O chefe da quadrilha que roubou um posto bancário dentro do Partage Shopping em Campina Grande, Romário Gomes Silveira, conhecido como Romarinho, foi condenado a 42 anos de prisão após sentença publicada na terça-feira (6), mas divulgada apenas nesta quinta-feira (8). Os demais integrantes da quadrilha também foram condenados em sentença divulgada pela Justiça na quarta-feira (7) em um processo desmembrado.
O assalto aconteceu no dia 17 de janeiro de 2018. Uma quadrilha fortemente armada invadiu o Partage Shopping, em Campina Grande, explodiu um caixa eletrônico e arrombou uma joalheria durante a madrugada. Os suspeitos estavam em, pelo menos, quatro carros e chegaram a fazer reféns. O ataque ocorreu a menos de 50 metros da delegacia da Polícia Federal, em Campina Grande. Imagens de câmera de segurança mostra ação do grupo. O valor furtado foi estimado em mais de R$ 500 mil.
O julgamento de Romário Gomes Silveira foi feito à parte dos demais porque estava foragido do sistema penitenciário quando teve início o julgamento do processo principal, em que figurava como réu ao lado de outros sete envolvidos nas explosões e roubo dos terminais de autoatendimento do banco no shopping.
O processo de Romarinho foi desmembrado do processo principal devido à fuga dele da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, após explosão do portão de acesso ao presídio, em 10 de setembro de 2018. Outra ação ligado ao assalto ao Partage Shopping é contra Hilton Dias de Araújo, conhecido como "Gordo do Partage", preso no dia 22 de fevereiro deste ano, em Pernambuco, durante a Operação Perseverança.
Fuga cinematográfica
A fuga do condenado Romário Silveira ocorreu na madrugada de 10 de setembro de 2018, quando ele estava preso por ataque a um carro-forte no município paraibano de Lucena. Durante resgate realizado pela organização criminosa em uma ataque à Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1.
Conforme registra a sentença, no momento do resgate, constatou-se que “os comparsas do denunciado foram diretamente à sua cela, que estava sendo sinalizada por um celular, e ao libertá-lo, imediatamente entregaram-lhe um fuzil, passando ele a comandar toda a operação [de fuga]”. Em 14 de junho de 2019, o réu foi capturado em um shopping de Fortaleza, no Ceará, em uma ação conjunta da Polícia Federal e das polícias militares da Paraíba e do Ceará.
Trechos da sentença destacam o poder de fogo do grupo e a liderança do condenado: “a organização criminosa é conhecida por utilizar armamentos pesados, de uso militar, para fazer frente a qualquer reação policial, fato que evidencia a posição de proeminência de Romário na referida organização”. Outro trecho aponta o comando do réu: “nos diversos registros de conversas entre o denunciado e terceiros, Romário é tratado por ‘patrão’ ou ‘chefe’, o que corrobora a conclusão de que exerce atividade de liderança na organização”.
Entenda o caso
No dia 17 de janeiro de 2018, por volta das 4h, um grupo de pessoas encapuzadas e com armas de fogo de uso restrito arrombou a entrada principal do shopping, usando um carro em marcha ré. Depois disso, cinco deles entraram no estabelecimento enquanto os demais ficaram do lado de fora. A ação foi registrada por uma câmera de segurança.
Depois de instalarem explosivos, que destruíram cinco terminais de autoatendimento, os suspeitos roubaram relógios de uma joalheria próxima ao local, efetuaram vários disparos de arma de fogo e fugiram pela BR-230, espalhando grampos na via pública.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
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