Setembro 20, 2024

Gaeco do MPPB pede retorno de Padre Egídio de Carvalho à prisão

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), pediu o retorno do padre Egídio de Carvalho Neto à prisão. Depoimentos de testemunhas ouvidas pelo órgão indicam o descumprimento das medidas judiciais durante o período de prisão domiciliar do padre. O réu deixou a prisão em abril deste ano, após passar mal na Penitência Especial do Valentina Figueiredo.

De acordo com apuração da CBN Paraíba, a principal motivo para o novo pedido de prisão são os depoimentos de locatários de imóveis pertencentes ao padre, que relataram terem sido abordados para continuar pagando aluguéis diretamente ao advogado do padre, mesmo após as medidas judiciais de bloqueio dos bens.

A Rede Paraíba de Comunicação entrou em contato com a defesa do Padre Egídio, mas não obteve retorno.

Em depoimento ao Gaeco, testemunhas afirmaram que foram pressionadas a efetuar os pagamentos a contas indicadas por intermediários do padre, evidenciando uma tentativa de burlar as decisões judiciais que determinavam o bloqueio dos bens e a suspensão desses repasses financeiros.

O novo pedido tramita na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba e tem relatoria do desembargador Ricardo Vital, mas ainda não foi analisado.

O Gaeco argumenta que a liberdade do padre representa um risco à ordem pública e à instrução processual, uma vez que ele teria continuado suas atividades ilícitas mesmo após ser beneficiado com a prisão domiciliar.

Os imóveis do Padre Egídio
A decisão judicial que autorizou a prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho Neto traz uma série de detalhes sobre as suspeitas que cercam o religioso. E aponta uma vida de luxos e excessos, com gastos milionários que ultrapassam em muito a sua renda mensal.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), pediu o retorno do padre Egídio de Carvalho Neto à prisão. Depoimentos de testemunhas ouvidas pelo órgão indicam o descumprimento das medidas judiciais durante o período de prisão domiciliar do padre. O réu deixou a prisão em abril deste ano, após passar mal na Penitência Especial do Valentina Figueiredo.

De acordo com apuração da CBN Paraíba, a principal motivo para o novo pedido de prisão são os depoimentos de locatários de imóveis pertencentes ao padre, que relataram terem sido abordados para continuar pagando aluguéis diretamente ao advogado do padre, mesmo após as medidas judiciais de bloqueio dos bens.

A Rede Paraíba de Comunicação entrou em contato com a defesa do Padre Egídio, mas não obteve retorno.

Em depoimento ao Gaeco, testemunhas afirmaram que foram pressionadas a efetuar os pagamentos a contas indicadas por intermediários do padre, evidenciando uma tentativa de burlar as decisões judiciais que determinavam o bloqueio dos bens e a suspensão desses repasses financeiros.

O novo pedido tramita na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba e tem relatoria do desembargador Ricardo Vital, mas ainda não foi analisado.

O Gaeco argumenta que a liberdade do padre representa um risco à ordem pública e à instrução processual, uma vez que ele teria continuado suas atividades ilícitas mesmo após ser beneficiado com a prisão domiciliar.

Os imóveis do Padre Egídio
A decisão judicial que autorizou a prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho Neto traz uma série de detalhes sobre as suspeitas que cercam o religioso. E aponta uma vida de luxos e excessos, com gastos milionários que ultrapassam em muito a sua renda mensal.

O padre Egídio de Carvalho foi preso preventivamente em novembro do ano passado, na segunda fase da Operação Indignus, acusado de liderar um esquema criminoso que envolve desvio de recursos de instituições religiosas e sociais.

O delegado André Marcedo, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), informou que o padre Egídio se apresentou às autoridades. Ele passou por audiência de custódia e foi levado para o Presídio Especial do Valentina.

Em abril deste ano, Padre Egídio passou mal e foi levado para o hospital. De acordo com informações da defesa do padre, ele foi submetido a uma cirurgia de apendicite e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, em João Pessoa.

Ele recebeu alta no dia 18 de abril e teve a prisão preventiva convertida em domiciliar no mesmo dia.

O juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, decidiu, nesta quinta-feira (18), converter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho em domiciliar.

A Justiça estabeleceu uma série de medidas cautelares que devem ser cumpridas por Egídio:

Uso de tornozeleira eletrônica;

  • Proibido de se ausentar de sua residência em João Pessoa, sem autorização do juízo, devendo indicar, com precisão e de forma comprovada, seu endereço atualizado;
  • Juntar aos autos comprovante do endereço nesta cidade, onde ficará recolhido, fazendo-o antes do início da prisão domiciliar e da colocação do equipamento de monitoramento eletrônico;
  • Proibido de manter contato com outras pessoas, só podendo se comunicar com advogados e familiares que residem no mesmo imóvel, salvo casos de urgência e mediante comunicação à justiça, em até 48 horas;
  • Proibido de acessar ou frequentar estabelecimentos vinculados à Ação Social Arquidiocesana (ASA) e ao Instituto São José. Também está proibido de entrar em contato com qualquer colaborador destas instituições, bem como as demais acusadas (as ex-diretoras Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas)

Caso Padre Zé
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.

Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.

g1 PB
Portal Santo André em Foco

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