O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na última sexta-feira (21), pelos crimes de ato obsceno, injúria racial, roubo e desacato um alemão que ficou nu no aeroporto de João Pessoa. O homem, que é um professor de artes marciais de 48 anos, também teria mostrado os dedos médios para insultar um juiz e um procurador em uma audiência de custódia.
O caso começou no carnaval deste ano. De acordo com a denúncia, Marco Carlo Marianeschi chegou em João Pessoa no dia 27 de fevereiro. O g1 não localizou a defesa do denunciado.
O denunciado teria viajado para a Paraíba para conhecer pessoalmente uma mulher que mora no estado e conversava com ele por meio de redes sociais na internet.
A mulher, junto com a própria mãe, foi buscá-lo no aeroporto Castro Pinto. Segundo a denúncia, ele foi violento com a paraibana. Por isso, o relacionamento não avançou e ele ficou hospedado em uma pousada de João Pessoa.
Depois disso, no dia 2 de março, o alemão foi abordado pela Polícia Militar perto da cidade de Bayeux em um carro e com atitude suspeita. Ele disse que estava perdido e foi escoltado pelos policiais até o aeroporto, que entenderam que o local seria seguro para Marco.
De acordo com a denúncia do MPF, quando o homem parou o veículo, ele tirou toda a roupa. A ação foi registrada pelas câmeras do circuito de segurança.
Depois disso, ele comprou cervejas e ficou alterado. Nesse momento, teria dito para uma atendente do estabelecimento que ela não seria capaz de atendê-lo por conta da cor da pela dela.
Um policial federal foi acionado e abordou o suspeito. Conforme o MPF, o agente foi hostilizado pelo alemão e pediu reforços. Antes da chegada de outros policiais, Marco Carlo voltou ao estabelecimento e pegou mais cervejas sem pagar pelas bebidas.
O alemão foi detido e levado para a sede da Polícia Federal. No dia 3 de março, ele passou por audiência de custódia na 1ª Vara Federal. Perto do fim da audiência, mostrou o dedo para um juiz e um promotor.
O alemão "estirou ambos dedos médios em direção ao procurador e ao juiz, em atitude de desrespeito às autoridades e desmerecimento das funções exercidas", diz a denúncia.
O homem teve a prisão preventiva decretada e foi levado para o presídio do Roger, onde continua preso.
g1 PB
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