O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu-JP) recebeu 14.165 trotes em 2024, o que corresponde a 5,5% das 256.590 chamadas registradas ao longo do ano. Balanço foi divulgado nesta segunda-feira (6).
Embora o número represente uma redução em relação a 2023, quando foram registrados 21.794 trotes, 8,8% do total, a prática ainda preocupa, pois compromete o atendimento de emergências reais.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Qualidade do Samu-JP, Vinícius Lemos, os trotes afetam diretamente o tempo de resposta das equipes. "A gente deixa de atender alguém que realmente esteja necessitando. Ou seja, esse tempo-resposta é de extrema importância para o salvamento de uma vida”, afirmou.
Fazer trote ao Samu é crime previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro, que tipifica a falsa comunicação de crime com pena de detenção de um a seis meses ou multa. As chamadas identificadas como trotes são registradas em um banco de dados e encaminhadas às delegacias e Procuradoria para providências cabíveis.
O Samu pode ser acionado pelo número 192 para emergências como crises hipertensivas, problemas cardíacos, intoxicação, trabalho de parto, AVC, traumas, paradas cardiorrespiratórias, entre outras situações de urgência. O serviço é gratuito e pode ser solicitado por telefone fixo ou celular.
O Samu-JP tem investido em ações educativas para conscientizar a população sobre os prejuízos da prática. As iniciativas incluem palestras em escolas, unidades de saúde e outros órgãos públicos, além de campanhas em meios de comunicação. “Vamos continuar tentando combater essa prática com o trabalho de educação continuada, com palestras, com as orientações, por meio do nosso Núcleo de Educação Permanente”, destacou Vinícius Lemos.
g1 PB
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