A Justiça da Paraíba concedeu, nesta quinta-feira (18), prisão domiciliar ao padre Egídio de Carvalho. A decisão do juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, considerou o estado de saúde do réu, após documentos médicos comprovarem que o réu está debilitado em razão de uma doença grave. O padre está internado em um hospital particular após passar mal na Penitência Especial do Valentina Figueiredo e foi submetido a uma cirurgia abdominal.
O juiz José Guedes Cavalcanti analisou um pedido da defesa do padre que solicitou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar. Na decisão, o juiz relatou que o réu esteve internado na UTI de um hospital particular, condição que, aliada aos demais problemas de saúde, teriam deixado o acusado debilitado por doença grave. O Ministério Público também opinou de forma favorável à prisão domiciliar do padre.
A prisão domiciliar só deve ser cumprida após o padre colocar tornozeleira eletrônica, que é uma das medidas cautelares estabelecidas pela decisão. O acusado deve cumprir ao todo cinco medidas cautelares, sendo elas:
Caso Padre Zé
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.
g1 PB
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