Uma turista da Paraíba morreu, na terça-feira (17), depois de ser atropelada em uma faixa de pedestres no Rio. Priscila Marques Monteiro, de 27 anos, foi atingida por um ônibus na Glória, na Zona Sul da cidade.
O atropelamento aconteceu na manhã do dia 7 de dezembro. Segundo testemunhas, Priscila atravessava a faixa de pedestre em frente à Praça Luiz Camões com uma bicicleta alugada quando um ônibus da linha 472 (Triagem-Leme) avançou o sinal. Ainda segundo os relatos, o para-brisa do ônibus quebrou com o impacto.
Priscila fraturou os pés e teve traumatismo craniano e foi levada em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. Ela morreu após nove dias internada.
A engenharia Camila Leoncio, amiga da vítima, disse que o motorista mentiu ao dizer que tentou frear e até agora a empresa de ônibus não entrou em contato com a família.
"Falaram pra gente que ele [o motorista] avançou o sinal. Ele disse que buzinou e tentou frear, mas as testemunhas disseram que isso não é verdade. Aí coletaram aqui o depoimento dele, ele falou tudo isso e simplesmente ele foi liberado. O ônibus foi liberado, e a gente já sabe agora que trocaram o para-brisa do ônibus. O motorista segue na rua, e a gente não tem nenhuma resposta dessa empresa, não entraram em contato com a gente ou com os familiares".
O motorista foi ouvido na 9ª DP (Catete) e liberado em seguida.
Camila disse ainda que é comum ônibus e carros não respeitarem as regras de trânsito na região.
A jovem estava no Rio sozinha e iria encontrar alguns amigos. Eles contaram que ela era apaixonada pela vida e adorava conhecer lugares e pessoas. Essa era a sua segunda vez na cidade.
"A gente tinha muitos planos. Ela era feliz, alegre. Nós íamos nos encontrar esse dia às 9h30. O acidente foi às 9h. Nós íamos pra cachoeira no Parque da Tijuca. Então, a gente ia se divertir muito. Mas infelizmente a vida dela foi tirada por causa de uma imprudência desses motoristas que infelizmente não respeitam o cidadão", falou Camila.
Priscila morava sozinha em Salvador, era formada em marketing e tinha um cachorro chamado Bertô.
Parentes vieram ao Rio buscar o corpo da jovem, que foi levado para a Paraíba onde será enterrado.
O Rioônibus, sindicato responsável pelas empresas de ônibus, disse que está em contato com o consórcio Intersul para averiguar a situação.
A Secretaria Municipal de Transportes enviou uma nota informando que oficiou o consórcio a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido e solicitou que a empresa apresente as medidas que serão tomadas e práticas para desencorajar condutas futuras semelhantes a esse caso.
g1 PB
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