Um idoso de 71 anos foi morto com um golpe de machado na noite de segunda-feira (9), em uma casa de repouso para idosos, em Campina Grande. De acordo com a Polícia Civil, o principal suspeito é outro idoso, de 60 anos, que teria cometido o crime por se incomodar com o barulho do andador da vítima durante a noite, quando se levantava para ir ao banheiro.
Segundo as informações dos proprietários da casa de idosos à polícia, duas cuidadoras estavam na casa durante a madrugada, no quarto onde dormem. No momento do crime, no quarto onde o senhor Euclidenor Pinto de Oliveira morreu, havia três idosos: a vítima, o suspeito e um outro idoso de 98 anos.
Quando Euclidenor estava dormindo, o suspeito teria ido até o local onde ficavam guardados os equipamentos de jardinagens, pegou o machado e foi até o quarto para matar o idoso. Segundo a polícia, o outro idoso que estava no quarto não levantou, nem reagiu, provavelmente por estar debilitado. Segundo as informações dele, a única coisa que viu foi o companheiro de quarto entrando com um machado e dizendo que iria matar uma cobra.
Após dar o golpe de machado, o suspeito teria voltado a dormir normalmente. Os idosos que estavam nos quartos ao lado informaram à polícia não ter ouvido nenhum barulho. Segundo os colegas da casa de idosos, o suspeito teria matado a vítima por não gostar do barulho que o andador fazia durante a noite.
Ao G1, o filho da vítima, Toninho Miranda, informou que responsabiliza a casa de repousos pela morte do pai e que não acredita que nenhum barulho tenha sido ouvido durante o crime.
"Nos informaram que meu pai tinha sido assassinado por um colega de quarto durante a madrugada. Ao que eles alegam, meu pai e esse outro idoso teriam discutido e acontecem essa tragédia. A gente está achando muito estranho porque desde o aniversário dele, no dia 31, e no dia dos pais, que a gente não consegue ter contato com ele. A única forma de falar com eles é pelo telefone do proprietário. A gente está muito confuso com isso tudo”, disse.
Para o filho da vítima, é muito estranho as cuidadoras não terem ouvido nenhum tipo de barulho durante o crime. Toninho, que mora no Rio de Janeiro, está a caminho de Campina Grande. A família pretende mover uma ação para responsabilizar a casa de repouso.
"Vamos mover uma ação. Ainda não sei como, pois não entendo juridicamente do processo, mas vamos buscar orientação", disse.
O idoso suspeito foi levado para a carceragem da Central de Polícia. Ele deve ficar preso. Para a polícia, a administração da casa de repouso não teve responsabilidade e não vai responder criminalmente. Eles podem responder judicialmente caso a família entre com uma ação.
G1 PB
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