O ex-senador da Paraíba Ney Suassuna (PRB), o ex-cônsul honorário da Grécia no Rio de Janeiro Konstantinos Kotronakis e outras oito pessoas se tornaram réus na Operação Lava Jato por um suposto esquema de corrupção em contratos de afretamento de navios pela Petrobras.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pela juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no fim de julho. Suassuna e Kotronakis viraram réus por corrupção e lavagem de dinheiro.
A defesa do ex-cônsul informou que não vai se manifestar no momento por não ter conhecimento completo da denúncia. O G1 tenta contato com a defesas do ex-senador, que não tem advogado constituído no processo.
Segundo a denúncia, foram praticados crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de 20 contratos de afretamentos de navios da Petrobras vigentes entre 2006 e 2028.
Conforme a força-tarefa, esses contratos geraram, pelo menos, US$ 17,6 milhões em propinas e comissões ilícitas. Os valores foram pagos por quatro armadores gregos - grupos responsáveis pelo transporte de cargas.
A denúncia aponta que, em razão dos acertos de corrupção, esses armadores se comprometeram a pagar propina e comissões ilícitas de 2% do valor dos contratos de afretamento para contas bancárias de empresas offshores vinculadas ao ex-cônsul em países europeus.
A investigação, segundo a força-tarefa, contou com documentos apreendidos em operações, acordos de delação premiada e com a cooperação jurídica internacional com Luxemburgo, Suíça, Estados Unidos da América, Reino Unido, Grécia, Panamá e Portugal.
G1 PR
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