Fevereiro 02, 2025
Arimatea

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A Flórida decretou estado de emergência na quarta-feira (28) enquanto aguarda o furacão Dorian, que deve chegar ao leste do estado na tarde de domingo (1º) depois de passar perto do norte das Bahamas no sábado (31).

Especialistas alertam que o furacão pode vir a ser classificado como de grau 3, um "furacão poderoso", quando chegar à Flórida, com ventos de mais de 178km/h. Na quarta-feira (28), quando passou pelas ilhas do nordeste do Caribe, era classificado como grau 1. O furacão Maria, que atingiu Porto Rico em 2017, era classificado como grau 4.

Dennis Feltgen, meteorologista do Centro de Furacões em Miami, disse que Dorian se fortaleceria e poderia atingir qualquer lugar do sul da Flórida à Carolina do Sul.

"Esta será uma grande tempestade se aproximando do sudeste", disse Feltgen.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu no Twitter que os moradores da costa leste estocassem pelo menos sete dias de suprimentos, preparassem suas casas e seguissem a rota do furacão.

Os governos dos condados da costa leste do estado distribuíram sacos de areia, e os moradores foram às pressas a armazéns varejistas para estocar água, alimentos enlatados e suprimentos de emergência.

A Guarda Costeira dos EUA alertou que todos os barcos no porto de Key West, na Flórida, devem procurar um porto seguro antes do início do fim de semana, que é seguido pelo feriado do dia do trabalho (2). Embarcações também devem deixar o porto antes da chegada de Dorian.

Uma base da Força Aérea americana em Cape Canaveral, lar do maior espaçoporto dos Estados Unidos, entrou nos estágios iniciais dos preparativos para furacões na quarta-feira (28).

Sem grandes danos no Caribe
O furacão passou por Porto Rico e pelas Ilhas Virgens dos Estados Unidos sem causar grandes estragos, apesar de alguns cortes de energias e inundações.

"Estamos felizes porque não há danos a anunciar", declarou o prefeito de Culebra, em Porto Rico, à Associated Press. Apenas uma comunidade ficou sem energia, segundo ele.

Em Bayamón, em Porto Rico, um idoso de 80 anos morreu na quarta-feira (28) depois que caiu tentando subir no telhado para limpá-lo de detritos antes da tempestade.

A ilha, um território americano não incorporado, ainda se recupera do furacão Maria, que atingiu o lugar há dois anos e matou mais de 4,6 mil pessoas. Os 3,2 milhões de habitantes também dependem de uma rede elétrica instável, ainda propensa a interrupções desde que foi destruída pelo furacão de 2017.

Nas Ilhas Virgens americanas, o furacão causou um blecaute em St. Thomas e St. John, e causou quedas de energia em St. Croix, segundo um porta-voz do governo informou à AP. O furacão também derrubou pelo menos um poste elétrico em St. Thomas, mas não houve relatos de grandes inundações.

"Estamos gratos por não ter sido uma tempestade mais forte", declarou.
Não houve relatos de danos sérios nas Ilhas Virgens Britânicas, onde o governador Augustus Jaspert disse que as equipes já estavam limpando estradas e inspecionando infraestrutura no final da tarde de quarta-feira (28).

Antes, Dorian havia causado falta de energia e derrubado árvores em Barbados e Santa Lúcia e causado inundações em ilhas, incluindo a Martinica.

G1
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Iván Márquez, ex-número dois da guerrilha dissolvida das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), reapareceu nesta quinta-feira (29) em um vídeo anunciando uma nova etapa da luta armada na Colômbia. O anúncio acontece três anos após a assinatura do acordo de paz entre a guerrilha e governo para encerrar 52 anos de conflito.

A leitura do manifesto “Enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer” foi postado em um canal do YouTube. Márquez, vestido de verde militar e com uma arma na cintura, está acompanhado por outro ex-comandante das Farc Jesus Santrich, que está foragido da justiça.

"Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia [berço histórico da rebelião armada] começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão ".

Márquez, que foi um dos principais negociadores do acordo de paz, afirma que a decisão de voltar às armas "é a continuação da luta de guerrilha em resposta à traição do Estado ao acordo de paz [de 2016]". Ele ainda diz que o grupo buscará alianças com a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) e não usará pedidos de resgate [de pessoas sequestradas] como fonte de financiamento.

Fontes de segurança disseram à Reuters que a força comandada por Márquez poderia atingir reunir 2,2 mil combatentes.

Márquez perdeu o mandato como senador por não ter tomado posse. Seu paradeiro era desconhecido desde o ano passado, quando o seu sobrinho foi preso e levado para os Estados Unidos para cooperar com investigadores do narcotráfico. Ele alegou que faltavam garantias do governo para que pudesse viver em sociedade com segurança.

Santrich é acusado pelo governo americano de planejar o envio de 10 toneladas de cocaína ao país após a assinatura do acordo de paz com a Colômbia.

Farc nega volta ao conflito armado
Após a divulgação do vídeo, o ex-comandante da guerrilha, das Farc Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, negou a retomada da luta armada.

"A grande maioria continua comprometida com o acordo, apesar de todas as dificuldades e perigos. Estamos com a paz", disse Timochenko no Twitter. Ele é atualmente um líder da Força Comum Alternativa Revolucionária, o partido político das Farc nascido do acordo de paz.

O ex-líder guerrilheiro Carlos Antonio Lozada, que atualmente é senador, considerou a iniciativa um equívoco. "Devemos dizer à base da guerrilha que o caminho é o da paz, estamos convencidos de que todos os dias há mais colombianos que querem a paz. Sabemos que não é um caminho fácil".

Por outro lado, o líder de uma das frentes mais ativas do ELN no departamento do Chocó, no oeste da Colômbia, saudou a iniciativa.

"Quando as vias legais estão fechadas para as transformações profundas a resistência armada para transformar essa realidade é uma alternativa válida. Saudamos o pronunciamento de Iván Márquez, Jesús Santrich, El Paisa e outros colegas que reintegram essa forma de resistência popular", disse Uriel em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Não houve reação imediata do governo.

Acordo de Paz
Em novembro de 2016, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder rebelde marxista das Farc, Rodrigo Londoño, assinaram o acordo de paz para encerrar mais de 50 anos do conflito que deixou mais de 260 mil mortos.

Esse tratado era uma versão atualizada do documento original, que tinha sido rejeitada em referendo por uma pequena diferença de eleitores que o consideravam leniente demais com a guerrilha. O "não" ganhou por 57 mil votos em um universo de 13 milhões de eleitores.

Graças ao acordo de paz, a antiga guerrilha se tornou o partido Força Alternativa Revolucionária do Comum, ganhando dez cadeiras no Congresso, cinco delas no Senado e as demais na Câmara de Representantes.

O atual presidente colombiano, Ivan Duque, foi eleito em uma plataforma para alterar partes do acordo, mas não conseguiu até agora apoio do Congresso ou da Justiça para fazê-lo.

G1
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Após uma abertura em queda, o dólar passou a subir nesta quinta-feira (29), com o mercado de olho nas atuações do Banco Central, nas incertezas político-econômicas na Argentina e nos números do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 2º trimestre, que mostraram uma alta de 0,4% sobre o trimestre anterior.

Às 11h10, a moeda norte-americana subia 0,13%, vendida a R$ 4,1634.

Na véspera, o dólar fechou praticamente estável, com variação de 0,01%, a R$ 4,1579, renovando patamar máximo de fechamento desde setembro do ano passado.

A economia brasileira evitou a recessão no segundo trimestre com um resultado até melhor do que o esperado pelo mercado.

"A leitura do PIB acaba gerando um clima um pouco mais favorável nos mercados internos, ainda que esse alívio não seja suficiente para compensar toda turbulência que temos visto na moeda", afirmou à Reuters Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets.

O BC vendeu todos os 544,5 milhões de dólares em moeda física nesta quinta-feira e negociou ainda todos os 10.890 contratos de swap cambial reverso ofertados, nos quais assume posição comprada em dólar.

Também seguia no radar o cenário político-econômico argentino, depois que o governo anunciou na quarta-feira que o país vai negociar com os detentores de seus títulos soberanos e o Fundo Monetário Internacional para prorrogar os prazos de vencimento de sua dívida.

Segundo analistas da XP Investimentos, "o impacto total desse evento sobre o crescimento econômico brasileiro ainda é incerto e no curto prazo deve apenas colocar um pouco de pressão sobre a taxa de câmbio dada a maior aversão ao risco global e ao fato de o Brasil estar, de alguma forma, mais exposto à Argentina."

As negociações comerciais entre EUA e China também seguiam de pano de fundo, com o Ministério do Comércio da China dizendo que os dois lados "deveriam criar condições" para o progresso nas negociações e que a China é contra a intensificação da guerra comercial e está disposta a resolver o problema com calma.

G1
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O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve um crescimento de 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O PIB somou R$ 1,78 trilhão no período.

O dado foi divulgado hoje (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB também apresentou altas de 1% na comparação com o segundo trimestre de 2018, de 0,7% no acumulado do ano e de 1% nos últimos 12 meses.

Na comparação do segundo com o primeiro trimestre deste ano, a alta de 0,4% foi puxada, sob a ótica da produção, pelos crescimentos de 0,3% do setor de serviços e de 0,7% da indústria. A agropecuária recuou 0,4% no período.

Na indústria, os principais desempenhos vieram da indústria da transformação (2%) e da construção (1,9%). As indústrias extrativas recuaram 3,8% e a atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos caiu 0,7%.

Nos serviços, houve resultados positivos nas atividades imobiliárias (0,7%), comércio (0,7%), informação e comunicação (0,5%) e outras atividades de serviços (0,4%).

Por outro lado, tiveram queda os segmentos de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%), transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,1%).

Demanda
Sob a ótica da demanda, a alta do PIB do primeiro para o segundo trimestre foi puxada pela formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (3,2%), e pelo consumo das famílias (0,3%). O consumo do governo teve queda de 1% e as exportações recuaram 1,6%. As importações cresceram 1%.

Agência Brasil
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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,67% em agosto, após ter registrado alta de 0,40% em agosto, segundo divulgou nesta sexta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o IGP-M passou a acumular alta de 4,09% no ano e de 4,95% nos últimos 12 meses. Em julho, o índice acumulava alta de 4,79% no ano e de 6,39% nos últimos 12 meses.

O IGP-M é usado como referência para a correção de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.

Em 2019, o IGP-M registra alta acima de outros índices de inflação. No acumulado no ano até agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de 2,51%. Em 12 meses, a taxa é de 3,22%.

Composição do índice
Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,14% em agosto, após alta de 0,40% em julho. A taxa do grupo Bens Finais variou -0,48% em agosto, contra -0,09% no mês anterior. A principal contribuição partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,58% para -3,92%, no mesmo período.

A taxa de variação do grupo Bens Intermediários passou de -0,83% em julho para -0,72% em agosto. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -4,68% para -1,69%.

Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou de 2,34% em julho para -2,30% em agosto, com destaque para os seguintes itens: minério de ferro (11,34% para -7,47%), milho (em grão) (3,28% para -2,82%) e suínos (7,49% para -9,68%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja (em grão) (-1,36% para 1,80%), leite in natura (-6,91% para -0,43%) e aves (-2,24% para 3,23%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,23% em agosto, após alta de 0,16% em julho. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, cujos custos passaram a subir 0,03% depois de queda de 0,60% antes.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,34% em agosto, ante 0,91% no mês anterior.

G1
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Para os servidores que não realizaram a atualização cadastral do Governo do Estado, um site foi disponibilizado para que os salários do mês de agosto sejam desbloqueados. O bloqueio dos vencimentos atingiu cerca de 5 mil servidores que não cumpriram esta obrigatoriedade, exigência do e-Social do Governo Federal.

Pelo site é possível preencher os campos autoexplicativos, anexar documentos e enviar os dados. É importante o servidor ficar atento à última tela de preenchimento dos dados porque lá existe um campo onde deve ser clicado e que informa que o servidor declara que todas as informações são verdadeiras e que assume as responsabilidades delas. Só após marcar este campo e clicar em "Enviar atualização" é que a atualização é realizada por completo e o comprovante será emitido. Após o procedimento, os vencimentos do mês de agosto cairão na conta do servidor em até 5 dias.

Além do novo canal, a Secretaria de Estado da Administração continua recebendo presencialmente os servidores que estão nesta situação. As equipes que estão realizando o desbloqueio estão distribuídas nos seguintes pontos: Centro Administrativo Estadual (João Pessoa), no prédio conhecido por Bolo de Noiva (atrás do Palácio dos Despachos); na sede da PBPrev (bairro Treze de Maio na capital); Casas da Cidadania de Campina Grande, Guarabira, Patos; além das 14 Gerências Regionais de Educação (GRE).

Os servidores ativos e inativos efetivos, comissionados, prestadores de serviço, aposentados e pensionistas que estão nesta situação, deverão se encaminhar a qualquer um desses locais com os documentos obrigatórios (identidade e comprovante de residência) e realizar a atualização cadastral. Outros documentos poderão ser solicitados caso tenha havido alguma alteração nos dados.

Para mais informações sobre como é feito o desbloqueio, o servidor poderá ligar para o 0800 083 9800. A ligação é gratuita e os atendentes estarão disponíveis de segunda à sexta-feira, das 8h às 16h30, inclusive em horário de almoço.

G1 PB
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O senador paraibano José Maranhão terá seu salário reduzido por decisão da Justiça Federal. Atualmente, ele acumula R$ 57 mil por mês, considerando a pensão especial como ex-governador (R$ 23,5 mil) e o salário de senador (R$ 33,7 mil).

A liminar foi concedida pelo juiz Bruno Teixeira de Paiva após ação do Ministério Público Federal. O órgão considera que o caso provoca uma abusiva lesão ao erário.

O senador argumenta que o acúmulo não é ilegal por se tratar de duas fontes pagadoras distintas. Outros senadores também acumulam salários.

Um Projeto de Emenda à Constituição tramita no Senado para dar um fim a este acúmulo de remunerações.

A partir de agora, a remuneração de Maranhão não poderá superar o teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil, referente ao salário de um ministro do STF. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre é quem deverá cumprir a decisão judicial.

Maranhão acumula os dois valores desde 2015, quando assumiu no Senado. De lá até outubro de 2018, quando foi ajuizada a ação, ele recebeu ilegalmente, segundo a decisão judicial, mais de R$ 1 milhão. Parte na ação, a União pode requerer de volta esse montante.

ClickPB
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Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.183 da Mega-Sena, que ocorreu nesta quarta-feira (28), em São Paulo. O prêmio para o próximo sorteio, no sábado (31), é estimado em R$ 47 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 13 - 26 - 30 - 34 - 43 - 51.

A Quina saiu para 74 apostas e cada um vai levar R$ 42,64 mil. A quadra teve 6.087 ganhadores e cada um receberá R$ 740,57.

As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica ou pela internet. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Agência Brasil
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Com o objetivo de estimular o hábito da leitura, um grupo de empresas de transporte rodoviário se juntaram para desenvolver o projeto Bibliônibus. A iniciativa foi lançada nesta quarta-feira (28) em cerimônia na Rodoviária do Rio de Janeiro. Até o final de outubro, a meta é que pequenas bibliotecas estejam funcionando nas rodoviárias de pelo menos 20 cidades.

Os livros serão emprestados gratuitamente. Os usuários poderão devolvê-los em qualquer biblioteca que integre o projeto, favorecendo a circulação das obras entre as diferentes cidades. As primeiras rodoviárias participantes são as do Rio de Janeiro, São Paulo (Terminal Tietê), Ribeirão Preto (SP), Guarulhos (SP), Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Brasília, Fortaleza e Teresina.

Apoiado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), o Bibliônibus envolve as empresas de viação Util, Sampaio, Real Expresso, Rápido Federal, Expresso Guanabara, Brisa e Motta. Elas cederão espaços em suas estruturas de atendimento ao usuário para a montagem das bibliotecas. A expectativa é de que o projeto cresça e chegue às rodoviárias de todas as capitais do país, já que em todas elas operam alguma dessas sete empresas.

"Nesse momento, onde há na sociedade uma polarização muito grande em torno de temas políticos, religiosos e sociais, o hábito da leitura pode incrementar o diálogo. As pessoas, através dos livros, podem desenvolver a capacidade de debater as ideias com mais elegância, com mais gentileza e com mais objetividade. A socialização do conhecimento proporcionada pela leitura é uma ferramenta que transforma a vida das pessoas e as ajuda a compreender melhor a realidade em que elas vivem", avalia Letícia Pineschi Kitagawa, gestora de marketing e conselheira da Abrati.

Ela explica que o acervo está sendo montado a partir da parceria com empresas, como a Livraria Leitura, e com pessoas físicas, como a escritora Heloísa Helena Perissé, que doou mil exemplares de suas obras. A qualquer tempo, os usuários que queiram estimular o compartilhamento dos livros também poderão fazer doações.

O escritor e jornalista Robson Machado também disponibilizou exemplares de seu novo romance O Andar Invisível. No lançamento do Bibliônibus, ele antecipou ao público carioca trechos da obra que será apresentada na próxima semana durante uma sessão de autógrafos na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro.

"O convite para participar do projeto veio e eu não pensei duas vezes em aceitar porque vejo como uma oportunidade de popularizar a literatura. É uma iniciativa onde o leitor não vai precisar pagar por um exemplar. Para nós, autores, quando escrevemos uma obra, mais do que o interesse comercial, o prazer da coisa é saber que ela de alguma forma chegou ao público e encantou alguém", avaliou.

Redes sociais
O projeto irá explorar também as redes sociais, usando-as como instrumento para estimular o hábito da leitura. Os usuários do Bibliônibus serão convidados a publicarem vídeos lendo pequenos trechos de livros e recomendando obras. Quem acompanhou o lançamento da iniciativa aprovou a ideia. "A leitura traz muito conhecimento cultural para as pessoas e é importante que existam projetos como esse que ofereçam estímulo", disse a estudante Chandra Medeiros.

Na visão de Catarina Malta, estudante e desenhista que participou da ilustração do banner da cerimônia de lançamento, o projeto é particularmente importante para os mais jovens. "Hoje se vive muito no meio da tecnologia e a gente acaba esquecendo um pouco de ler. Principalmente entre a nova geração que nasceu nesse mundo tecnológico, a leitura de livros é um hábito cada mais menos comum", observou.

Agência Brasil
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Sete em cada dez brasileiros acessam a internet, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2018, divulgada nesta quarta-feira (28). O levantamento mostra a evolução da conectividade no Brasil, registra o papel persistente das desigualdades de renda e regionais e aponta o crescimento de aplicações diversas, como as de mobilidade e de consumo de vídeo e música.

O estudo foi elaborado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, órgão ligado ao Comitê Gestor da Internet. A cada ano, uma nova edição é lançada avaliando os números da conectividade da população brasileira e hábitos de uso das tecnologias digitais online. A amostra desta edição considerou 23,5 mil domicílios em 350 municípios.

Entre 2008 e 2019, o índice de brasileiros na Rede Mundial de Computadores saiu de 34% para 70%. O percentual é mais alto do que a média mundial (48,5%), conforme o Banco Mundial. Tomando como base os dados mais atualizados da instituição sobre a penetração dos países em todo o planeta, o Brasil ficaria na 83ª posição em uma lista com mais de 200 países .

Desigualdade
Apesar do crescimento, a desigualdade na presença dos brasileiros no mundo online continua em diversos aspectos. No tocante à renda, enquanto o percentual nas classes A e B é de cerca de 92%, nas classes D e E ficou em 48%. A penetração da Rede Mundial de Computadores atinge 74% nos centros urbanos, mas não alcança metade (49%) nas áreas rurais.

“Quando a gente pergunta aos domicílios que não têm internet, o motivo mais mencionado ainda é preço. Para uma parcela da população internet ainda é serviço caro”, disse Winston Oyadomari, coordenador do estudo. Em razão desta barreira econômica, a grande maioria das pessoas nas camadas mais pobres têm que recorrer a internet móvel para utilizar a web.

O levantamento revela como a internet móvel tem se tornado, cada vez mais, a fonte exclusive de conectividade de muitas pessoas. O índice de quem acessa a web apenas pelo celular saiu cresceu quase três vezes entre 2014 e 2018 (de 20% para 56%). Enquanto isso, a conectividade exclusiva por computador caiu no mesmo período de 24% para 3% e o percentual de quem recorre aos dois meios também foi reduzido, de 56% para 40%.

O coordenador da pesquisa disse que as barreiras econômicas fazem com que muitas pessoas não consigam sequer contratar um pacote, mas necessitem de redes de wi fi gratuitas para navegar na web. “Não tem desembolso, facilita bastante. No entanto, essa dependência dessa conexão faz com que as atividades sejam mais restritas e a frequência seja menor do que quem usa por banda larga”, disse.

Redes sociais
A advogada e integrante do Comitê Gestor da Internet, Flávia Lefévre, destaca que essas restrições criam uma forma de acesso bastante diferenciada entre as classes sociais no país. Os mais pobres ficam reféns de pacotes limitados. No caso dos chamados serviços gratuitos, quando os dados terminam a pessoa passa a poder navegar somente naqueles serviços, especialmente redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp.

A pesquisa mostra esse fenômeno. Os apps de mensagem (como Whatsapp ou FB Messenger) foram os mais utilizados entre os entrevistados (92%), seguidos por redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter (75%), assistir a vídeos ou ouvir música na web (73%), enviar e-mails (57%), ler notícias online (56%) e procurar informações sobre produtos e serviços (55%).

“Esse cenário cria um ambiente para campanhas de desinformação, na medida em que, por conta dos planos com franquia associados a zero rating [permissão de acesso ‘gratuito’ ou sem consumo de dados de determinados serviços online, como apps de redes sociais e mensagens], milhões de brasileiros ficam vulneráveis à mensagens no WhatsApp e ao impulsionamento de notícias falsas pelo Facebook, sem que possam acessar outros sites de internet para conferir”, disse a advogada.

Aplicações
A pesquisa analisou, pela primeira vez, hábitos relacionados a aplicações específicas. Do total de entrevistados, 32% relataram ter usado app para transporte privado (como Uber ou 99 Taxi), 28% informaram ter contratado um streaming de vídeo para assistir a uma série ou filme, 12% pediram comida em serviços de entrega e 8% pagaram por música.

No tocante a comércio eletrônico, 60% disseram pesquisar produtos ou serviços em sites, 34% compraram ou encomendaram alguma mercadoria e 19% divulgaram ou venderam algum item pela Internet. Este último hábito foi o que registrou maior crescimento: saiu de 7% em 2012 para quase 20% dos internautas no ano passado.

Uso intenso
Além de medir os tipos de uso, a pesquisa também mensurou a intensidade da navegação dos entrevistados. Entre os entrevistados, 90% disseram se conectar todos os dias e 8% pelo menos uma vez por semana. Em 2014, o índice era 71%, indicando uma popularização da web no país. Assim como em outros indicadores, a renda influencia diretamente, com frequência menor entre os mais pobres e maior entre os mais ricos.

Na avaliação do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e do Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), a prática cotidiana dos brasileiros de navegarem na web sugere um crescimento também do tráfego de dados (os textos, imagens e vídeos vistos, publicados e compartilhados diariamente).

Para a entidade, essas informações reforçam a necessidade de atualização das leis municipais para a instalação de antenas e fibra óptica. “No Brasil, grandes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte, estão com leis ultrapassadas que estão impedindo a expansão dos serviços e o atendimento adequado à demanda”.

Agência Brasil
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