A mãe e a companheiras presas suspeitas de matar um bebê de seis meses em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba, foram transferidas na noite de quinta-feira (9) da cadeia feminina de Cajazeiras para a Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB), que determinou a transferência imediata para preservar a segurança das suspeitas.
Segundo a Seap, o órgão verificou a necessidade de transferência com base no que estabelece a Lei de Execução Penal, que determina o dever do Estado em garantir a integridade física de pessoas em privação de liberdade.
Inicialmente, as duas suspeitas foram presas em flagrante e levadas para a delegacia de São José de Piranhas, onde foi lavrado o auto de prisão por homicídio qualificado. A Polícia Civil identificou a mãe da criança como Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e afirmou que ela decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento. De acordo com a polícia, a companheira, Lilian Alves Romão, de 18 anos, confessou o crime, mas não disse a motivação.
Após prestarem depoimento, as duas mulheres foram encaminhadas para a Central de Polícia de Cajazeiras.
Entenda o caso
Um bebê de seis meses morreu com sinais de espancamento na manhã desta quinta-feira (8), no município de São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba. A criança foi levada pela mãe e sua companheira para a Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, mas a vítima chegou morta e com hematomas no corpo. As duas mulheres são suspeitas da morte e foram presas.
De acordo com a UBS, a mãe do bebê chegou às pressas na unidade, pedindo ajuda porque a vítima estaria passando mal. A equipe médica constatou que a criança não apresentava sinais vitais e tentou reanimá-la por aproximadamente 15 minutos, até a chegada do Samu.
A equipe da UBS retirou a roupa da criança e se deparou com cicatrizes na região dorsal e glúteos, além de escoriações na região oral e uma possível laceração anal. O bebê também apresentava hematomas na cabeça. Os profissionais solicitaram o apoio da Polícia Militar e o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol).
De acordo com o delegado Danilo Charbel, responsável pelo caso, a principal linha de investigação acredita no envolvimento das duas mulheres no crime e suspeita que a criança também sofreu abuso sexual. A polícia confirmou à TV Paraíba que deve pedir o exame sexológico.
O corpo da criança foi encaminhado para o Numol de Cajazeiras para ser periciado.
g1 PB
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