O suspeito de matar o jovem achado dentro de um carro em chamas, no último dia 27 de dezembro, em Campina Grande, disse que ateou fogo no veículo para não ser identificado pela polícia. O homem, de 35 anos, e uma mulher, de 28 anos, são suspeitos de terem cometido o crime. Ele foi preso, mas ela ainda não foi detida.
De acordo com o delegado Demétrius Patrício, o crime foi motivado por dificuldades financeiras do casal, que rompeu o relacionamento há cerca de 10 anos. Em uma visita do pai aos filhos, a mulher teria relatado os problemas ao ex-companheiro. Nesse momento, eles planejaram assaltar um motorista de transporte por aplicativo.
O cadastro feito no aplicativo de transporte foi realizado com dados de criança de 9 anos.
Para cometer o roubo, o homem que estava no banco atrás de Daniel, contou à polícia que pegou o carregador do celular de Daniel e o asfixiou, sem dar chances de defesa. O homem ainda tentou levar o carro do jovem, mas não conseguiu fazer com que o veículo funcionasse.
Como Daniel ficou desacordado, o suspeito saiu para comprar um isqueiro. Na volta, ele ateou fogo no carro, pensando que assim, não seria identificado e preso.
“Ele usou o álcool que a própria vítima tinha no carro”, reforçou o delegado Glauber Fontes.
A vítima ainda não havia morrido, mas os gases tóxicos emitidos pela fumaça, provocaram a morte do jovem.
Também conforme a polícia, os suspeitos permaneceram no local por pelo menos 10 minutos e foram vistos por testemunhas que passavam pelo local e ajudaram na descrição dos dois.
“É um crime considerado com requintes de crueldade, tendo em vista que atearam fogo no corpo da vítima, ela estando viva ainda”, destacou o delegado Demétrius Patrício.
O homem preso deve passar por uma audiência de custódia na quarta-feira (5). Contra a mulher, que ainda não foi detida, existe um mandado de prisão em aberto.
Entenda o caso
O corpo de Daniel foi encontrado dentro de um carro em chamas, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, na noite do dia 27 de dezembro. Segundo informações passadas pela Polícia Militar, moradores ligaram para os agentes depois de perceberem o fogo no veículo.
Conforme a delegada Elizabeth Beckhan, o jovem teve o celular e o relógio levados. Por isso, a polícia suspeita de latrocínio – crime em que acontece roubo seguido de morte. Daniel também não tinha envolvimento com crimes, inimigos ou dívidas, segundo as primeiras investigações.
Daniel trabalhava como motorista de transporte por aplicativo. Ele também era estudante do curso de engenharia civil, em uma universidade particular de Campina Grande.
Segundo a mãe do jovem, ele saiu de casa por volta das 18h45 para a primeira corrida da noite. “Acho que foi um assalto, só que foi muito cruel. Só levaram o celular dele. Na verdade, era só o que ele tinha”, completou.
g1 PB
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