiar a implementação e a ampliação, em escala global, de ações, políticas públicas e programas efetivos desenvolvidos pelos diferentes países e instituições para o combate à desigualdade e à pobreza. O objetivo é ampliar bases para o desenvolvimento e superação da fome a longo prazo.

"Na ocasião, o presidente deverá ler a lista completa dos que já aderiram à aliança. Na verdade, a aliança continuará aberta às adesões, até porque, a aliança, como um todo, tem uma previsão de funcionamento do seu secretariado, portanto, das suas atividades, de 2025 até 2030. Esse documento, inclusive, já foi aprovado por todos os países. É justamente o período em que há uma mobilização dos países para ver se a gente consegue ter resultados mais efetivos no combate à fome", destacou o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, na manhã desta sexta-feira (8) em conversa com jornalistas.

Segundo Lyrio, o intuito da iniciativa é acelerar o progresso na eliminação da fome e na redução da pobreza, com o objetivo de ter resultados melhores até 2030 em relação às metas estabelecidas na Agenda 2030. "Eu posso adiantar que teremos um número muito significativo de adesões", afirmou.

DEBATES — Após o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, debate sobre o primeiro tema prioritário: inclusão social. Assim como na última Cúpula do G20, em Nova Délhi, na Índia, o almoço dos líderes será durante a sessão. "Os presidentes almoçarão na sala plenária, porque justamente há uma série de discursos, debates e intervenções que exigem a presença de todos ao longo do dia", ressaltou o embaixador.

Na segunda sessão substantiva, na tarde do dia 18 de novembro, a partir das 14h, a reforma da governança global será a pauta da reunião. "Haverá o debate sobre a reforma das instituições de governança global, o que significa a reforma da principal organização política internacional, a ONU, reforma das instituições financeiras internacionais, basicamente nascidas com Bretton Woods, como é o caso do Banco Mundial e do FMI, e também a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC)", resumiu Lyrio.

Após a reunião, o presidente Lula e a primeira-dama participarão de uma recepção no próprio Museu de Arte Moderna, prevista para acontecer entre 18h e 20h. Na manhã do dia seguinte, a partir das 10h, ocorre a terceira e última sessão substancial dos líderes, para tratar sobre desenvolvimento sustentável e transição energética. Na sequência, haverá a sessão de encerramento da Cúpula e a transmissão da presidência do Brasil para a África do Sul, que preside o G20 a partir de 1º de dezembro.

Depois da cerimônia, será oferecido um almoço aos líderes e delegações. Para o presidente Lula, a tarde do dia 19 será reservada para reuniões bilaterais, ainda não confirmadas. De acordo com o embaixador, praticamente todas as delegações solicitaram reunião com o presidente brasileiro, mas devido à extensa agenda não será possível contemplar todos os países. "A cúpula está organizada em torno das três prioridades brasileiras, e que constituem, de fato, os núcleos dos resultados em nível de líderes. O que é interessante no G20, durante uma presidência, é que, além das prioridades gerais da presidência, dos líderes, também há objetivos e resultados em cada uma das áreas de negociação", explicou o embaixador, ao detalhar que a Trilha de Sherpas do G20 tem 15 grupos de trabalhos que passaram o ano negociando consensos em diversas áreas de atuação.

"E, para a nossa satisfação, foi possível desbloquear o processo de decisão em nível ministerial, e nós estamos fazendo agora o balanço. Nós chegamos a 41 documentos aprovados em nível de ministros. Então, foi possível destravar o processo de decisões dos ministros e ter, ao longo da presidência brasileira, uma série de resultados que se somam aos resultados mais amplos das prioridades estabelecidas", pontuou Lyrio.

DECLARAÇÃO DE LÍDERES — Na declaração dos líderes, está prevista uma mensagem sobre a promoção da paz nos conflitos globais, especialmente a guerra na Ucrânia e a questão da Palestina. "É a mensagem de que precisamos chegar à paz em relação não só a este conflito, mas a todos os conflitos, que, aliás, reforça a prioridade brasileira de reforma para a governança global. É preciso ter paz para que nós possamos concentrar atenção política e recursos financeiros, naquilo que deveriam ser os objetivos mais altos da comunidade internacional, que é o combate à pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável, inclusive ao combate à mudança do clima", disse o embaixador.

"A declaração de líderes é fundamental, porque ela consolida os resultados da presidência do país e, ao mesmo tempo, amplia o alcance, porque os líderes podem ir mais adiante. Mas, ao contrário das presidências anteriores, a presidência brasileira já foi gerando muitos resultados e decisões ao longo do seu ano", assinalou.

G20 SOCIAL — O presidente Lula participará do encerramento da Cúpula do G20 Social, no dia 16 de novembro, com a participação do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. "O presidente sul-africano, para a nossa satisfação, está contente com a realização dos eventos sociais, e já disse que na sua presidência também introduzirá a experiência", declarou Lyrio.

Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), o G20 Social é um processo inédito criado pela presidência brasileira do G20. O objetivo é ampliar a participação social nos processos de debate para decisões da Cúpula dos Líderes do G20, em torno de três eixos centrais escolhidos pelo governo brasileiro: combate à fome, à pobreza e às desigualdades; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.

A Cúpula do G20 Social é o ápice do processo de participação social, idealizado pelo presidente Lula em dezembro de 2023, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência rotativa do grupo. Desde então, o G20 Social deu espaço à pluralidade de vozes da sociedade civil brasileira e estrangeira e propiciou, pela primeira vez, encontros entre as trilhas política e financeira da cúpula de líderes mundiais e os grupos de engajamento e lideranças de movimentos sociais.

G20 — Estabelecido, em seu atual formato, em 2008, o G20 consolidou-se como o principal foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. O G20 constitui-se atualmente de 21 grupos de trabalho, distribuídos em duas “trilhas” – uma coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, com 13 grupos de trabalho; outra, pelo Ministério da Fazenda, com 8 grupos de trabalho –, além de 11 grupos de engajamento com a sociedade civil.

A programação da presidência de turno do G20 compreendeu mais de uma centena de reuniões oficiais em todo o território nacional, entre as quais a cúpula de líderes, cerca de 20 reuniões ministeriais e mais de 50 reuniões de altos funcionários, além de dezenas de eventos paralelos.

Agência Gov
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O preço das carnes subiu 5,8% em outubro, em relação a setembro, e foi o maior impacto da inflação de alimentos no mês passado, que subiu 1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (8).

Os destaques foram para os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

Isso fez a inflação da alimentação no domicílio passar de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.

Em setembro, o preço da carne já havia avançado 2,97% em relação a agosto. No acumulado de apenas dois meses, as carnes já apresentam alta de 8,95%.

Segundo André Almeida, gerente da pesquisa de inflação do IBGE, o avanço expressivo das carnes é consequência de três principais fatores: mudanças climáticas, menor número de animais para abate e um aumento das exportações, que reduziram a oferta no mercado interno.

A inflação da carne, em outubro, foi o segundo maior impacto da inflação total do mês, depois da energia elétrica.

Altas também foram observadas no tomate (9,82%) e no café moído (4,01%). No lado das quedas, destacaram-se a manga (-17,97%), o mamão (-17,83%) e a cebola (-16,04%).

g1
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Decoração natalina, lojas lotadas e clientes em busca de presentes. A expectativa do comércio é de alta nas vendas durante o período que vai da Black Friday até o Natal. Para dar conta dessa demanda, o varejo e outros setores estão abrindo vagas temporárias.

Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM), a previsão é de 450 mil novos contratos de trabalho temporário nos meses de outubro, novembro e dezembro em todo Brasil.

Neste fim de ano, 30% dos empresários do setor de comércio e serviços devem abrir vagas, é o que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o site de empregos Indeed houve um aumento de 45% nas ofertas de emprego com termos relacionados a “temporário” no Brasil em setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.

Setores como saúde, logística e vendas são os mais procurados e principais geradores de vagas temporárias.

g1
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