Novembro 25, 2024

João Pessoa tem cerca de 6% do total do lixo reciclado; índice é o melhor entre capitais do Nordeste

Quase 6% do total do lixo coletado em João Pessoa tem sido reciclado. A informação, divulgada nesta sexta-feira (13) pela Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur) da Prefeitura de João Pessoa com base no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (Islu), coloca João Pessoa como a capital do Nordeste e a terceira do Brasil que mais recicla seus resíduos sólidos.

Conforme o Islu, João Pessoa apresentou um percentual de 5,93% de reciclagem do total do resíduo sólido produzido, enquanto a média nacional é de 3,7%. O superintendente da Emlur, Lucius Fabiani, explica que João Pessoa tem um potencial para crescer o volume atual de lixo reciclado.

“Alguns países na europa, escandinavos, reciclam 40% ou 50% do seus resíduos. Nós precisamos avançar nessa política. Nós ainda temos aí 75% de resíduos que são potencialmente recicláveis”, explicou.

Para seguir como uma das referências em manejo dos resíduos sólidos, o superintendente da Emlur destaca que precisa ser feita uma melhor organização dos catadores de material reciclável e trabalhar na conscientização da população. “A segregação dos resíduos secos e dos resíduos molhados tem que ser feito na fonte. Se isso acontecer, já vai estar contribuindo bastante para que a gente possa avançar, até dobrar esse índice”, comentou.

Outro dado divulgado nesta sexta-feira pela Emlur foi a queda do volume global de resíduos sólidos produzidos em João Pessoa entre 2013 e 2018. O levantamento da Emlur apontou que a produção per capita de lixo (kg/habitantes) passou de 0,94 em 2013 para 0,89 em 2018. A queda se deveu principalmente a diminuição de entulhos provenientes da construção civil no aterro sanitário da capital paraibana.

“A redução no volume global se deu na redução da entrada de entulho no aterro sanitário. A partir de um estudo, a gente passou a controlar mais as cargas que davam entrada e passamos a proibir a entrada de resíduos da construção civil no aterro porque ele encarece o serviço [de manutenção do aterro] e também porque é proibido pela política nacional de resíduos sólidos”, comentou Fabiani.

A produção de lixo residencial e comercial cresceu no período de cinco anos, acompanhando o crescimento da população de 769,6 mil para 800 mil habitantes e número de residências de 6.155 para 6.392.

No Brasil essa tendência de queda também foi notada, caindo de 1,041 kg/hab.dia em 2013 para 1,039 kg/hab.dia em 2018. No mesmo período, a destinação adequada dos resíduos sólidos também aumentou, passando de 58,3% para 59,5% do total dos resíduos produzidos. Entre 2013 e 2018 foi notado o crescimento do percentual de municípios com iniciativa de coleta, subindo de 62% para 73,1% das cidades do Brasil.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

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