A Polícia Civil da Paraíba confirmou na manhã desta quarta-feira (20) que vem investigando o furto de equipamentos eletro-eletrônicos do Hospital Padre Zé, de João Pessoa. A denúncia foi feita em agosto, imediatamente um inquérito policial foi aberto e a expectiva é que muito em breve ele seja concluído.
Segundo a delegada Maíra Roberta, chefe de gabinete da Delegacia Geral da Polícia Civil da Paraíba, as investigações correm em segredo de justiça. Por causa disso, algumas informações não podem ser repassadas sob pena de prejudicar o curso das investigações
Ainda assim, ela confirmou que já foram cumpridos uma série de mandados de busca e apreensão em que foram apreendidos aparelhos eletrônicos que agora estão sendo submetidos a perícia. Além disso, uma pessoa já foi indiciada por conta dos furtos.
Maíra Roberto explica que os equipamentos furtados foram doados ao Padre Zé pela Receita Federal e eram oriundos de apreensões da instituição. Mas, após a doação, os equipamentos teriam sido subtraídos da unidade hospitalar. "Desde então diligências foram iniciadas no intuito de se chegar à autoria do fato", explicou.
Os aparelhos seriam vendidos em um Bazar Solidário para arrecadar recursos para o hospital, com objetivo de comprar uma ambulância UTI e um carro para a distribuição de alimentos em ações de caridade. De acordo com a coordenadora do Hospital Padre Zé, Janaíra Dantas, a instituição enviou uma relação para a polícia indicando que mais de cem celulares foram furtados.
Responsável pelo Hospital Padre Zé, a Arquidiocese da Paraíba informou por meio de nota que o então diretor do hospital, o padre Egídio de Carvalho Neto, renunciou ao cargo na segunda-feira (18), já durante o curso das investigações. Disse também que ainda "não recebeu qualquer notificação oficial referente a investigações em curso", mas enfatizou que se compromete a colaborar integralmente com a polícia.
Segundo a Arquidiocese, o padre tomou todas as providências necessárias e registrou boletim de ocorrência. A polícia não informou se o agora ex-diretor do hospital também é alvo das investigações. Mas a delegada promete para breve um desfecho.
"As investigações já se encontram em estado bastante adiantado e assim que tivermos concluído as investigações informaremos as conclusões do inquérito", destacou Maíra Roberta.
Ex-funcionário investigado
Durante as investigações, o ex-funcionário do hospital, identificado como Samuel Rodrigues Cunha Segundo, chegou a ser preso. O suspeito seria coordenador do setor de tecnologia da informação da instituição e foi desligado após a prisão. A Polícia Civil da Paraíba não chegou a divulgar o seu nome, mas a própria defesa do suspeito confirmou a informação.
A defesa destaca, contudo, que, alguns dias depois da prisão, a justiça a revogou e adotou medidas cautelares para que ele pudesse responder ao caso em liberdade.
Por meio de nota, confirmou que Samuel foi apontado como a pessoa que furtou aparelhos telefônicos do Hospital Padre Zé, ponderou que as tais medidas cautelares determinadas pela Justiça "estão e serão cumpridas integralmente pelo acusado" e que só vai se pronunciar melhor ao fim da investigação em curso.
g1 PB
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