Novembro 28, 2024
Arimatea

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Mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, foram enviadas pelo Ministério da Saúde para todo o país. Desse total, 6,5 milhões foram destinadas aos municípios paulistas, pois o estado concentra quase 100% dos casos de sarampo registrados nos últimos 90 dias, segundo dados do órgão. Foram 1.220 ocorrências em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma na Bahia e uma no Paraná. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,58 por 100 mil habitantes.

As vacinas enviadas atendem à imunização de rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação e às situações de surto de sarampo. Rio Janeiro, Bahia e Paraná receberam, juntos, 8,2 milhões de doses.

O ministério destaca que a vacina é o principal meio de prevenção de sarampo, caxumba e rubéola. O Brasil não registrava casos autóctones (adquiridos no país) de sarampo desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com medidas de bloqueio vacinal.

Campanhas adicionais
Até o momento, considerando o atual cenário epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas adicionais de vacinação contra a doença. Elas estão sendo feitas nas áreas onde há circulação do vírus atualmente.

“Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS [Sistema Único de Saúde], conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não vacinada para a devida atualização”, informou o órgão em nota.

Atualmente, 53 cidades em quatro estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná – se mantém com surto ativo. Veja abaixo a lista dos municípios.

Orientações
No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um alerta para pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis meses a menores de um ano de idade para os municípios em situação de surto ativo do sarampo no país. A recomendação é que essas crianças sejam vacinadas com a tríplice viral pelo menos 15 dias antes da viagem. Além de proteger a criança, a medida contribui para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo no país.

Esta dose, chamada de “zero”, não substitui as etapas do calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose, que não é considerada válida para fins de calendário, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

A tríplice viral está disponível nos mais de 37 mil postos de vacinação em todo o Brasil pelo SUS.

Agência Brasil
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O Ministério da Educação lançou hoje (15) uma cartilha que tem, por objetivo, apresentar detalhes, princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA) anunciada em abril. Além de conceitos e contextualizações, o documento apresenta também formas de implementação, avaliação e monitoramento dessa política, bem como agentes e público-alvo envolvidos.

A PNA estabelece as diretrizes para ações e programas governamentais visando a redução do analfabetismo no país, no âmbito das diferentes etapas e modalidades da educação básica. A intenção é que as escolas passem a alfabetizar as crianças no primeiro ano do ensino fundamental, ou seja, geralmente aos 6 anos de idade.

“Estamos trazendo uma abordagem científica para a educação no Brasil, com base em evidências científicas”, discursou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante a cerimônia de lançamento do Caderno da Política Nacional de Alfabetização.

A ênfase da alfabetização no primeiro ano é uma das novidades. Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o mínimo que os estudantes devem aprender a cada etapa de ensino, estipulou que as crianças fossem alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental, o que geralmente ocorre aos 7 anos.

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), lei 13.005/2014, as crianças devem ser alfabetizadas, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 8 anos de idade.

Família, estímulos e professores
Após receber, das mãos do ministro, um exemplar da cartilha, a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecília Mota, destacou o papel que professor e família têm para que se alcance os objetivos de alfabetização.

Segundo ela, a alfabetização pode usar várias linhas, não precisando se restringir a um método específico, como o fônico – pelo qual se ensina, primeiro, os sons de cada letra para, depois, ao misturar as letras, se chegar à pronúncia completa das palavras.

“Não interessa o método aplicado pelo professor. Interessa que a criança aprenda. Então é uma questão de formação do professor. Ele precisa ser bem preparado para ter eficiência no processo de alfabetização”, disse a presidente do Consed.

Ela acrescenta que o papel da família também é fundamental, principalmente se os pais tiverem o hábito da leitura e se tiverem em casa uma biblioteca com livros infantis. “O Brasil, no entanto, é um país pobre onde muitos pais não leem ou não têm o hábito da leitura. Isso realmente tem um impacto negativo sobre a aprendizagem”, ponderou.

A educadora explica que não há uma fórmula específica para a alfabetização de crianças. “Cada criança tem seu ritmo próprio de aprendizagem. Nunca chegaremos a um acordo sobre esse ‘até tal idade’ ela deve estar alfabetizada. Esse limite é um limite apenas normativo porque a criança aprende de maneira diversificada. Tem criança que com apenas 3 anos já está lendo. Tudo depende da família, dos estímulos e do professor. É uma variável muito grande”, argumentou.

Comparações
Ainda durante o lançamento do caderno, Weintraub criticou a linha pedagógica de alfabetização adotada pelo país nas últimas décadas.

“Qual é o resultado desses anos todos de pensamento dogmático da alfabetização brasileira? O resultado desse pensamento todo, após 20 ou 30 anos de insistência, é que 50% das nossas crianças no 3º ano são analfabetas e não sabem fazer contas básicas. Isso, mais do que um fracasso, é um crime. Pode ter ou não ter dolo, mas é um crime o que está sendo feito no Brasil”, disse o ministro.

Jogos para acelerar a aprendizagem

A presidente do Consed defendeu que o uso de estímulos lúdicos potencializam a capacidade de aprendizado dos estudantes. Portanto o assunto deverá ser debatido pelo painel de 12 especialistas criado pelo ministério para elaborar o relatório que será base para a formulação das políticas públicas voltadas à alfabetização.

“Alguns jogos podem, inclusive, acelerar a aprendizagem, ao estimular os neurônios a fazerem conexões mais rápidas. É até os 6 ou 7 anos de idade que as conexões acontecem na área de matemática, Língua Portuguesa, leitura e escrita”, argumentou Cecília Mota.

Nesse sentido, ela disse que a metodologia do educador Paulo Freire será relevante, inclusive, para a implementação do que está previsto na cartilha lançada hoje. “Tem relevância porque trabalha com aprendizagem voltada para o dia a dia, em especial quando você fala em dar ludicidade para se aprender a ler. A educação só pode dar certo quando tem significado para a criança. Se dermos algo que não signifique nada para a criança, ela se desmotiva”, completou.

Weintraub aproveitou o evento para desmentir boatos de que estaria planejando acabar com o ensino médio integral no Brasil. "Isso não passa de fake news", disse

Agência Brasil
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Seis de cada dez ingressantes em cursos de formação inicial de novos professores estudam por meio de educação a distância (EAD). A maioria dos futuros docentes fazem esses cursos em redes privadas de ensino (53%). Entre 2010 e 2017, o crescimento de alunos de magistério com formação não presencial em faculdades particulares cresceu 162%.

Esses dados foram contabilizados pela organização não governamental (ONG) Todos pela Educação no estudo “Estatísticas de ensino superior sobre formação inicial de professores no Brasil”, a partir dos registros do Censo de Educação Superior, apurados pelo Inep/MEC em 2017.

Conforme a análise, em oito anos, a quantidade de ingressantes em cursos voltados à docência reverteu entre as modalidades presencial e a distância. Em 2010, 151 mil alunos iniciantes eram de cursos EAD (34% do total). Em 2017, o volume era de 387 mil (61%). Já na modalidade presencial, a queda foi de 292 mil em 2010 ingressantes (66% do total) para 251 mil ingressantes (39%).

No mesmo período, o crescimento do número de alunos de curso de formação de professores em educação a distância é maior do que o verificado nos demais cursos. Em 2010, 13% dos alunos de cursos superiores (excetuados os de formação em magistério) faziam na modalidade a distância. Em 2017, a proporção era menos de um terço (27%), trinta e quatro pontos percentuais abaixo do verificado nos cursos de formação de professores.

Concluintes e qualidade dos cursos
Setenta e dois por cento dos concluintes dos cursos de formação de professores são da rede privada e 28% da rede pública de ensino superior. A maioria dos formados ainda são da modalidade presencial (57%). Quarenta e três por cento dos concluintes fizeram cursos EAD. De cada 100 alunos formandos em magistério de cursos a distância, 93 estudaram em instituições privadas.

Além de matrículas e de formandos, a ONG avaliou os dados sobre o desempenho dos formados em cursos voltados à docência no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), também do Inep/MEC. De acordo com a análise, os ex-alunos de formação a distância se saem pior do que seus colegas de formação presencial.

Três quartos dos formados por EAD (75%) têm notas inferiores a 50 (valor máximo de 100). Entre os formados em educação presencial, os percentuais de baixo desempenho é dez pontos percentuais menor (65%).

A apresentação da avaliação da pesquisa assinala que “a grande maioria dos cursos de formação inicial para professores precisa de melhorias significativas. Ainda assim, é possível notar que os cursos da modalidade EAD possuem indicadores de qualidade pior”.

Agência Brasil
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Após mais de sete horas de tensão, a polícia da Filadélfia, nos Estados Unidos, prendeu na madrugada desta quinta-feira (15) o homem que trocou tiros, feriu seis policiais e encurralou outros dois em um prédio na cidade.

"Poderia ter sido bem pior. Foi uma situação muito pesada, que eu espero nunca ver novamente", afirmou Richard Ross, chefe da polícia local.

A tensão começou quando forças de segurança foram ao local para atender a uma ocorrência relacionada a drogas. Quando chegaram lá, caíram em uma emboscada, houve troca de tiros e dois policiais ficaram encurralados na mira do criminoso.

Sete horas e meia depois, após todas as tentativas de negociação se esgotarem, a polícia lançou uma bomba de gás lacrimogêneo e o homem finalmente deixou o imóvel. O criminoso, identificado como Maurice Hill, de 36 anos, foi detido em seguida.

Os policiais baleados receberam atendimento médico. Nenhum deles corre risco de morrer.

Trump: 'Ele não deveria estar nas ruas'
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou as autoridades por permitirem que Hill, com passagens pela polícia por crimes violentos como assalto, permanecesse solto.

"O atirador da Filadélfia jamais poderia ter sido autorizado a permanecer nas ruas. Ele tinha uma ficha criminal longa e muito perigosa. Parecia que ele estava se divertindo após ser preso e ferir tantos policiais", escreveu no Twitter.

De acordo com a agência Associated Press, o procurador distrital da Filadélfia, Larry Krasner, também reconheceu que o criminoso não deveria estar solto.

"Acho justo dizer que o sistema de justiça criminal, imperfeito como é, não conseguiu interromper esse terrível incidente", disse Krasner.

France Presse
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O assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, advertiu a China para não criar uma "nova Tiananmen" ao responder aos protestos em Hong Kong. A declaração faz referência à violenta repressão de manifestantes nesse local de Pequim – também conhecida como Praça da Paz Celestial – há 30 anos.

"Os chineses têm que olhar com muito cuidado os passos que tomam porque as pessoas nos Estados Unidos lembram da Praça Tiananmen, lembram da imagem do homem parado em frente à fila de tanques", disse Bolton em entrevista à VOA News publicada nesta quinta-feira.

As forças chinesas sufocaram brutalmente os protestos em favor da democracia na Praça Tiananmen de Pequim em 1989, uma repressão que ficou imortalizada na imagem de um homem desarmado em frente aos tanques.

"Seria um grande erro criar uma nova lembrança como essa em Hong Kong", disse Bolton.

Crise Hong Kong–China
Hong Kong, uma ex-colônia britânica que passou para as mãos da China em 1997, atravessa a pior crise política desde então, com milhões de pessoas protestando nas ruas desde o começo de junho para exigir maiores liberdades. O impasse gerou temores de uma intervenção direta de Pequim no território.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que uma reunião entre o líder chinês Xi Jinping e os ativistas pró-democracia de Hong Kong poderia levar a um "final feliz" para os protestos.

France Presse
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O novo imperador do Japão, Naruhito, expressou profundo remorso sobre os tempos de guerra do país e orou pela paz global nesta quinta-feira (15), ecoando as palavras de seu pai em uma cerimônia anual que marca a rendição de Tóquio na Segunda Guerra Mundial.

Quando herdou o trono em maio, Naruhito, de 59 anos, se tornou o primeiro monarca do Japão a nascer após a guerra. Seu pai, Akihito, foi o primeiro imperador japonês a abdicar ao longo de dois séculos.

"Olhando para o longo período de paz pós-guerra, refletindo sobre nosso passado e tendo em mente sentimentos de profundo remorso, eu espero verdadeiramente que a devastação da guerra nunca se repita", disse.

Naruhito é o neto do imperador Hirohito, em cujo nome as tropas japonesas lutaram na Segunda Guerra Mundial.

Reuters
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Uma pessoa morreu e 28 ficaram feridas em 11 províncias depois da chegada do tufão Krosa, no oeste do Japão, nesta quinta-feira (15), informou o jornal "The Mainichi", um dos maiores do país. Mais de 7 mil pessoas deixaram suas casas, e ordens de saída foram emitidas em 15 províncias no oeste e sudoeste do país.

A Agência Meteorológica do Japão alertou que haveria chuva recorde, com 1.200 milímetros em áreas do leste e oeste do país, próximas ao Pacífico. Também foi anunciado o risco de deslizamento de terras e inundações.

O tufão Krosa atingiu terra firme perto de Kure, na província de Hiroshima, por volta das 15h (3h do horário de Brasília). Por volta das 18h, seguia para a direção nordeste, a uma velocidade de 35km por hora, perto da cidade litorânea de Izumo, próxima ao Mar do Japão.

É o décimo tufão da temporada. A expectativa é de que alcance o Mar do Japão por volta da meia-noite (horário local, 12h no horário de Brasília) e seja rebaixado ao grau de ciclone extratropical no início de sábado (17), segundo a agência.

Serviços suspensos em trens e aeroportos
As viagens da temporada de verão também foram prejudicadas. A Japan Airlines Co. e a All Nippon Airways Co. cancelaram mais de 400 voos domésticos e internacionais nesta quinta (15).

A West Japan Railway Co. suspendeu todos os serviços de trem-bala Sanyo Shinkansen que operam na quinta (15) entre Shin-Osaka e Kokura, mas planeja retomá-los na primeira viagem de sexta (16). Os serviços ferroviários locais nas províncias de Okayama, Hiroshima e Yamaguchi também foram cancelados, de acordo com a empresa.

A Shikoku Railway Co. suspendeu todos os serviços na ilha principal ocidental.

A estação JR Tokyo também ficou mais cheia do que o normal, já que o tufão coincidiu com uma onda de viajantes que voltavam de férias. A Central Japan Railway Co. reduziu os serviços da Tokaido Shinkansen entre Tóquio e Shin-Osaka devido ao tufão.

G1
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Um Airbus A321 da Ural Airlines, com 226 passageiros e 7 tripulantes a bordo, fez um pouso de emergência nesta quinta-feira (15) em um milharal na região de Moscou, após colidir com um bando de pássaros, informaram autoridades russas.

O Ministério da Saúde da Rússia informou que 23 pessoas, incluindo nove crianças, ficaram feridas e foram hospitalizadas.

A aeronave colidiu com a revoada de pássaros logo depois de decolar do aeroporto de Jukovki, nos subúrbios de Moscou, às 3h20 (horário de Brasília), informou a agência russa de transporte aéreo federal (Rosaviatsia) em um comunicado.

O destino do voo era Simferopol, a principal cidade da península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Várias aves “atrapalharam a operação dos motores” e a tripulação decidiu fazer um pouso de emergência, diz a nota.

O pouso em um milharal, localizado a 1 km da pista, foi feito sem o trem de pouso.

O Comitê de Investigação da Rússia vai apurar o incidente.

G1
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (15) que a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a turbulência na Argentina não devem atrapalhar a dinâmica de crescimento da economia brasileira.

“Não tenho receio do balancê da Argentina, nem da queda dos gigantes lá fora. Não acho que isso vai afetar a nossa dinâmica de crescimento”, afirmou Guedes.
A declaração foi feita durante participação em evento do banco Santander, em São Paulo. “Temos que fazer a nossa parte e consertar o país.”

Nos últimos dias, o acirramento da guerra comercial entre EUA e China a vitória da chapa Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas prévias da eleição da Argentina trouxeram turbulência ao mercado financeiro global e local. No Brasil, o dólar superou a barreira de R$ 4, e a bolsa de valores perdeu o patamar de 100 mil pontos.

“Pode afetar a nossa taxa de câmbio, mas vão continuar comendo”, afirmou, em referências às exportações de commodities do Brasil para o resto do mundo, sobretudo para a China. “Pergunta-se se o dólar vai para R$ 4,30 ou para R$ 3,30, mas eu realmente eu acho que não vai afetar a nossa dinâmica.”

O ministro também afirmou que o Brasil pode deixar o Mercosul se uma eventual vitória da chapa Kirchner travar o acordo entre o bloco e a União Europeia. Em junho, os dois blocos assinaram um acordo de livre comércio depois de 20 anos de negociação.

“O Mercosul é um veículo para a gente abrir a economia. E, se a Kirchner entrar e quiser fechar, a gente sai do Mercosul”, afirmou Guedes. “Vamos abrir (a economia) de qualquer jeito.”

Reformas
Guedes voltou a afirmar que, depois da reforma da Previdência, o governo vai seguir na agenda reformas, em especial na da reforma tributária. A proposta a ser enviada pelo governo vai enfrentar a concorrência de ao menos outras duas propostas que estão tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado.

O ministro defendeu a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) pare reunir os tributos federais e que vai caber aos estados e municípios a adoção ou não do mesmo sistema. “Vou fazer a minha parte, não impor. Não vai ter choque”, afirmou.

Reuters
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As exportações do agronegócio do Brasil somaram US$ 9,2 bilhões em julho, uma retração de 3,4% ante igual período do ano passado, após quedas em preços de commodities comercializadas pelo país, informou nesta quarta-feira (14) o Ministério da Agricultura.

Segundo nota do governo, a redução nas cotações da soja, principal produto de exportação do Brasil, foi o fator mais importante para o recuo das receitas com as vendas em julho.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam embarques de 7,8 milhões de toneladas da oleaginosa no mês, ante mais de 10 milhões no mesmo período de 2018, uma redução de 23%. Em valores, a queda foi de 31,6%, para US$ 2,8 bilhões.

Por outro lado, parte das perdas com a soja foram compensadas pelo milho, que bateu recorde de exportações no mês tanto em volume quanto em valor. Os embarques de 6,32 milhões de toneladas geraram uma divisa de US$ 1,13 bilhão.

Entre os produtos com desempenho favorável na balança de julho, o ministério também destacou o café, que registrou alta de mais de 100% nos embarques em meio a uma crise de baixos preços no mercado internacional, e o algodão.

O saldo da balança comercial do setor totalizou cerca de US$ 8 bilhões no mês.

Reuters
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