O secretário de comunicação de Belém, conhecido como Betinho Barros, de 38 anos, ameaçou a ex-esposa por mensagem de texto antes do feminicídio, que aconteceu na última quinta-feira (21). O superintendente da Polícia Civil, Luciano Soares, confirmou que as mensagens foram registradas no boletim de ocorrência em que a vítima denunciou a violência doméstica.
Em um trecho da conversa, Betinho Barros afirma que a vítima, a estudante Rayssa de Sá, de 19 anos, vai se arrepender de algo. Ele ameaça matá-la, e ela responde que vai registrar um boletim de ocorrência. Em seguida, ele debocha: “pode pedir a medida protetiva do inferno”.
Nas mensagens, ele também afirmou estar vendendo as “coisas de casa” por um preço barato e completa dizendo “você sabe o que eu vou comprar”. No boletim de ocorrência, ela registrou que ele estaria vendendo os móveis de casa para comprar a arma e cometer o crime.
"Vou matar você e deixar sua filha sem mãe e sem pai. Vou na sua universidade pegar você lá. Estou vendendo os móveis da casa para comprar uma arma e lhe matar. Estou ficando descontrolado", registrou a vítima no BO.
Medida protetiva uma semana antes do crime
O g1 não conseguiu confirmar a data em que as mensagens foram enviadas para Rayssa de Sá. Porém, a vítima denunciou e pediu medida protetiva contra Betinho Barros no dia 13 de setembro, na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Guarabira.
A medida protetiva de urgência solicitada por Rayssa foi atendida no dia seguinte, dia 14 de setembro. O juiz determinou o afastamento do acusado do lar ou local de convivência da vítima, proibindo que ele se aproximasse da vítima e estabeleceu um limite mínimo de 200 metros. Betinho Barros também foi proibido de manter contato com a vítima por meio de ligações telefônicas e envio de mensagens por celular (SMS), e-mail e outras.
Entenda o caso
Oberto Nóbrega de Barros Oliveira, conhecido como Betinho Barros, ameaçou e perseguiu a ex-esposa Rayssa Sá antes de matá-la a tiros, na noite de quinta-feira (21), no município de Belém, no Agreste da Paraíba.
No boletim de ocorrência, a estudante Rayssa Kathylle de Sá Silva relatou que o acusado não aceitava a separação e a perseguia com recorrentes telefonemas e mensagens de texto.
O acusado era ouvidor público e Secretário de Comunicação da prefeitura do município de Belém, no Agreste da Paraíba. O casal estava em processo de divórcio, mas já estavam vivendo há cerca de 1 mês.
As denúncias à polícia e a medida protetiva não impediram que Betinho a matasse a tiros, na casa da mãe dela, e em seguida tirasse a própria vida. A polícia ainda não sabe como ele teve acesso à residência.
g1 PB
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