O deputado Rui Falcão (PT-SP) lançou nesta quarta-feira (8) em Brasília sua candidatura à presidência do PT e minimizou o apoio de Lula ao seu adversário, Edinho Silva.
Falcão representa a ala minoritária do PT, a Novo Rumo. Edinho é da corrente majoritária, chamada de Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Lula.
“Nós temos que cuidar da eleição dele [Lula], não saber se ele é a favor ou contra candidatos do PT. Tenho certeza que quem for eleito vai ter um tratamento respeitoso da parte dele”, afirmou.
O deputado já presidiu o PT de 2011 a 2017. Se eleito, Falcão pretende apresentar uma agenda com prioridade à reeleição de Lula e o fim da escala 6x1.
“Nós estamos ministrando um país, somos governo. Mas o nosso projeto de país é diferente do que está aí. O governo precisa ao mesmo tempo gerir o sistema atual e o PT criar a perspectiva futura de outro tipo de sistema. Não podemos nos transformar em um braço institucional de governo”, disse o deputado.
Conexão com as bases
Falcão destacou que o partido deve dar sustentação ao governo, mas que é fundamental expressar a posição estratégica do partido.
“Quando você tem consensos forçados, você caminha para o erro e para o engano. Quando você tem confronto de ideias, temos soluções criativas”, afirma.
O deputado também disse que defende um PT mais conectado com as suas bases e origens.
“Precisamos valorizar a participação popular. Temos instrumentos esterilizados na Constituição, como por exemplo, iniciativa popular legislativa, plebiscito e referendo e o próprio PT já lançou mão disso. Esse tipo de consulta à base precisa ser mais exercido”", diz Falcão.
O parlamentar afirmou que na segunda-feira (14) vai fazer o lançamento da candidatura em São Paulo, no sindicato dos engenheiros, e depois apresentar o registro no diretório nacional do partido para poder visitar estados em campanha pela presidência.
g1
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