O casal que comandava as operações da Braiscompany, empresa de criptomoedas envolvida em escândalos de fraude no sistema financeiro, foi tornado réu em ação penal que investiga possÃveis esquemas de pirâmide financeira. Outras 11 pessoas também foram transformadas em rés por decisão da 4ª Vara de Justiça Federal, publicada nesta terça-feira (8).
Na decisão do juiz federal VinÃcius Costa Vitor, o magistrado ressaltou a atual situação em que Antônio Neto Ais e FabrÃcia Ais estão foragidos, e ainda citou que um mandado de prisão foi expedido contra os proprietários. No entanto, como os investigados podem estar no exterior, se torna necessário a citação deles como réus na ação penal.
Em recente relatório da PolÃcia Federal, foi concluÃdo que o casal de proprietários não está mais em território brasileiro, com a suspeita de ambos terem fugido do paÃs pela fronteira terrestre com a Argentina. Os agora réus teriam utilizado passaporte da irmã e do cunhado de FabrÃcia. O paradeiro dos dois ainda é desconhecido.
De acordo com a PF, o casal contou com a ajuda de outras cinco pessoas para conseguir escapar do Brasil. Todos foram indiciados por facilitar a fuga de pessoas procuradas pela polÃcia e pela justiça brasileiras.
Em julho, a PolÃcia Federal concluiu um inquérito que indiciou 16 pessoas por envolvimento nos esquemas da Braiscompany e de seus sócios. Além disso, no mesmo mês, a PF determinou bloqueio de cerca de R$ 136 milhões, que seriam de pessoas ligadas à empresa.
Além dos dois proprietários da Braiscompany, também foram tornados réus Victor Hugo Lima Duarte, Mizael Moreira Silva, Sabrina Mikaelle Lacerda Lima, Arthur Barbosa da Silva, Flávia Farias Campos, Fernanda Farias Campos, Clélio Fernando Cabral do Ó, Felipe Guilherme da Silva Souza, Gesana Rayane Silva, Fabiano Gomes da Silva e Deyverson Rocha Serafim.
Investigação contra a Braiscompany
A PolÃcia Federal investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões, nos últimos quatro anos, feita pela Braiscompany. Dois mandados de prisão foram expedidos contra os sócios Antônio Neto e FabrÃcia Farias Campos. Os dois continuam foragidos.
A operação também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa. Na primeira fase, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo.
g1 PB
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