A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de junho do novo Bolsa Família. Recebem nesta segunda-feira (19) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Essa será a primeira parcela com o novo adicional de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos.
Desde março, o Bolsa Família paga outro adicional, de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Dessa forma, o valor total do benefício poderá chegar a R$ 900 para quem cumpre os requisitos para receber os dois adicionais.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício será superior e atingirá o maior da história do programa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a criação do adicional é a última mudança prevista no programa, que teve a implementação concluída neste mês.
Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.
O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Segundo o balanço mais recente, divulgado em abril, cerca de 2,7 milhões de indivíduos com inconsistências no cadastro tiveram o benefício cortado.
Apesar do corte, foi concedido prazo de 60 dias para que cerca de 1,2 milhão de pessoas que se cadastraram como de famílias unipessoais no segundo semestre do ano passado regularizem a situação e comprovem os requisitos para retornar ao programa. A principal regra é que a família tenha renda mensal de até R$ 218 por pessoa, conta obtida ao dividir a renda total pelo número de integrantes da família.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
Auxílio Gás
O Auxílio Gás também será pago nesta segunda-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 1. O valor ainda não foi divulgado, mas deve cair em relação aos R$ 110 pagos em abril, por causa das reduções recentes no preço do botijão.
Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 6 milhões de famílias neste mês. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o fim do ano.
Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
Agência Brasil
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Um policial tunisiano foi esfaqueado e morto dentro da Embaixada do Brasil na Tunísia nesta segunda-feira (19).
O g1 apurou com fontes do governo brasileiro que o ataque ocorreu dentro das dependências da Embaixada brasileira. Segundo as mesmas fontes, o policial fazia a segurança da Embaixada quando um homem invadiu o local e o esfaqueou.
A vítima, segundo o governo tunisiano, chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O autor do crime, também tunisiano, foi baleado e detido por outros policiais, segundo autoridades locais.
Logo após o ataque, a Embaixada do Brasil foi isolada, e dezenas de policiais vigiavam a área, segundo a imprensa local.
O Ministério de Interior da Tunísia descartou terrorismo - nos últimos anos, o país do norte da África foi alvo de uma série de ataques terroristas, a maioria de autoria do grupo Estado Islâmico.
O edifício onde funciona o serviço brasileiro fica no centro da capital Tunes, em uma região com outras embaixadas e uma base militar do país.
Até a última atualização desta notícia, o Itamaraty ainda não havia se manifestado sobre o episódio.
g1
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A seleção brasileira deve ter apenas uma mudança na escalação para o amistoso contra Senegal, nessa terça-feira, às 16 (de Brasília). O duelo acontece no estádio José Alvalade, em Lisboa, Portugal.
O atacante Malcom foi a novidade no treino da véspera da partida, escalado no lugar de Rodrygo, que não apareceu em campo. Até o momento, a CBF não informou o motivo da ausência do jogador do Real Madrid.
O restante da seleção é o mesmo que venceu Guiné por 4 a 1, no último sábado.
O Brasil deve ir a campo diante de Senegal com: Ederson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Ayrton Lucas; Casemiro, Joelinton e Lucas Paquetá; Malcom, Vini Júnior e Richarlison.
Em atividade no estádio José Alvalade, o técnico interino Ramon Menezes organizou o posicionamento dos atletas e ensaiou jogadas de bola parada.
O goleiro Alisson, com um trauma no dedo mindinho da mão esquerda, não foi a campo e deve seguir como desfalque.
O amistoso dessa terça será o último compromisso do Brasil antes da estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo, que acontece em setembro, contra a Bolívia, em casa.
ge
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Para a CBF, o martelo está batido. Carlo Ancelotti será o treinador da Seleção a partir de 2024. Este foi o desfecho dos dois encontros que o italiano e o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, tiveram na Espanha semana passada.
Legalmente, ele não pode assinar nenhum contrato até janeiro (seis meses antes do fim de seu vínculo com o Real Madrid). Mas a entidade entende já ter garantias do negócio. Uma delas é que Ancelotti vai indicar alguém, na Europa, para fazer a transição na Seleção, até sua chegada.
Este profissional vai dividir a tarefa com Ramon Menezes, que será responsável por acompanhar os jogadores que atuam no Brasil.
O Real Madrid, segundo a entidade, já está ciente de todos os passos. Nem CBF, nem o clube espanhol farão qualquer tipo de anúncio até janeiro. Até lá, teremos apenas informações de bastidor.
Uma ideia inicial era que o filho do treinador, Davide Ancelotti, seu assistente no clube merengue, pudesse assumir antes dele, mas foi descartado porque passaria a mensagem de que o experiente treinador não estará com a cabeça no Real Madrid nesta temporada. Ele virá junto com o pai.
Em janeiro, Ancelotti comunicará em um documento ao clube que não tem interesse na cláusula de renovação contratual, que ele e o Real poderiam exercer. Por isso, o anúncio da Seleção deve ser apenas no começo de 2024, mesmo.
Segundo a CBF, o Real Madrid recebeu com naturalidade o desejo do treinador de buscar este novo desafio. Como atleta, Ancelotti disputou duas Copas (1986 e 1990). Como técnico, 2026 será a primeira dele. Há uma expectativa de que o Real possa até querer antecipar a saída dele.
É provável que o cargo de coordenador de seleções, antes exercido por Juninho Paulista, seja extinto. Por duas razões. Pelo tamanho do treinador e pelo fato de o presidente da CBF já estar, na prática, fazendo tal função. Ele se reuniu com os jogadores na Espanha e, segundo tem relatado, foi unânime a reação positiva do grupo à chegada do Ancelotti em 2024.
O Brasil tem seis jogos de Eliminatórias a disputar este ano. Ano que vem, a competição só será retomada no segundo semestre, depois da Copa América, já com Ancelotti na função.
ge
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro começa sua série de oitivas na terça-feira (20), às 9h, com o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. O ex-policial será inquirido como testemunha, a partir de requerimento apresentado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). A reunião será realizada no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado.
Ela quer ouvir explicações acerca das blitz ocorridas em rodovias federais em 30 de outubro de 2022 – dia do segundo turno das eleições majoritárias – principalmente na região Nordeste, que concentra a maior parte dos eleitores do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
À época, foi noticiado que a PRF fez diversas barreiras para dificultar a locomoção de eleitores. Ainda no dia 30 de outubro, Vasques foi intimado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a interromper "imediatamente" as operações da corporação relacionadas ao transporte público.
Além disso, Eliziane também quer informações sobre atos ocorridos em dezembro de 2022. Investigado por improbidade administrativa em razão da acusação de pedir votos por meio de rede social para o então presidente Jair Bolsonaro, Vasques se aposentou no final do ano passado. Ele estava à frente da PRF desde abril de 2021.
“Tal como proposto no plano de trabalho apresentado a esta comissão, pretende-se que as nossas atividades se iniciem com a dissecação dos fatos que norteiam importantes datas, consubstanciadas em oitivas e requerimentos de informações, a partir das quais se espera, como natural desdobramento, a investigação dos demais fatos elencados no requerimento que embasou a instauração desta CPMI”, afirmou a relatora em justificativa.
Requerimentos
Ainda na terça-feira, a CPMI deve analisar 21 requerimentos. Entre eles, a convocação do ex-ministro chefe do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias; do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha; e de Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela elaboração do laudo sobre o exame do local onde foi encontrado artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.
Também estão na pauta requerimentos para a requisição ao STF de todos os documentos, processos e inquéritos decorrentes das investigações dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023. Outro requerimento pede que o Ministério Público Federal compartilhe informações referentes aos processos, inquéritos e investigações que tramitam no STF e nas instâncias inferiores, seja para apurar responsabilidades civis, seja criminais.
Convocados
No dia 13 de junho, a CPMI aprovou a convocação de 36 pessoas, muitas das quais integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro), o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Braga Netto.
Também foram aprovados centenas de requerimentos com pedidos de informações e acesso a imagens, como das câmeras de segurança dos palácios do Congresso Nacional, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), edifícios sedes brutalmente atacados em 8 de janeiro.
Agência Câmara
Portal Santo André em Foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (19) que telefonou para Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou o país de 1995 a 2003, para parabenizá-lo pelos 92 anos de idade.
Tradicional adversário político de Lula nos anos 1990, FHC fez aniversário neste domingo (18).
"Eu liguei pro Fernando Henrique Cardoso, porque ele estava com 92 anos. E, como eu sonho, como eu sonho em viver até 120, falei: 'Vou ligar pra adquirir um pouco de experiência'", disse o petista em live transmitida nas suas redes sociais.
"Achei ele muito bem, estava bom, sorridente. Me agradeceu muito pelo telefonema", completou Lula.
Embora tenha sido adversário de Lula nas eleições de 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso declarou apoio ao petista no segundo turno das eleições de 2022, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Neste segundo turno, voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto Luiz Inácio Lula da Silva", disse FHC em uma rede social no dia 5 de outubro de 2022.
Após a vitória de Lula para um terceiro mandato, FHC parabenizou o petista. "Venceu a Democracia, venceu o Brasil!", escreveu FHC em seu perfil no Twitter no dia 30 de outubro do ano passado.
'Fascistas tentaram dar golpe'
Na live, conduzida pelo jornalista Marcos Uchôa, da TV Brasil, Lula afirmou que, sempre que "puder transparecer" fraternidade, amor e solidariedade, ele fará esses gestos.
"Precisa acabar com esse clima de ódio criado no mundo. A gente não estava acostumado a isso", disse.
Na sequência, afirmou que "fascistas" tentaram dar um golpe no país e que os responsáveis pelo 8 de janeiro serão punidos.
"Está provado que tentaram dar um golpe, e coordenado pelo ex-presidente [Bolsonaro], que tenta negar. Quando ele perdeu, ficou trancado dentro de casa pra tentar dar o golpe", disse.
"Vamos apurar isso com muita tranquilidade. Todo mundo terá a chance de se defender. Então, eu quero que as pessoas fiquem tranquilas, porque nós vamos investigar. Quem tiver culpa no cartório, será julgado pela justiça comum e, se tiver culpa, irá pra cadeia. Se não tiver, vai pra casa", concluiu.
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (19) que vai debater com o presidente da França, Emmanuel Macron, uma resolução aprovada pelo parlamento francês na semana passada contra o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
Os dois presidentes vão se encontrar em Paris nesta quinta-feira (22). Lula criticou a decisão da Assembleia Nacional da França e disse que o país não deveria dificultar a conclusão de um tratado de livre-comércio entre os blocos.
“Quero discutir com o Macron a questão do parlamento francês, que aprovou um endurecimento do acordo do Mercosul com a União Europeia. A União Europeia não pode tentar ameaçar de punir o Mercosul se não cumprir isso ou aquilo. Ora, se somos parceiros estratégicos, você não tem que fazer ameaça. Você tem que ajudar”, afirmou o presidente em uma live nas redes sociais.
Na última terça-feira (13), a Assembleia Nacional da França aprovou por 281 votos a favor e 58 contra uma resolução contrária ao acordo do Mercosul com a União Europeia. O entendimento da maioria dos deputados foi de que a atual redação do tratado fere o acordo de Paris sobre o clima e não atende a normas sanitárias e ambientais da União Europeia para a entrada de produtos agrícolas.
Entraves para a conclusão do acordo
Negociado desde 1999, o acordo entre Mercosul e União Europeia está em fase de revisão, mas há entraves na questão ambiental. Recentemente, os europeus propuseram um documento adicional, chamado de side letter, que, segundo o governo brasileiro, impõe sanções em caso de descumprimento, mas só para o lado sul-americano.
Os países da Europa querem a garantia de que a intensificação do comércio entre os blocos não vai resultar no aumento de destruição ambiental no Brasil e demais países do Mercosul. Em contrapartida, o lado brasileiro é a favor de que não haja distinção na aplicação de eventuais sanções, ou seja, que ambos sejam penalizados do mesmo modo.
Para atender as exigências feitas pela União Europeia nas negociações do acordo com o Mercosul, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro prepara uma resposta, que deve ser discutida no fim deste mês pelos demais países do bloco — Argentina, Paraguai e Uruguai.
De acordo com fontes no governo, os técnicos dos países sul-americanos devem discutir o documento em 26 de junho. Nos dias seguintes, 28 ou 29, a expectativa é de que haja mais uma rodada de negociações. Nessa fase, a resposta brasileira deve ser avaliada pelos membros do Mercosul e da União Europeia, em uma reunião prevista para ocorrer na capital argentina, Buenos Aires.
R7
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (19) a construção de casas de 15 metros quadrados para pessoas de baixa renda. Para o presidente, a iniciativa contribui para a "degradação do ser humano".
Lula fez a crítica após a repercussão de um programa habitacional lançado pela prefeitura de Campinas (SP), que prevê a construção de moradias populares com essa metragem (veja mais detalhes abaixo).
"É importante a gente lembrar que precisamos discutir as palafitas, é preciso discutir o processo de degradação que mora o ser humano. Aquela história do prefeito [de Campinas] de fazer uma casa de 15 metros quadrados. Se essa moda pega, daqui a pouco estaremos construindo poleiros para que o povo possa morar. É o absurdo do absurdo do absurdo", disse.
Lula também falou que a política de preservação ambiental não pode deixar de lado o bem estar da população.
As declarações foram dadas na segunda edição do "Conversa com o Presidente", entrevista ao vivo transmitida pelas redes sociais do presidente e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Na conversa, Lula ainda comentou sobre os planos do governo, preservação do meio ambiente, e da viagem que fará à Europa nesta semana.
Polêmica
O programa da prefeitura de Campinas tem sido alvo de polêmica. Na atual configuração, as casas, que ainda não estão prontas, têm dois cômodos.
Logo na entrada, à direita, fica um cômodo menor, onde deve ser instalado o banheiro. Ao lado, há um cômodo maior, com uma janela. Segundo a prefeitura, o terreno tem 90 m² de área total.
Especialistas apontam que os imóveis não se adequam ao conceito de moradia digna recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Já o vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida, classificou a crítica à inciativa como "lamentável".
"Claro que a ideia seria ir para uma casa acabada. Mas lá tem família em moradia improvisada, são barracos, sem saneamento básico, com ação de reintegração de posse, e um prazo da Justiça para sair de lá", declarou.
g1
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O presidente Lula voltou a defender nesta segunda-feira (19) a redução dos juros no Brasil. Ele também fez uma cobrança ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, para o petista, precisa explicar ao povo e ao Senado por quais motivos a instituição não reduz a Taxa Selic.
Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, a taxa está em 13,75% ao ano – o maior patamar em seis anos e meio.
"Apenas o juro precisa baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]", disse.
Com o Banco Central independente, Lula não tem poder para demitir Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a presidência da instituição.
Somente o Senado pode retirar Campos Neto da presidência do BC, o que não está no radar da Casa Legislativa, apesar da pressão de governistas. O mandato de Campos Neto na instituição financiera vai até o fim de 2024.
A fala desta segunda-feira, feita em live transmitida nas redes sociais de Lula, é mais uma declaração do petista contra Campos Neto. Desde o início do ano, Lula e integrantes do governo e do PT vêm pressionando por cortes na Selic.
"Ele [Campos Neto] não tem nenhum compromisso comigo, tem compromisso com quem? Com o Brasil? Não tem. Tem compromisso com o outro governo, que o indicou. Isso é importante ficar claro. E tem compromisso com aqueles que gostam de juro alto, porque não há outra explicação", disse Lula em maio.
A taxa Selic está em 13,75% desde agosto de 2022. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para decidir sobre os juros.
Na semana passada, o presidente do BC afirmou que a queda dos juros futuros abria espaço para corte na taxa Selic "à frente". "A curva de juros futuros tem tido queda relevante. Isso significa que o mercado está dando credibilidade ao que está sendo feito, o que abre espaço para atuação de política monetária à frente", disse Campos Neto.
Entretanto, Campos Neto falou que o Banco Central precisa agir com "parcimônia" e que os juros não podem ser baixados de forma artificial, sob o risco de não se alcançar o resultado almejado.
Especialistas do mercado financeiro preveem que, na reunião desta semana, a taxa de juros deve ser mantida em 13,75%.
E que, a partir de agosto, comece a recuar – passando para 13,50% ao ano, um corte de 0,25 ponto percentual. A estimativa anterior do mercado era de que os juros começassem a cair somente em setembro desse ano
Arcabouço fiscal
Campos Neto disse que o mercado tem reagido bem ao arcabouço fiscal do governo, com queda de juros futuros e câmbio "andando na direção certa". O arcabouço deve ser votado nesta semana no Senado.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (19) que a reunião ministerial realizada na última quinta-feira (15) serviu para "harmonizar" o governo.
A declaração foi dada na segunda edição do "Conversa com o Presidente", entrevista ao vivo transmitida pelas redes sociais do presidente e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Lula também falou sobre a viagem que fará à Europa nesta semana.
Segundo o presidente, a reunião ministerial foi a melhor já feita na gestão e, nela, foi apresentada a "proposta completa" do que será feito até o fim do mandato. À ocasião, foram ouvidos representantes dos 37 ministérios, do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.
"Foi muito interessante porque a gente deu uma harmonizada na equipe do governo. Ou seja, porque muitas vezes a gente não se reúne, cada um começa a falar uma coisa, cada um começa a responder uma fofoca de jornal. Então, é importante harmonizar a linguagem do governo em torno de um objetivo único, que é fazer o Brasil dar certo", afirmou.
O encontro também contou com a participação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro. O União Brasil, partido do qual ela pediu desfiliação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem pressionado o governo pela troca no comando do Turismo.
A legenda já alertou que, se a mudança não for efetuada, a infidelidade do partido ao Executivo no Congresso pode aumentar. A substituição deve ocorrer nos próximos dias.
No último sábado (17), Lula se reuniu com o deputado Celso Sabino (União Brasil), que está cotado para assumir a pasta no lugar da ministra.
Casas de 15m²
Na transmissão, o presidente também criticou um programa habitacional lançado pela prefeitura de Campinas (SP), que prevê a construção de casas de 15 metros quadrados. Para o presidente, a iniciativa contribui para a "degradação do ser humano".
"É importante a gente lembrar que precisamos discutir as palafitas, o processo de degradação do ser humano. Se essa moda de fazer casa de 15 metros quadrados pega, daqui a pouco estamos construindo poleiros. É o absurdo do absurdo do absurdo", disse.
O programa da prefeitura de Campinas tem sido alvo de polêmica. Na atual configuração, as casas, que ainda não estão prontas, têm dois cômodos (veja foto abaixo).
Logo na entrada, à direita, fica um cômodo menor, onde deve ser instalado o banheiro. Ao lado, há um cômodo maior, com uma janela. Segundo a prefeitura, o terreno tem 90 m² de área total.
Especialistas apontam que os imóveis não se adequam ao conceito de moradia digna recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Já o vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida, classificou a crítica à inciativa como "lamentável".
"Claro que a ideia seria ir para uma casa acabada. Mas lá tem família em moradia improvisada, são barracos, sem saneamento básico, com ação de reintegração de posse, e um prazo da Justiça para sair de lá", declarou.
Viagem à Europa
Lula também falou sobre os compromissos que terá durante a viagem à Europa nesta semana. Ele se encontra com o presidente da Itália, Sergio Mattarella; com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri; com o presidente da França, Emmanuel Macron; e com o Papa Francisco.
Segundo o presidente, na reunião com o representante máximo da igreja católica, os dois devem tratar da guerra na Ucrânia e do combate à desigualdade.
"De forma inequívoca, ele é o Papa mais comprometido com o povo pobre. O trabalho dele na Argentina permitiu que ele fosse assim [...] Ele foi muito solidário a mim em todos os meus processos. Eu telefonei pra ele, falei com ele que gostaria de ir a Roma de visita para ele em agradecimento a tudo que ele fez por mim enquanto eu estava na PF [Polícia Federal]", disse.
Transmissões
A transmissão, prevista para ocorrer semanalmente às terças-feiras, foi antecipada para esta segunda porque, à noite, Lula embarca para a viagem à Europa.
Durante seus dois primeiros governos, Lula participou de um programa na Rádio Nacional chamado "Café com o Presidente", em um formato de entrevista de curta duração que chegou a ter frequência semanal. O programa foi originalmente produzido pela Radiobras, que foi em seguida incorporada à EBC.
O novo modelo de transmissões começou na última terça-feira (13), e foi anunciado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
Na gestão Jair Bolsonaro, as lives foram uma marca registrada do governo. O ex-presidente fazia transmissões semanais em suas redes sociais, momento em que comentava ações do seu governo, respondia a críticas e fazia comentários sobre temas variados.
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