Cerca de 40 toneladas de lixo foram retiradas da faixa de areia do litoral de João Pessoa desde o último dia 16 de abril, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente da capital paraibana. A suspeita do órgão é de que os resíduos foram trazidos de outros estados pela corrente marítima.
De acordo com Welison Silveira, secretário de Meio Ambiente, foram encontrados material publicitário com endereços de Pernambuco, embalagens e até lixo hospitalar. O material recolhido foi transportado ao Aterro Sanitário.
A limpeza nas praias é feita com o apoio de voluntários e da Semam, que está investigando a origem dos resíduos. A secretaria informou que foram feitas vistorias em desembocadouros de rios e em maceiós da grande João Pessoa, mas a hipótese é de que o lixo veio de outros estados após a alta das marés.
Os relatórios das fiscalizações estão sendo enviados ao Ministério Público Federal (MPF) e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).
Além da Paraíba, também foi encontrado lixo nas praias do Rio Grande do Norte. As autoridades ainda não sabem informar se os dois casos estão relacionados.
O que dizem os especialistas
De acordo com o professor da UFPB Tarcísio Cordeiro, especialista em Oceanografia, o plástico que chega até a praia é o plástico jogado fora dos locais adequados:
"Quando chega a época das chuvas, a enxurrada pega esse material todo, joga dentro do rio e o material vai parar no mar", explica Tarcísio.
Os danos causados são enormes, segundo o professor Tarcísio, desde a poluição como a morte de aves e animais por ficarem presos em materiais de plástico ou pela ingestão. O professor relata que estudos mostram que a cada três peixes ingeridos pelos humanos, pelo menos um deles têm plástico no estômago.
"Pra mudar isso, precisamos mudar nossa atitude. Recusar o plástico, levar sacola de pano quando for no supermercado, evitar usar materiais descartáveis como canudos, tudo isso faz um grande mal ao meio ambiente e se a gente diminuir o consumo, menos lixo vai entrar nos oceanos" conta o professor.
Agência Brasil
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