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Trump diz que Ucrânia e Rússia fizeram 'grande' troca de prisioneiros de guerra

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (23) que uma "grande" troca de prisioneiros de guerra foi concluída entre a Rússia e a Ucrânia.

Horas depois, o ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmaram ter trocado 270 prisioneiros de guerra e 120 civis —ou seja, 390 russos e 390 ucranianos foram libertados.

Os países, em guerra desde fevereiro de 2022, concordaram em negociações diretas em Istambul a libertação de mil prisioneiros cada, o que seria a maior troca desde o início da guerra.

"Hoje — 390 pessoas. No sábado e no domingo, esperamos que a troca continue. (...) Esse acordo foi alcançado durante a reunião na Turquia, e é fundamental que ele seja implementado integralmente", afirmou Zelensky.

A troca de foi acordada no início do mês, em negociações diretas em Istambul, durante a primeira rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia em mais de três anos.

Zelensky afirmou que a troca desta sexta-feira é "a primeira etapa" da troca "1.000 por 1.000", acordada entre os países. A Defesa russa também confirmou que a troca continuará nos próximos dias.

"Uma grande troca de prisioneiros acaba de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia. Ela entrará em vigor em breve. Parabéns aos dois lados por essa negociação. Isso pode levar a algo grande???", escreveu Trump em sua rede social Truth Social.

Os rivais finalizavam detalhes da troca até esta quinta-feira, quando um representante da inteligência militar ucraniana afirmou à Reuters que o país havia submetido à Rússia uma lista com mil prisioneiros de guerra, em preparação para uma troca de larga escala com o rival.

Trocas desse tipo, delicadas entre países em guerra, costumam ser mantidas em sigilo até que sejam concluídas, o que pode levar horas. Rússia e Ucrânia já realizaram outras trocas de prisioneiros de guerra desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano.

"Temos a confirmação de que quase 10 mil pessoas estão em cativeiro na Rússia", declarou em abril o comissário ucraniano para as pessoas desaparecidas, Artur Dobroserdov.

A Rússia divulga poucas informações sobre o destino dos ucranianos mantidos em cativeiro e cada troca é marcada por surpresas, declarou à agência de notícias AFP um funcionário ucraniano de alto escalão que pediu anonimato.

Guerra da Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou nesta sexta-feira (23) que um documento base para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia está com estágio "avançado". O memorando deveria ser elaborado conjuntamente por Rússia e Ucrânia, mas os russos estão fazendo uma versão e a entregarão aos ucranianos, segundo Lavrov.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira a criação de uma zona-tampão ao longo da fronteira com a Ucrânia, a primeira desde o início da guerra.

A zona-tampão, anunciada por Putin, ao longo da fronteira com a Ucrânia será a primeira zona desmilitarizada da região desde o início da guerra entre os dois países, há mais de três anos.

"Foi tomada a decisão de criar uma zona de segurança ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. As Forças Armadas russas estão atualmente abordando essa questão", disse Putin, segundo a Tass.

Uma zona-tampão é uma área estabelecida normalmente por dois países em guerra na fronteira ou em regiões de combate para ficar desmilitarizada. Em geral, tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) passam a controlar a área para garantir que não haverá ataques nela.

No ano passado, a Ucrânia chegou a dizer que pretendia criar uma "zona tampão" na região fronteiriça, mas não avançou na questão. Kiev ainda não havia se manifestado sobre o anúncio da Rússia desta quinta até a última atualização desta reportagem.

g1
Portal Santo André em Foco

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