Três pontos turísticos de João Pessoa apresentam situação crítica de erosão costeira, com riscos de deslizamentos e desmoronamentos. De acordo com o relatório feito pelo Projeto de Iniciação Científica Monitoramento das Áreas Críticas de Erosão Costeira da Falésia do Cabo Branco - Litoral Sul de João Pessoa–PB, dos estudantes do Iesp, a Praça de Iemanjá, a falésia e a barreira da praia do Seixas precisam de uma sinalização maior dos riscos que oferecem às pessoas que passam pelo local, principalmente na área da praia.
De acordo com o coordenador do projeto, o professor Williams Guimarães, o relatório foi feito a partir de levantamentos topográficos, realizados a cada dois meses e fotográficos entre setembro de 2018 a julho de 2019. Ainda segundo o professor, o trabalho segue monitorando a deterioração da barreira das praias do litoral sul de João Pessoa.
O professor Williams Guimarães faz um alerta às pessoas que costumam frequentar os locais apontados no relatório para que fiquem atentos ao transitar, pois, segundo ele, sinalizações existentes são consideradas insuficientes para informar os riscos de acidente, principalmente, nas áreas turísticas.
“Um acidente neste local pode ser fatal. Caso algum usuário sofra um acidente, levando em consideração, se a sua posição for ao topo da Barreira, seria uma queda de, aproximadamente, 30 metros. Em caso de deslizamento, se estiver transitando próximo ao sopé da falésia, pode ser soterrado”, alerta o professor.
As áreas indicadas como de risco devido à erosão atraem muitos turistas. De acordo com estudo, aproximadamente 76% dos turistas que vêm a João Pessoa visitam o Farol do Cabo Branco e, 57% a Estação Cabo Branco, embora esteja mais afastada da falésia, também apresentam riscos, já que os turistas usam as áreas adjacentes para fazer fotografias.
Segundo o professor, são necessárias mais placas de avisos na parte superior da falésia e também na parte da praia, onde não há sinalização adequada orientando sobre os riscos. Na parte superior, até existem placas de sinalização, mas na parte da praia não há nenhum tipo de informação que oriente os usuários a não se aproximarem destes pontos.
Além disso, o professor sugere que seja realizado um trabalho de capacitação com a população local, para que o morador ou comerciante que atue nos arredores seja um “agente multiplicador que repasse informações sobre a erosão e áreas críticas”. O projeto conta com nove alunos do curso de Engenharia Civil da Iesp.
Erosão da falésia
A erosão é um processo que desgasta, basicamente, o material sedimentar ou arenoso dessa região. O processo pode ser agravado por ações naturais, como por exemplo, chuvas intensas e ação de batimento das ondas, amplificada pela degradação ambiental promovida pelo homem.
G1 PB
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