A Justiça Federal na Paraíba prorrogou por mais 180 dias o afastamento de cinco servidores da prefeitura de Campina Grande, investigados na Operação Famintos, que investiga fraudes em licitações e desvios na merenda escolar no município. A decisão foi tomada após um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF), e levou em conta que o prazo de afastamento de alguns dos servidores acabaria no fim deste mês.
Foram prorrogados os afastamentos cautelares da ex-diretora administrativa e financeira da Secretaria de Educação de Campina Grande, Maria do Socorro Menezes de Melo; do ex-presidente da Comissão de Licitações do município, Helder Giusepe Casulo de Araújo; do motorista José Lucildo da Silva; e das servidoras Marisette Ferreira Tavares e Maria José Ribeiro Diniz.
O G1 tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Campina Grande para identificar a situação dos servidores, mas até as 17h desta quinta-feira, as ligações não foram atendidas.
“Nesse sentido, considerando a complexidade da investigação, o papel relevante dos servidores investigados na viabilização dos atos criminosos, que os documentos apreendidos e os dados telemáticos obtidos ainda não foram integralmente analisados, não sendo possível mensurar, nesse momento, a extensão da participação de cada um dos servidores públicos no esquema e de que maneira se dava a sua atuação nas fraudes sob investigação, faz-se necessária a prorrogação da medida cautelar”, diz a decisão.
Conforme o juiz da 4ª Vara Federal na Paraíba que prorrogou o afastamento, Vinícius Costa Vidor, a medida foi tomada para "coibir uma possível retomada aos crimes, principalmente em procedimentos licitatórios e contratações administrativas”.
Operação Famintos
A Operação Famintos foi desencadeada no dia 24 de julho de 2019 em Campina Grande e outras cidades da Paraíba. Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União investigam um suposto esquema de desvios de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), geridos pela Prefeitura de Campina Grande. O prejuízo ultrapassa R$ 2,3 milhões.
O vereador de Campina Grande Renan Maracajá (PSDC) e 15 empresários foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Famintos. Eles foram condenados e também sofrerão interdições nos cargos públicos que ocupam.
Além do vereador, foram condenados na 'Famintos'
G1 PB
Portal Santo André em Foco
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