O corpo de Manoel Júnior, que morreu aos 59 anos na terça-feira (28), vai sair em cortejo em um carro dos Bombeiros, de João Pessoa até a cidade de Pedras de Fogo, na manhã desta terça-feira (1º). Manoel, que era prefeito da cidade, lutava contra um câncer no pâncreas, e estava internado na capital paraibana, onde tinha sido vice-prefeito.
Ao longo da madrugada, o corpo foi velado pela família no cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa. Às 7h, o corpo começou a sair, em cortejo, para a cidade natal do prefeito, onde vai seguir em carro aberto pelas ruas do município. Por volt adas 12h, o corpo volta para João Pessoa, onde continua a ser velado, agora aberto para o público, no Parque das Acácias. O sepultamento está previsto para às 17h, no mesmo local.
Com uma longa vida política e tendo ocupado cargos como o de deputado estadual, deputado federal e vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior acumulava mais de 30 anos de vida pública. Ele deixa esposa e cinco filhos.
Nascido em 1964, ele era natural de Pedras de Fogo e era médico formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com pós-graduação em cirurgia geral pelo Hospital Getúlio Vargas, do Recife.
O vice-prefeito de Pedras de Fogo, José Carlos Ferreira Barros, conhecido como ‘Bá Barros’, deve assumir o cargo de prefeito da cidade até o encerramento do mandato, que vai até o fim de 2024.
Carreira Política
Eleito em 2020 para um quarto mandato como prefeito da cidade de Pedras de Fogo, Manoel Júnior já tinha ocupado o cargo no executivo municipal entre 1989 a 1992 (ainda pelo PMDB), entre 1997 e 2000 (pelo PSDB) e por um curto período entre de 2001 a 2002, quando renunciou à função para se candidatar a deputado estadual.
Além disso, Manoel Júnior foi deputado federal por três mandatos consecutivos. Foi eleito pela primeira vez em 2006 e depois reeleito em 2010 e 2014, permanecendo no cargo entre 2007 e 2016. Ao término daquele ano, contudo, ele renunciou ao cargo para assumir o cargo de vice-prefeito de João Pessoa, eleito na chapa encabeçada por Luciano Cartaxo.
Essa, todavia, não foi a primeira vez que ele esteve como vice-prefeito de João Pessoa. Quando Ricardo Coutinho foi eleito prefeito em 2004, Manoel Júnior era o seu vice. Ocupou o cargo entre 2005 e janeiro de 2007, renunciando para ocupar vaga na Câmara dos Deputados.
Além dos cargos eletivos, ele foi também também presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup) entre 1997 e 2002 e secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) entre 1998 e 2002.
Morte de Manoel Júnior repercute no meio político
A Prefeitura de João Pessoa foi a primeira a se manifestar após a morte de Manoel Júnior, ao decretar luto oficial de três dias. O prefeito Cícero Lucena (PP) também emitiu nota lamentando o ocorrido.
Pouco depois, foi a ver da Prefeitura de Pedras de Fogo e da Câmara Municipal de João Pessoa de também decretar luto oficial de três dias.
Um pouco mais tarde, o governador João Azevêdo (PSB) também emitiu uma nota oficial. Ele destacou "respeito por toda trajetória política de Manoel Júnior na Paraíba" e em seguida "expressou solidariedade à família neste momento de perda".
g1 PB
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