Novembro 27, 2024

João Pessoa é o município da PB com maior volume de chuvas no 1º semestre de 2020, diz Aesa

João Pessoa é o município paraibano onde mais choveu no primeiro semestre de 2020, segundo dados extraídos do site da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). Conforme o levantamento feito nos primeiros seis meses deste ano, a capital paraibana registrou um índice pluviométrico de 1.768,5 milímetros.

A cidade ultrapassou a média histórica esperada para o período, que é de 1.262,7 milímetros. A previsão do ano, que é de 1.850 mm de chuvas, também foi superada.

Ainda conforme o acumulado da metade do ano, o ranking dos cinco municípios com maiores registros de chuvas conta também com Lucena e Baía da Tração, na mesorregião da Mata paraibana; e Cajazeiras e Olho D’água, no Sertão do estado.

Conforme a meteorologista Marle Bandeira, é comum que a primeira metade do ano apresente um volume considerável de chuvas em cidades litorâneas, com período chuvoso entre abril e julho; e sertanejas, com período chuvoso entre fevereiro e maio.

Já em junho, os municípios de Lucena e João Pessoa concentraram os maiores volumes chuvas registradas. Lucena registrou 423,9 milímetros de chuvas, enquanto mais 387,1 mm foram notificados na capital paraibana.

A previsão é de que continue chovendo em João Pessoa durante o mês de julho. Já em agosto, devem devem acontecer chuvas isoladas.

O ranking das cidades onde mais choveu em junho na Paraíba tem ainda Baía da Traição, Pitimbu, Caaporã, Marcação, Conde, Rio Tinto, Juripiranga e Mataraca. Todas as dez cidades com maiores índices de chuvas em junho estão localizadas na mesorregião da Mata paraibana.

Litoral e Sertão têm redução de áreas com seca em maio
As regiões do Litoral e Sertão da Paraíba registraram reduções na intensidade e nas áreas com seca durante o mês de maio, se comparado a abril deste ano. Os dados são do Monitor das Secas, que é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), divulgados em junho.

Conforme a ANA, as chuvas que caíram na Paraíba em maio deste ano foram responsáveis pela expansão da área sem seca no Sertão e surgimento de uma área sem o fenômeno no Litoral, assim como a diminuição da área de seca moderada que já existia.

Com a ausência do fenômeno no Litoral, não há mais seca de curto prazo, que varia entre um e seis meses. Os impactos passam a ser somente de longo prazo, acima de 12 meses, em todo o estado.

A redução das áreas de seca também foi registrada nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Chuvas normalizaram situação hídrica de 98 açudes
As chuvas que caíram na Paraíba até o começo de julho deste ano normalizaram a situação de pelo menos 98 açudes. Isso significa que todos eles contam com mais de 20% de sua capacidade hídrica.

Outros nove reservatórios estão sangrando; 13 estão em observação, com menos de 20% da capacidade; e 14 estão em situação crítica, com menos de 5% do volume hídrico que comportam.

Apenas um manancial paraibano está seco. O açude de Manguape, localizado no município de São Sebastião de Lagoa de Roça, Agreste do estado, não possuía volume hídrico até a sexta-feira (10).

Boqueirão tem queda de volume após abertura de comportas
Após ter chegado a 3% do volume total, um dos índices mais baixos da história, o açude Epitácio Pessoa, que abastece Campina Grande, chegou em 2020 a 70,9% do total da sua capacidade, que é de 466 milhões de metros cúbicos de água.

As comportas do manancial foram abertas no início de junho, após autorização da Agência Nacional de Águas (ANA). A medida tem a finalidade de ajudar a perenizar o Rio Paraíba e levar água para outros reservatórios, como o Açude Acauã, que contava apenas com 13,5% de sua capacidade total.

De acordo com o monitoramento da Aesa, após a abertura das comportas o volume do reservatório diminuiu para 68,10% da capacidade total e conta 153.073.136 metros cúbicos de água.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

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