Novembro 23, 2024

Sócio de Nego Di foi preso em 2022 por suspeita de estelionato contra empresa de rastreamento veicular da Paraíba

Anderson Boneti, sócio de Nego Di e foragido da Justiça do Rio Grande do Sul por estelionato, chegou a ser preso em 2022 pelo mesmo crime na Paraíba, onde foi processado por sócios de uma empresa de rastreamento veicular com sede em Guarabira, a 100 km de João Pessoa.

O caso que corre na Justiça paraibana teve origem em maio de 2013 na 1ª Vara Mista da Comarca de Guarabira, município do Brejo paraibano. À época, Boneti era representante legal de Izak da Silva Alves, um dos sócios.

De acordo com a denúncia, Anderson Boneti, enquanto representante legal de Izak, teve acesso a cheques para o pagamento de um contrato de compra de grande quantidade de aparelhos rastreadores junto a uma empresa especializada da área.

Ele, então, chegou a realizar o pagamento e pouco depois cancelou o contrato, recebendo assim o estorno do valor que havia sido efetuado. Boneti, de acordo com as investigações, ficou com o dinheiro e o utilizou para fins particulares.

Tempos depois, um outro sócio da empresa, sem saber que o contrato havia sido cancelado, e estranhando a demora na entrega dos equipamentos, foi cobrar da empresa especializada. Só aí descobriu que a compra não havia sido efetuada.

O processo contra Boneti foi aberto em 21 de maio de 2013 e demorou para ser finalizado, principalmente porque o suspeito deixou o município após o recebimento do dinheiro.

Apenas em 19 de abril de 2018 o inquérito policial foi finalizado e transformado em ação penal. A prisão preventiva dele foi decretada em setembro de 2019, quando ele se tornou oficialmente foragido da Justiça.

Os autos do processo indicam que houve pelo menos duas tentativas frustradas de prisão contra ele, ainda em 2019, com buscas a partir de dados obtidos no sistema eleitoral de São Paulo.

No início de 2022, Anderson Boneti se entregou à polícia. O Ministério Público da Paraíba alega que ele só se entregou quando sabia que seria preso. Alguns dias depois, no entanto, em 7 de março de 2022, ele conseguiu um habeas corpus e desde então responde ao processo em liberdade.

Os advogados que o representaram naquela época deixaram o caso em novembro daquele mesmo ano. Procurados pelo g1, informaram que não iriam se pronunciar justamente porque não representam mais o réu.

Investigação
A loja virtual "Tadizuera" operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 – ocasião em que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.

Parte dos seguidores do influenciador comprou os produtos, mas nunca recebeu, de acordo com a Polícia Civil. A investigação aponta que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Ainda assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa.

A Polícia Civil afirma que tentou por diversas vezes intimar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele nunca foi encontrado.

As autoridades policiais estimam que o prejuízo dos 370 clientes lesados seja superior a R$ 330 mil, mas como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas do esquema seja maior e inclua pessoas que não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influencer.

A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele na época, em 2022, passa de R$ 5 milhões.

g1 PB
Portal Santo André em Foco

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