O desabamento de uma estrutura de concreto no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul do Rio, atingiu um ônibus e interditou a via no início da tarde desta sexta-feira (17). Chovia no momento do acidente, e imagens aéreas mostram que houve deslizamento de terra sobre o túnel. Segundo os bombeiros, ninguém se feriu.
Com a interdição, o trânsito piorou, e o Centro de Operações determinou estágio de crise na cidade, o mais alto. Ainda pela manhã, no Túnel Rebouças, que liga as zonas Norte e Sul, um acidente que provocou a morte de uma pessoa já tinha deixado o trânsito do Rio intenso. O Centro de Operações havia determinado, mais cedo, o estágio de atenção.
Interdições
Por volta das 13h30, havia interdição total nas seguintes vias:
O Túnel Rebouças, que tinha bloqueios parciais, foi totalmente liberado para o tráfego por volta de 14h. Com o fechamento da Niemeyer e do Túnel Acústico, os trajetos entre as zonas Sul e Oeste do Rio devem ser feitos pela Linha Amarela. O caminho do Alto da Boa Vista não é recomendado devido aos riscos para motoristas durante a chuva.
Túnel Acústico
De acordo com o motorista do ônibus atingido pela queda da estrutura de concreto, Thiago dos Santos, já havia engarrafamento no momento do acidente na região do Túnel Acústico (veja vídeo abaixo). O veículo é da linha troncal 4, que faz o trajeto de São Conrado à Rodoviária Novo Rio.
"Estava engarrafado, eu vi desmoronando e aí eu pedi passagem, e ninguém queria parar. Eu joguei o ônibus na frente, quando eu joguei o ônibus na frente, desmoronou em cima do ônibus e eu me joguei embaixo do volante", disse o motorista.
O motorista afirmou não ter visto nenhum outro carro atingido pelo desabamento, justamente porque ele atravessou o coletivo no meio pista para impedir o avanço dos outros veículos.
No início da tarde, equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar avaliavam eventuais novos riscos na área do desabamento próximo ao túnel.
O engenheiro civil e professor do departamento de engenharia civil da PUC-Rio, Daniel Cardoso, disse que bombeiros contaram a ele que um grande volume de terra se deslocou.
Segundo ele, as placas que estão no teto e que desabaram são de concreto. “Aparentemente, elas são simplesmente apoiadas na estrutura do muro na lateral e na parte central, então pode ser que elas tenham se movimentado durante o deslizamento de terra”, explicou ele.
Para não piorar o trânsito na cidade no fim do dia, no horário de pico, o prefeito Marcelo Crivella pediu aos servidores públicos municipais que encerrem o expediente mais cedo.
Crivella esteve no local do desabamento e também fez um apelo para que moradores da Zona Sul e da Barra da Tijuca permaneçam em casa.
“Quero pedir aos funcionários públicos do município que interrompam as atividades mais cedo e possam ir para casa, para que na hora do rush a gente tenha menos carros nas ruas. Quem mora na Zona Sul e na Barra, se puder, deve evitar sair de casa hoje, devido à Niemeyer e à Lagoa-Barra estarem com problemas”, disse Crivella, que destacou que a prefeitura está concentrando esforços para normalizar a situação o quanto antes.
Deslizamento na Niemeyer
Nesta quinta (16), a Avenida Niemeyer foi interditada após outro deslizamento de terra e ainda não há previsão de reabertura. A terra tomou a pista da avenida e até parte da ciclovia. A queda de barreira aconteceu após uma noite de chuva moderada e ocasionalmente forte.
Previsão de chuva forte nesta sexta-feira
Segundo o Centro de Operações, a previsão é de tempo nublado e chuvoso durante toda esta sexta-feira, com possibilidade de chuva moderada a forte de forma rápida na parte da tarde.
Os ventos também podem ser moderados e fortes a partir da tarde, e as temperaturas permanecerão amenas, com máxima prevista de 27°C.
G1
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