O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta quarta-feira (9) que o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), líder do partido na Câmara, deverá ser o novo titular do Ministério das Comunicações, em substituição a Juscelino Filho, que pediu demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Da mesma forma que o União Brasil tem o direito de me indicar o sucessor para o Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas. Eu vou voltar para o Brasil, amanhã de manhã vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, eu já discuto a nomeação dele", afirmou Lula, durante viagem oficial Hondureas.
O presidente disse ainda que pretende conversar com dirigentes do União Brasil assim que retornar ao país.
“Eu amanhã [quinta], quando chegar, vou convocar o presidente do Senado, [Davi] Alcolumbre, algum dirigente do União Brasil para conversar. Essa é uma coisa tranquila. Isso não está dentro do processo de mudanças no governo que eu venho fazendo no tempo em que eu tiver interesse de fazer”, disse Lula.
Ele destacou que não há um calendário definido para trocas ministeriais mais amplas.
“Ou seja, eu não tenho uma data, eu não tenho um prazo, eu não tenho uma decisão. Eu vou fazendo na hora que eu achar que tem que mudar as coisas. É assim.”
g1
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9), que tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional. Segundo o petista, "guerras comerciais não tem vencedores".
A fala do presidente faz referência à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de promover o chamado "tarifaço", isto é, a imposição de tarifas a países do mundo que, no entendimento da Casa Branca, "roubam" os EUA na relação comercial.
"Agora, nossa autonomia está novamente em cheque. Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região", afirmou o presidente. "Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os preços. A história nos ensina que guerras comerciais não tem vencedores".
O discurso de Lula ocorreu durante a cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras.
O evento reúne representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe, além de delegados de organismos internacionais e parceiros extrarregionais convidados pela presidência hondurenha.
?A CELAC é o único mecanismo de diálogo que abrange todos os países em desenvolvimento do continente americano.
Na fala, o petista pediu pela cooperação entre os países do grupo. "Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão de superpotências. O momento exige que deixemos as nossas diferenças de lado".
g1
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O deputado Rui Falcão (PT-SP) lançou nesta quarta-feira (8) em Brasília sua candidatura à presidência do PT e minimizou o apoio de Lula ao seu adversário, Edinho Silva.
Falcão representa a ala minoritária do PT, a Novo Rumo. Edinho é da corrente majoritária, chamada de Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Lula.
“Nós temos que cuidar da eleição dele [Lula], não saber se ele é a favor ou contra candidatos do PT. Tenho certeza que quem for eleito vai ter um tratamento respeitoso da parte dele”, afirmou.
O deputado já presidiu o PT de 2011 a 2017. Se eleito, Falcão pretende apresentar uma agenda com prioridade à reeleição de Lula e o fim da escala 6x1.
“Nós estamos ministrando um país, somos governo. Mas o nosso projeto de país é diferente do que está aí. O governo precisa ao mesmo tempo gerir o sistema atual e o PT criar a perspectiva futura de outro tipo de sistema. Não podemos nos transformar em um braço institucional de governo”, disse o deputado.
Conexão com as bases
Falcão destacou que o partido deve dar sustentação ao governo, mas que é fundamental expressar a posição estratégica do partido.
“Quando você tem consensos forçados, você caminha para o erro e para o engano. Quando você tem confronto de ideias, temos soluções criativas”, afirma.
O deputado também disse que defende um PT mais conectado com as suas bases e origens.
“Precisamos valorizar a participação popular. Temos instrumentos esterilizados na Constituição, como por exemplo, iniciativa popular legislativa, plebiscito e referendo e o próprio PT já lançou mão disso. Esse tipo de consulta à base precisa ser mais exercido”", diz Falcão.
O parlamentar afirmou que na segunda-feira (14) vai fazer o lançamento da candidatura em São Paulo, no sindicato dos engenheiros, e depois apresentar o registro no diretório nacional do partido para poder visitar estados em campanha pela presidência.
g1
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta quarta-feira (9) que aumentará para 125% a tarifa sobre a importação de produtos da China. A medida tem efeito imediato.
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social.
O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis".
Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que irá reduzir para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma "pausa" no tarifaço detalhado na quarta-feira da semana passada (2), que resultou na escalada da guerra comercial global.
"Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump.
O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço.
"Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA", acrescentou.
Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%:
Veja a íntegra do que publicou Donald Trump:
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
A guerra tarifária entre os gigantes mundiais
A nova decisão de Trump vem na esteira das reações chinesas às tarifas impostas pelos EUA. Nesta quarta, os asiáticos anunciaram taxas de 84% sobre os produtos importados dos norte-americanos, com previsão de que a medida passe a valer nesta quinta (10).
O contra-ataque chinês veio em resposta à taxa de 104% aplicada pelos EUA — medida que entrou em vigor já nesta quarta. Esse é mais um capítulo da escalada da guerra comercial entre as duas potências mundiais, que se intensificou na última semana.
Entenda, ponto a ponto, o embate:
Reflexos nos mercados
Apesar da nova ofensiva contra os chineses, o recuo de Trump em relação ao tarifaço fez o humor dos mercados mudar completamente.
Os principais índices dos EUA passaram a disparar, com ganhos que chegavam a 10% por volta das 15h40 desta quarta. Veja abaixo o desempenho:
Os mesmos índices tinham despencado na última semana, chegando a derreter até 10%. Um dia após o detalhamento do tarifaço, por exemplo, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020 — ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19.
Bolsas da Ásia e da Europa também despencaram em consequência da guerra comercial. Aqui no Brasil, o dólar disparou nos últimos dias e se tornou a terceira moeda que mais perdeu valor contra o dólar desde o tarifaço. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, acumulou quedas.
O cenário, no entanto, se inverteu também nos mercados brasileiros após o anúncio de Trump de que irá pausar a aplicação geral de tarifas.
O dólar passou a cair e, perto das 16h, acumulava perdas de 2,28%, a R$ 5,86. Enquanto isso, o Ibovespa disparava 3,39%, aos 128.130 pontos.
g1
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Na escalada de tensões entre EUA e China por conta do aumento mútuo de tarifas, o governo chinês associou nesta quarta-feira (9) a guerra das tarifas à Grande Depressão dos anos 1930.
A Embaixada da China nos Estados Unidos compartilhou uma postagem em suas redes sociais em que faz uma comparação entre o "tarifaço" anunciado semana passada por Trump e o subsequente aumento de tarifas à China nos últimos dias com a Lei Tarifária de 1930, também conhecida como Lei Smoot-Hawley, aplicada pelos Estados Unidos naquele ano para proteger a economia do país.
"A Lei de Tarifas Smoot-Hawley de 1930 alimentou a Grande Depressão. Hoje, as Tarifas Recíprocas correm o risco de abrir novamente a Caixa de Pandora", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, que fez a postagem.
Em meio à "guerra" tarifária sem precedentes entre Estados Unidos e China, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Pequim de "sempre ter passado a perna" nos cidadãos norte-americanos e afirmou que, agora, fará o mesmo.
"Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles", disse Trump durante um jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, na noite de terça-feira (8).
A declaração se refere ao aumento da tarifa aplicada pelos EUA a produtos chineses. Nesta quarta (9), Washington anunciou que a taxa aos produtos da China passarão a 125%, após Pequim retaliar o "tarifaço" de Trump com taxas maiores a produtos norte-americanos.
Mais cedo, o governo chinês criticou a fala do presidente dos EUA e o acusou de "bullying" e "atos intimidatórios".
"Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying", disse o ministro das Relações Exteriores chinês.
"Se os EUA realmente desejam abordar as questões por meio do diálogo e da negociação, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra tarifária e comercial, a China continuará a responder até o fim".
Lei Smoot-Hawley
O objetivo da Lei Tarifária de 1930 era semelhante ao de Trump: proteger a agricultura e indústria locais da competição de produtos do exterior.
Ao longo dos anos 1920, agricultores americanos enfrentavam crises de excesso de oferta e exigiam maiores taxas de importação de produtos estrangeiros. O candidato republicano Herbert Hoover encampou a causa em sua campanha presidencial, e ele se tornou presidente em 1928.
"Mas uma vez que o processo de revisão das tarifas começou, provou-se impossível pará-lo", diz o site do Departamento de Estado, alimentado pela última vez em 2016, ainda no governo do democrata Barack Obama. "Pedidos por maior proteção inundaram grupos de interesse especial do setor industrial e logo um projeto de lei destinado a fornecer alívio para fazendeiros se tornou um meio de aumentar tarifas em todos os setores da economia."
A lei aumentou 20%, em média, as tarifas sobre 20 mil produtos importados, sob as críticas de diversos economistas e até de alguns grandes empresários, como Henry Ford.
De acordo com muitos economistas, o tiro saiu pela culatra. Com preços mais altos, o consumo interno não viu aumento expressivo, e a Grande Depressão se estendeu ao longo de boa parte dos anos 1930.
Mais do que isso, a Lei Smoot-Hawley se tornou o símbolo da política externa "cada um por si" que marcou os anos seguintes. Outros países responderam na mesma moeda, retaliando com tarifas próprias para produtos estrangeiros, e o comércio internacional caiu vertiginosamente
A política também afetou as relações exteriores em um momento delicado, no qual movimentos totalitaristas marcados pelo ultranacionalismo se espalhavam pela Europa.
'Puxando o saco'
Também no jantar de terça-feira, o presidente Donald Trump afirmou que líderes mundiais estão "puxando seu saco" para conseguir negociar as tarifas recíprocas.
"Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. 'Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo'", disse.
? Em inglês, Trump usou a expressão "kissing my ass", que significa "bajular" e também pode ser traduzida como "puxando o saco". A tradução literal da expressão é "beijando o meu traseiro".
Esse novo capítulo do "tarifaço global" dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. As tarifas variam entre 10% e 50%.
As taxas individualizadas começaram a valer à 1h desta quarta (9). No último sábado (5), as tarifas gerais entraram em vigor.
Trump também acusou a China de manipular "a moeda para compensar tarifas".
“Tem que dar o braço a torcer. Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas”, disse Trump no evento.
Tarifaço afeta, principalmente, a China
Como a tarifa para a China chegou a 125%:
Trump disse acreditar que a China queira negociar um acordo, mas mesmo assim decidiu manter a retaliação.
O Ministério do Comércio chinês ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. "A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim", disse um porta-voz.
"A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados".
France Presse
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou que os EUA não buscam uma guerra com a China, mas que um conflito também pode ser "inevitável", em discurso nesta quarta-feira (9).
O chefe do Pentágono, que está no Panamá para uma conferência de segurança regional, alertou que o Exército chinês "tem presença excessiva no hemisfério ocidental" e "opera instalações militares" que ampliam seu alcance.
"Não buscamos a guerra com a China. E a guerra com a China certamente não é inevitável. Mas juntos, devemos evitar a guerra, dissuadindo de forma robusta e vigorosa as ameaças da China neste hemisfério", ressaltou.
Hegseth afirmou que, além disso, as empresas chinesas "estão se apoderando de terras e infraestrutura crítica em setores estratégicos, como energia e telecomunicações" e acusou a China de "explorar os recursos" de países da região "para alimentar" suas "ambições militares globais".
"Não se enganem, Pequim está investindo e operando nesta região para obter vantagens militares e benefícios econômicos injustos", alertou ele aos ministros, comandantes militares e autoridades de segurança da região presentes na reunião.
O secretário do governo Donald Trump também reiterou as acusações feitas pelo presidente americano de que a China tenta controlar o Canal do Panamá. Disse que o país não teria permissão para "transformar o canal em uma arma" usando relacionamentos comerciais de empresas chinesas para espionagem.
"O presidente Trump deixou claro que o Canal do Panamá e suas áreas não podem e não serão controlados pela China. Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros no Panamá para proteger o canal e promover nossos interesses mútuos de segurança. Juntos, estamos recuperando-o da influência chinesa", afirmou.
Estados Unidos e China estão vivendo uma grande guerra comercial neste momento. Nesta quarta-feira, Pequim aumentou novamente a tarifa aplicada a produtos norte-americanos, que agora passará a ser 84%.
A medida foi uma resposta a anúncio feito pela Casa Branca, um dia antes, da decisão do governo Trump em subir as taxas de produtos chineses para até 104% em resposta à primeira retaliação feita pela China.
Planos secretos para guerra contra China?
No dia 20 de março, o jornal "The New York Times" publicou uma reportagem afirmando que Elon Musk, chefe do DOGE e conselheiro de Trump, deveria ter acesso a um plano ultrassecreto dos Estados Unidos sobre uma possível guerra contra a China durante visita ao Pentágono.
Duas autoridades disseram ao jornal que o bilionário receberia um relatório com segredos militares sobre um possível conflito, com detalhes de alvos chineses e possíveis respostas dos EUA em caso de ameaça.
Após a notícia ser divulgada pelo jornal norte-americano, o presidente Donald Trump disse se tratar de uma fake news.
Musk também negou ter tido acesso a qualquer plano e pediu um processo contra os funcionários do Pentágono que vazaram 'informações falsas'.
France Presse
Portal Santo André em Foco
Os países da União Europeia aprovaram, nesta quarta-feira (9), o primeiro pacote de retaliação contra as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O bloco de 27 países enfrenta desde o mês passado tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e carros, além de novas taxas de 20% para quase todos os outros produtos, que acabaram de entrar em vigor.
Em retaliação, a UE decidiu que serão aplicadas tarifas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas.
As importações dos EUA incluem milho, trigo, cevada, arroz, motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e fio dental, de acordo com um documento visto pela Reuters.
Elas totalizaram cerca de 21 bilhões de euros (US$ 23 bilhões) no ano passado.
A comissão da União Europeia destacou, no entanto, que as tarifas retaliatórias podem ser suspensas a qualquer momento caso os EUA concordem com um "resultado negociado justo e equilibrado".
Por enquanto, a ação da UE é uma resposta específica às tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio. O bloco ainda está avaliando como responder às tarifas sobre automóveis e outras questões mais amplas.
'Tarifaço' derruba bolsas europeias
As principais bolsas de valores da Europa voltaram a operar em queda nesta quarta-feira (9), dia em que passaram a valer as novas tarifas de Donald Trump para dezenas de países.
As perdas nas ações se aprofundaram ainda mais quando a China retaliou ao tarifaço novamente e elevou para 84% as taxas sobre importações norte-americanas.
As quedas ficaram menores, no entanto, depois que a União Europeia anunciou o pacote de medidas retaliatórias.
O índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações das principais empresas europeias, fechou em queda de 3,31%.
Veja abaixo o desempenho dos principais índices no fechamento:
*Com informações das agências Reuters e France Presse.
g1
Portal Santo André em Foco
O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9), com a inclusão de 155 nomes.
Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:
Ao todo, na publicação mais recente aparecem 745 nomes.
Também conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. A última versão foi divulgada em outubro de 2024.
Empresas e empregadores
De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.
Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.
Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista. Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.
Agência Brasil
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A taxa média de juros para as famílias e as empresas chegou, em fevereiro, a 43,7% ao ano nas concessões de empréstimos no crédito livre. O resultado representa um aumento de 1,5 ponto percentual (pp) em um mês e de de 3,4 pp em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta quarta-feira (9) pelo Banco Central (BC).
A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. O Banco Central justifica o aumento da taxa com a necessidade de esfriar a demanda e conter a inflação, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, fazendo com que as pessoas consumam menos e os preços caíam.
As estatísticas mostram que a taxa de captação de recursos livres dos bancos (o quanto é pago pelo crédito) subiu 0,6 pp no mês e 0,7 pp em 12 meses, chegando a 32,3% em fevereiro. Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic suba para 15%.
Nas novas contratações de crédito para as famílias, a taxa média de juros livres atingiu 56,3% ao ano, com altas de 2,4 pp no mês e de 3,6 pp em 12 meses. De acordo com o BC, o aumento no mês é resultado, basicamente, da elevação das taxas de juros das operações de cartão de crédito rotativo, em 9,6 pp, para 450,6% ao ano, e de crédito pessoal não consignado, em 6,1 pp, para 105,9% ao ano.
O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando se paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito ─ utilizando a parcela mínima, por exemplo. Ou seja, nesse momento, o cliente contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. A modalidade é uma das mais altas do mercado.
Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 7,2 pp no mês e caíram 7,1 pp em 12 meses, indo para 181,8% ao ano.
Nas contratações para as empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 23,9% ao ano, com redução de 0,2 pp no mês. Foram determinantes para isso os recuos nas taxas médias de cartão de crédito rotativo, de 39,2 pp, e de capital de giro com prazo até 365 dias, 5,4 pp. Em 12 meses, entretanto, o aumento é de 2,3 pp.
Segundo o BC, em fevereiro, tanto o efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa) quanto o efeito da alteração na composição dos saldos (efeito saldo) foram determinantes para a elevação das taxas médias de juros do crédito livre.
Crédito direcionado
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado ─ com regras definidas pelo governo ─ é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 10,5% ao ano em fevereiro, com redução de 0,8 pp em relação ao mês anterior e alta de 1,1 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa caiu 1 pp no mês e aumentou 1,4 pp em 12 meses, indo para 13,5% ao ano.
Assim, a taxa média no crédito direcionado ficou em 11,2% ao ano, redução de 0,8 pp no mês e alta de 1,1 pp em 12 meses.
Saldos das operações
Em fevereiro, as concessões de crédito tiveram queda de 1,2%, chegando a R$ 575,5 bilhões, resultado da redução de 4,2% para as pessoas físicas e aumento de 2,7% para empresas.
As concessões de crédito direcionado subiram 19,1% no mês, enquanto no crédito livre houve redução de 3%.
Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,486 trilhões, um crescimento de 0,4% em relação a janeiro. Na comparação interanual, com fevereiro do ano passado, o crédito total cresceu 11,8%.
O resultado refletiu aumento de 0,5% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,459 trilhões) e o incremento de 0,4% no de pessoas físicas (R$ 4,027 trilhões).
Já o crédito ampliado ao setor não financeiro ─ que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) ─ alcançou R$ 18,789 trilhões, com aumento de 1,7% no mês, refletindo, principalmente, o acréscimo de 3,6% nos títulos públicos de dívida. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 14,9%, com avanços de 16,9% nos títulos de dívida e de 11,4% nos empréstimos.
Endividamento das famílias
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,3% em fevereiro. Nas operações para pessoas físicas, situa-se em 3,8%, e para pessoas jurídicas em 2,3%.
O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 48,7% em janeiro, aumento de 0,3 pp no mês e de 0,9 pp em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,6% no primeiro mês do ano.
Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,3% em janeiro, aumento de 0,3 pp na passagem do mês e de 1,5% em 12 meses.
Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Brasil
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As vendas no comércio cresceram 0,5% na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. O recorde anterior foi em outubro de 2024. A constatação está na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado tem ajuste sazonal, o que tira efeitos de calendário e permite comparação mais ajustada.
Já na série sem ajuste sazonal, o desempenho das vendas em fevereiro representa evolução de 1,5% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o setor apresenta expansão de 3,6%.
A média móvel trimestral, indicador que mostra a tendência de comportamento das vendas, teve crescimento de 0,2%, com ajuste sazonal. Com os números conhecidos nesta quarta-feira, o comércio se coloca 9,1% acima do patamar pré-pandemia da covid-19, observado em fevereiro de 2020.
Na comparação entre meses imediatos, a alta de 0,5% é considerada a primeira fora do intervalo de estabilidade, ou seja, quando os números eram muito próximos de zero:
Grupos de atividades
Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro apresentaram expansão:
De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em fevereiro, foi observada a volta do protagonismo para o setor de hiper e supermercados, após um período de 6 meses com variações próximas de zero.
O analista aponta que a desaceleração da inflação da alimentação em domicílio, que passou de 1,06% em janeiro para 0,76% em fevereiro, ajuda a explicar esse protagonismo das vendas nos supermercados.
As quatro atividades que apresentaram recuo nas vendas foram:
De acordo com o gerente da pesquisa, o destaque negativo do segmento de livros, jornais, revistas e papelarias é explicado por uma “evasão dos produtos físicos dessa atividade, que estão indo para o consumo para serviços como plataformas digitais”.
Ele acrescenta que o fechamento de mais lojas físicas, sobretudo livrarias, foi outro fator que explica o resultado.
Esse setor se encontra 80,2% abaixo do ponto mais alto atingido pela atividade, em janeiro de 2013.
No varejo ampliado, que inclui dados de vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas do comércio recuou 0,4% de janeiro para fevereiro na série com ajuste sazonal. Em 12 meses, há expansão acumulada de 2,9%, sem ajuste sazonal.
Revisão de 2024
O IBGE informou que uma grande empresa do setor de artigos farmacêuticos corrigiu dados relativos a 2024. Dessa forma, a expansão da atividade, anteriormente apurada em 14,2%, passou para 7,4%.
Essa mudança fez com que o comércio como um todo tivesse crescimento de 4,1% em 2024, abaixo dos 4,7% originalmente divulgados. Mesmo com a regressão de 0,6 ponto percentual, a alta de 2024 é a maior desde 2013, quando tinha crescido 4,3%.
Agência Brasil
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