O deputado estadual Manoel Ludgério, a vereadora Ivonete Ludgério e um assessor parlamentar viraram réus de um processo na Justiça, nesta quarta-feira (28), após serem denunciados pelo Ministério Público da Paraíba pela suposta nomeação de uma servidora fantasma.
O trio teria sido responsável pelo desvio de recursos públicos por meio da nomeação da empregada doméstica Elizete de Moura, que exerceria uma função de confiança na Assembleia Legislativa. O G1 tentou entrar em contato os réus e as assessorias de comunicação deles, mas até as 16h15, as ligações não foram atendidas.
Conforme o que foi relatado pelo MP, Elizete trabalhou como empregada doméstica na residência do casal Manoel Ludgério e Ivonete Ludgério entre os anos de 1999 e 2014.
Ela foi nomeada para exercer a função de confiança na Assembleia Legislativa, com lotação no gabinete do deputado Manoel Ludgério, nos períodos de fevereiro de 2003 a maio de 2004, de janeiro a junho de 2007, e, ainda, para compor o Grupo de Apoio ao Mandato Parlamentar, de julho de 2007 a fevereiro de 2009.
As transferências bancárias com os salários da ALPB foram feitas para a servidora fantasma em uma conta-corrente aberta no nome dela, mas que o cartão e senha estavam com Ivonete.
A conta teria sido aberta com o auxílio do assessor parlamentar, após uma espécie de financiamento de uma motocicleta, que foi comprada pela vereadora para a empregada, com a condição de que o valor do veículo fosse descontado do salário dela.
Quando foi demitida pelo casal em 2014, Elizete tentou receber o valor do PIS na Caixa Econômica Federal, mas informada que existia um cadastro dela no PASEP, referente a um vínculo com a Assembleia Legislativa. O contrato não foi reconhecido por ela, que denunciou o caso para a Polícia Federal.
Defesas feitas à Justiça
Em resposta escrita, Manoel Ludgério sustentou que Elizete de Moura desempenhou concomitantemente, duas atividades profissionais, sendo um turno na casa dele, no outro, como assessora especial no gabinete político na cidade de Campina Grande ou em algum órgão público.
Sustentou, ainda, a impossibilidade de Elizete afirmar o desconhecimento do contrato de prestação de serviços firmado com a Assembleia Legislativa, posto que teria sido assinado por ela.
A defesa do assessor parlamentar sustentou ser inverídica a afirmação de ter acompanhado Elizete até uma agência bancária para abertura de uma conta-corrente, pois, segundo informes do próprio estabelecimento financeiro, a conta foi aberta diretamente pela titular.
Já Ivonete Ludgério disse que existem contradições nas declarações prestadas por Elizete de Moura. Segundo a vereadora, existem provas de que a doméstica desempenhou as duas atividades profissionais.
G1 PB
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