Garimpos irregulares encontrados na cidade de Princesa Isabel, no Sertão paraibano, foram alvos de uma operação que combate a extração ilegal de recursos minerais, realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Militar da Paraíba e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). A operação foi deflagrada durante a última semana, e o balanço foi divulgado nesta segunda-feira (4).
Segundo a PF, os garimpos funcionavam na zona rural do município, e vários itens usados para extrair ouro a partir de minério bruto foram apreendidos nos locais investigados. Em um dos pontos, os resíduos do garimpo ilegal estavam sendo despejados no leito do Rio Bruscas.
Durante a fiscalização, foram apreendidos frascos de mercúrio; britadores de pequeno porte; calhas de concentração; baterias; e tanques de cianetação, que são característicos de extração de ouro. Os tanques que despejavam resíduos no rio foram construídos de forma artesanal, e continham dezenas de células de cianetação.
Conforme a PF, a cianetação é o processo usado para extrair ouro de um minério bruto retirado do solo. O cianeto dissolve o ouro dentro da rocha, retirando-o em forma líquida. Em seguida, o ouro é tratado para retirar o cianeto ao qual foi exposto. Esse processo causa grandes impactos ambientais e muitos prejuízos à saúde humana, devido à alta toxicidade do cianeto, que pode deixar terras, rios e lagos estéreis.
Durante a operação, os responsáveis pelos garimpos não estavam no local, mas a Polícia Federal apura a identificação destas pessoas. Os responsáveis podem responder pelo crime de extração ilegal de recursos minerais, além de outros crimes que podem surgir durante a investigação.
g1 PB
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