Um lance de azar que castigou um Botafogo que em momento algum fez jus ao posto de atual campeão da Libertadores. Passivo diante de um adversário que corria mais do que construía, o Glorioso se permitiu ser pressionado e viu John falhar feio no lance que decretou o 1 a 0 para o Estudiantes na noite desta quarta-feira, em La Plata, pela terceira rodada do Grupo A. Carrillo foi o carrasco na quarta partida sem vitória (com três derrotas).
Olho na tabela
A derrota na Argentina deixa o Botafogo em situação delicada no Grupo A da Libertadores. Com três pontos, o Glorioso é apenas o terceiro colocado, atrás do próprio Estudiantes, com seis, e da Universidad do Chile, que lidera com sete. O próximo compromisso será novamente fora de casa, dia 6 de maio, diante do Carabobo, na Venezuela. Agora, o time retorna as atenções para o Brasileirão. No sábado, o Botafogo enfrenta o Fluminense, às 21h (de Brasília), no Nilton Santos.
Primeiro tempo
Em má fase e longe de ter um time com muitos recursos técnicos, o Estudiantes entrou em campo para fazer valer o caldeirão de La Plata, e foi assim que conseguiu pressionar o Botafogo. O placar de 9 a1 em finalizações diz mais sobre um time que tentou sair na frente mais na base da correria do que na organização e acabou presenteado com um frangaço de John. O chute despretensioso de Carrillo contou com desvio em Gregore e quique com efeito para sair do alcance do goleiro e garantir o 1 a 0 no intervalo. A sorte escolheu o lado de quem mais tentou o gol, por mais que o Glorioso se defendesse bem, fechando os espaços e obrigando os argentinos a apelar para cruzamentos ou chutes de fora da área - como aconteceu no gol. No ataque, os cariocas forem inexpressivos e concluíram apenas com Artur, de cabeça, logo aos dois minutos.
Segundo tempo
Renato Paiva até tentou mandar o time para o ataque no segundo tempo, mas não dá para dizer que surtiu efeito. Com exceção de um bom contra-ataque puxado por Marlon Freitas e Igor Jesus, que terminou com chute colocado de Savarino no travessão, o Botafogo praticamente não levou perigo ao gol de Mansilla e permitiu que o Estudiantes controlasse o jogo com presença no campo ofensivo mesmo que de maneira inoperante. À medida que a partida se aproximava do fim, o técnico português empilhou centroavantes, mas não conseguiu fazer com que a bola chegasse em condição de finalizar. Igor Jesus, Elias Manoel e Mastriani, já no fim, correram, correram e só correram. Mesmo na reta final do jogo e já preocupado mais em gastar o tempo, foi o Estudiantes que mais levou perigo e segurou o resultado.
Pressão aumenta
Apesar da manifestação pública de apoio feita por John Textor, o clima é de pressão externa para cima de Renato Paiva. O treinador soma quatro derrotas, dois empates e apenas duas vitórias em oito partidas no comando de um Botafogo que testa a paciência do torcedor. Antes mesmo da chegada do português, o atual campeão da Libertadores e do Brasileirão já tinha perdido a Recopa, a Supercopa e sequer avançado para a fase decisiva do Carioca.
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