Um dessalinizador de baixo custo foi criado por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) com a finalidade de ajudar famílias que moram em localidades que registram longos períodos de estiagem e onde não existe água encanada. Os itens para produção do produto custam até R$ 300.
O equipamento é feito com materiais simples como madeira, vidro e uma placa de calor. Ele é rápido e prático de se montar e pode ser feito por qualquer pessoa que tenha orientação, que pode ser oferecida pela própria UEPB.
Moradores da zona rural de Pocinhos, no Agreste paraibano, já usam o equipamento, que é capaz de deixar a água potável.
“Tem gente aqui que muitas vezes amanhece o dia e não tem água pra botar o feijão no fogo. É uma ajuda grande saber que todo dia tem água. É uma satisfação”, declarou o agricultor João Bosco.
A ferramenta trata, em média, 8 litros de água por dia. A quantidade é suficiente para atender demanda de uma casa. O grupo de pesquisadores avalia ainda a possibilidade de produzir outros modelos de dessalinizadores, no mesmo sistema, também focados no baixo custo.
A utilização do sistema também é simples. “Primeiro se coloca a água salobra aqui no recipiente, e aí se abre a torneira que vai medir a vasão. A água vai ser inserida no dessalinizador e escoar pela placa absorvedora e então, com a incidência da radiação solar, ao atingir certa temperatura, ela vai evaporar e dessa forma vai ser extraída a água dessalinizada”, explicou a engenheira sanitarista e integrante da pesquisa, Yohanna Vilar.
Dessalinizador ganhou prêmio nacional
Recentemente, o projeto que foi elaborado no curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UEPB, recebeu o 8º Prêmio para Estudantes Universitários, criado em parceria do Instituto 3M com a ONG AlfaSol, a partir do Programa Universidade Solidária, em São Paulo.
Em uma cerimônia que aconteceu em dezembro de 2019, cinco propostas de projetos foram classificadas para a final, sendo o projeto da UEPB, o primeiro lugar, recebendo a quantia de R$ 50 mil de incentivo para a continuidade da pesquisa.
Ao lado do professor e orientador do projeto, Carlos Antônio, a estudante Karyna Steffane representou todos os demais integrantes da equipe de estudo na premiação, e relacionou a conquista ao uso da tecnologia para o bem social.
“A gente acabou levando esse prêmio por termos a tecnologia social para atingir diretamente as pessoas que precisam dessa água, porque vemos a necessidade dessas comunidades mais isoladas e que precisam disso”, concluiu.
G1 PB
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