A jovem Rafaela Ingrid, encontrada morta com sinais de violência neste domingo (2), em um matagal no Portal do Sol, em João Pessoa, teria sumido após sair da casa da namorada no bairro dos Bancários. Um suspeito de 24 anos foi preso, ouvido e liberado, mas perícia vai cruzar material genético dele com o encontrado na vítima para apurar a autoria do crime.
O corpo de Rafaela foi localizado por ciclistas que passavam perto do local e sentiram um cheiro forte. Eles acionariam a Polícia Militar, que localizou o corpo durante as diligências. Familiares de Rafaela, que também moram na mesma região, reconheceram o corpo.
A mãe da jovem, Maria Aparecida, afirma que a filha era querida por todos:
"Ela era muito querida na escola. Uma menina estudiosa, fazia curso de Bombeiro Civil. Minha filha não é marginal, nem bandida, era só uma menina", disse a mãe de Rafaela após a identificação.
Conforme o perito Aldenir Lins, o corpo já estava em estado avançado de decomposição. Segundo ele, a provável causa da morte é enforcamento já que a vítima tinha um saco plástico amarrado em volta do pescoço. O estado do cadáver também indica que a morte aconteceu provavelmente no amanhecer da quinta-feira (30), conforme o perito.
A vítima estava desaparecida desde a última quarta-feira (29), quando foi vista pela última vez com o homem considerado suspeito, que mora na mesma comunidade em que a vítima morava. Eles se conheciam há apenas três dias, segundo o delegado Giovani Giacomelli.
De acordo com a Polícia Militar, na noite do desaparecimento este suspeito saiu de casa e só retornou perto do amanhecer da quinta-feira (30). Ele também teria sido a última pessoa que também falou com a vítima, por volta das 1h da manhã da quinta.
Logo após o corpo ser encontrado, o homem de 24 anos foi detido e estavam com vários arranhões pelo corpo – alguns cicatrizados. Populares da comunidade onde Rafaela e o suspeito moravam tentaram o linchar.
O suspeito de 24 anos, natural de Gurinhém, foi detido e encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, em João Pessoa. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado.
O delegado Giovani Giacomelli explicou que não existem provas que embasem uma prisão preventiva.
Outros exames de perícia serão feitos para constatar se a jovem foi vítima de outros tipos de violência e atestar a autoria do crime. O perito afirma que material genético do suspeito também foi coletado e um cruzamento com vestígios encontrados em Rafaela também será feito.
O caso segue em investigação.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.
As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.
g1 PB
Portal Santo André em Foco
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