Novembro 22, 2024
Arimatea

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Os efeitos do uso das redes sociais na satisfação dos adolescentes com a vida são limitados e provavelmente "ínfimos", segundo um estudo com 12 mil adolescentes realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Os pesquisadores identificaram que família, amigos e vida escolar têm impacto maior no bem-estar deles.

As conclusões foram publicadas na revista PNAS.

De acordo com os pesquisadores, o estudo que desenvolveram é mais profundo e robusto do que outros feitos anteriormente. Ele tenta responder se os adolescentes que usam as redes sociais mais do que a média têm menor satisfação com a vida, ou se adolescentes com menor satisfação de vida usam mais as redes sociais. Pesquisas anteriores sobre a relação entre o uso de 'telas', de tecnologia e a saúde mental das crianças, afirmam eles, têm sido muitas vezes contraditórias.

A equipe têm 'provocado' as empresas do setor a divulgarem dados sobre como as pessoas usam as redes sociais para entender mais sobre o impacto da tecnologia na vida dos jovens.

'Efeito insignificante'
Os professores Andrew Przybylski e Amy Orben, do Oxford Internet Institute, da Universidade de Oxford, dizem que muitas vezes os estudos na área se baseiam em evidências limitadas que não dão um panorama completo do quadro.

O estudo publicado na PNAS concluiu que a maioria das ligações que existem entre satisfação com a vida e o uso das redes sociais é "insignificante", respondendo por menos de 1% do bem-estar de um adolescente - e que o efeito das redes sociais "não é uma via de mão única".

"99,75% da satisfação de uma pessoa na vida não tem nada a ver com o uso de redes sociais", complementou Przybylski, diretor de pesquisa do instituto.

O estudo, realizado entre 2009 e 2017, pediu a milhares de jovens de 10 a 15 anos que respondessem quanto tempo eles gastavam usando redes sociais em um dia de aula normal e também que avaliassem o quão satisfeitos estavam com diferentes aspectos da vida.

Eles identificaram mais efeitos do tempo gasto nas redes sociais nas meninas, mas estes eram ínfimos e muito parecidos aos percebidos nos meninos.

Menos da metade desses efeitos foram estatisticamente significativos, segundo os pesquisadores.

Considerando essa questão, de acordo com eles, o tempo que os adolescentes passam diante das telas não deveria ser motivo de grande preocupação.

"Estamos obcecados pela questão do tempo, mas os resultados não mostram evidências de que isso deva ser motivo de grande preocupação. Os pais não deveriam se preocupar tanto com esse ponto. Essa não é a grande questão", disse Przybylski.

Os pesquisadores disseram que é importante identificar agora o perfil dos jovens mais suscetíveis a certos efeitos das redes sociais e descobrir outros fatores que estão impactando o bem-estar deles.

Eles pretendem se reunir com empresas de redes sociais em breve para discutir como podem trabalhar em conjunto para aprender mais sobre como as pessoas usam aplicativos - e não apenas o tempo que gastam neles.

'Primeiro pequeno passo'
Orben, co-autora do estudo e professora de psicologia da Universidade de Oxford, disse que a indústria deve liberar seus dados de uso e apoiar pesquisas independentes.

"O acesso (a essas informações) é fundamental para entender os muitos papeis que as redes sociais exercem na vida dos jovens", disse ela.

Max Davie, responsável pela área de melhoria da saúde no Royal College of Pediatrics and Child Health, fez coro sobre a necessidade de as empresas colaborarem com cientistas e chamou o estudo de "o primeiro pequeno passo".

No entanto, ele disse que há outras questões a serem exploradas, como a interferência do tempo de tela em outras atividades importantes, como dormir, fazer exercícios e dedicar tempo a família ou aos amigos.

"Recomendamos que as famílias sigam nossa orientação publicada no início deste ano e continuem a evitar que eles usem telas uma hora antes de dormir, já que há outras razões - além da saúde mental - para as crianças precisarem de uma boa noite de sono".

BBC
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Há alguns anos, participei como fotógrafo de um rali de carros antigos na Dinamarca. O objetivo da competição não era premiar quem fosse mais rápido, mas quem se vestisse de forma mais extravagante. O evento terminou em um acampamento na ilha de Møn, com todo mundo dançando, bebendo e comendo. Algumas horas - e drinques - mais tarde, decidi que era uma boa ideia dormir numa espreguiçadeira sob o sereno dinamarquês.

Foi quando fiz três importantes descobertas: 1) a Dinamarca possui uma população feroz de mosquitos durante o verão; 2) os mosquitos são perfeitamente capazes de picar através da espreguiçadeira e da sua roupa; e 3) beber álcool é um imã para esses insetos insuportáveis. Acordei com minhas costas parecendo um plástico-bolha. Não era a memória que eu queria ter levado de volta para casa.

Como o periódico científico Journal of the American Mosquito Control Association descobriu em 2002, a probabilidade de sermos picados por um mosquito aumenta drasticamente quando ingerimos álcool. O estudo, que envolveu um grupo pequeno, de apenas 13 pessoas, mostrou que aquelas que beberam uma garrafa de cerveja tinham maior probabilidade de serem devoradas por esses insetos.

Exatamente por que os mosquitos parecem mais atraídos pelos beberrões, ninguém sabe ao certo. Sabemos, por outro lado, que esses insetos nos picam graças a duas substâncias químicas que exalamos quando respiramos: dióxido de carbono e octanol. O octanol, um álcool secundário criado a partir da quebra do ácido linoleico, também é comumente conhecido como "álcool de cogumelo" porque é o composto que ajuda a dar sabor aos cogumelos.

Mas isso leva a outra pergunta: os mosquitos que se alimentam de humanos embriagados também se embriagam? Apesar do grande número de mosquitos que se alimentou de sangue de seres humanos bêbados ao longo de milênios, há relativamente pouca pesquisa sobre o assunto.

A entomologista Tanya Dapkey, da Universidade da Pensilvânia, no Estado americano da Filadélfia, diz à BBC Future: "Suspeito que a resposta seja não, porque o nível de álcool no sangue é muito baixo (para embriagá-lo)".

Mas basta uma rápida pesquisa para encontrar estudos que mostram a associação entre mosquitos e álcool.

Em um artigo recente na revista científica Popular Science, o entomologista Coby Schal, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostrou que um ser humano que tenha tomado 12 drinques pode ter um nível de álcool no sangue de 0,2%. Porém, se um mosquito beber o sangue dessa pessoa, os efeitos em seu organismo seriam insignificantes - afinal, ele suga quantidades tão pequenas que o álcool acaba diluído a 1/25 de sua composição original.

Evolução
A evolução também pode ter dado uma ajuda extra aos mosquitos. Qualquer outro líquido que não seja sangue é desviado primeiro para uma bolsa digestiva separada, na qual é quebrado por enzimas. Portanto, é provável que o álcool seja neutralizado antes de atingir o sistema nervoso do inseto.

"Muitos dos insetos adultos têm uma espécie de papo (dilatação no esôfago) que armazena todos esses líquidos que eles sugam. Posteriormente, essas substâncias são liberadas gradualmente", diz Erica McAlister, curadora sênior de insetos do Museu de História Natural de Londres. "Enzimas quebram tudo que é prejudicial - como álcool e bactérias"

McAlister, que escreveu o livro The Secret Life of Flies (A Vida Secreta das Moscas, em tradução livre), já pesquisou os efeitos do álcool nas moscas-das-frutas, incluindo a mosca-da-fruta-comum, também conhecida como "mosca-do-vinagre". Esses insetos minúsculos são atraídos por frutas podres repletas de álcool.

"Não sei se os mosquitos ficam bêbados, mas observamos isso com moscas-das-frutas", diz McAlister. "Elas se embriagam, mas têm uma tolerância muito alta. Em doses menores, elas ficam muito hiperativas - e galanteadoras. E são menos exigentes com seus parceiros também", acrescenta.

"Mas basta uma dose maior para elas desmaiarem."

Os mosquitos também acabam atraídos por frutas podres, pois a frutose se transforma em álcool. Apenas as fêmeas se alimentam de sangue para obter a proteína necessária para gerar óvulos. Machos e fêmeas também se alimentam de néctar produzido por flores - os mosquitos são polinizadores-chave - e usam o açúcar contido ali para obter a energia necessária para sobreviverem. Esse néctar também pode se transformar em pequenas quantidades de álcool.

Genes
Além disso, alguns de nós têm uma composição genética que atrai mais os mosquitos. Acredita-se que uma em cada cinco pessoas no mundo tenha características que as tornam mais suscetíveis a picadas. Uma deles é o tipo sanguíneo; um estudo mostrou que aqueles com sangue tipo O tinham duas vezes mais probabilidade de ser picados do que os com sangue tipo A. Outros fatores de risco são temperatura corporal alta, gravidez (possivelmente por conta do aumento da temperatura corporal), suor (devido à liberação de mais dióxido de carbono) e massa corporal.

Os mosquitos também são bastante meticulosos sobre o local em que nos picam, dependendo da espécie. Alguns preferem as pernas e os pés, enquanto outros são mais propensos a gravitar em torno do pescoço e do rosto, possivelmente porque estão se concentrando nas emissões de dióxido de carbono da boca e do nariz.

"Fui para a Costa Rica e fui picado por mosquitos na sola dos meus pés", lembra Dapkey, indignado. "Como isso é possível?"

Mas o etanol que emitimos em nosso suor quando bebemos pode ser a mensagem química por trás dos resultados do estudo de 2002. Um projeto semelhante, dessa vez com 18 pessoas em Burkina Faso, na África, em 2010, também descobriu que os mosquitos acabavam mais atraídos por aqueles que tinham bebido. O etanol no álcool que bebemos - e que excretamos em pequenas quantidades através do suor - pode ser uma espécie de 'aviso' para os insetos de que há uma refeição por perto.

"O nível de dióxido de carbono exalado e a temperatura corporal não afetaram a atratividade humana para os mosquitos. Apesar da variação voluntária individual, o consumo de cerveja aumentou consistentemente a atratividade para os mosquitos", indicaram os resultados da pesquisa.

"Se você estiver com fome e estiver andando por aí", diz Dapkey, "provavelmente vai caminhar na direção da comida: aquele cheiro forte de cachorro-quente, por exemplo. Você pode até não comer o cachorro-quente, mas sabe que tem comida ali".

O álcool pode ser o aviso de que "a comida está na mesa", mas McAlister ressalta que os principais fatores que atraem os mosquitos provavelmente se devem à nossa constituição genética. Simplesmente dizer não a uma cerveja gelada não vai evitar que você seja picado. E, olhando pelo lado positivo, após um ou dois drinques, talvez você não sinta muita coceira. Eu pessoalmente já comprovei essa teoria.

BBC
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Mais de um milhão de pessoas se inscreveram para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 no primeiro dia de inscrições, iniciadas ontem (6) e vão até o dia 17 de maio, pela internet. As provas do Enem serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro.

O balanço de inscritos divulgado pelo Ministério da Educação contabiliza os candidatos registrados até as 20h de ontem.

A taxa de inscrição para o Enem é de R$ 85 e deve ser paga até o dia 23 de maio. O participante terá até 17 de maio para atualizar dados de contato, escolher outro município de provas, mudar a opção de língua estrangeira e alterar atendimento especializado e/ou específico. Após esse prazo, não serão mais permitidas mudanças.

O candidato que precisar de atendimento especializado e específico deve fazer a solicitação durante a inscrição. O prazo para pedidos de atendimento por nome social vai de 20 e 24 de maio.

Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem, por exemplo, para se inscrever em programas de acesso à educação superior como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou de financiamento estudantil.

A prova também pode ser feita pelos chamados treineiros – estudantes que vão concluir o ensino médio depois de 2019. Neste caso, os resultados servem somente para autoavaliação, sem possibilidade de o estudante concorrer efetivamente às vagas na educação superior ou para bolsas de estudo. Esses participantes devem declarar ter ciência disso já no ato da inscrição.

Estudo
Para reforçar o conhecimento dos candidatos, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) oferece várias estratégias gratuitas, como o Questão Enem, no qual os estudantes têm acesso a um atualizado banco de dados que reúne provas de 2009 até 2018. O site permite a resolução das questões online, com o recebimento do gabarito.

Agência Brasil
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A Studos é uma plataforma no formato de aplicativo com recursos pedagógicos que permite estudar por meio de simulados online. O objetivo é contribuir na melhoria do desempenho acadêmico dos alunos, assim como na preparação para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Na Paraíba, 311 escolas da Rede Estadual já utilizam o aplicativo, sendo 22 mil estudantes beneficiados.

Na plataforma, os professores podem criar simulados e tarefas. Os alunos respondem suas atividades pelos celulares, podendo ver o tempo que leva para responder cada questão. Os coordenadores acompanham os pontos fortes e fracos de cada aluno, ajudando-os na necessidade deles em cada matéria. Existe um grande banco de questões do Enem, vestibulares e de várias universidades.

A Studos foi criada em Florianópolis pelo professor de Biologia Wilson Fernandes, junto com Leonardo Prates. Em 2016, A secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT) fez parceria com a Plataforma, implantando como projeto piloto em 10 escolas da Rede Estadual de Ensino para alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. Em 2017 ampliaram a proposta para outras escolas estaduais e hoje 311 utilizam o aplicativo.

A parceria da plataforma com a SEECT permite aos estudantes da Rede Estadual de Ensino usarem o aplicativo gratuitamente. Cada escola tem um coordenador responsável pelos cadastros de professores e alunos. Assim, quem ainda não está cadastrado na plataforma Studos deve procurar a direção da escola para saber quem é o coordenador e poder realizar o seu cadastro. O cadastro é realizado a partir da matrícula registrada na plataforma Saber, por meio de e-mails institucionais disponibilizado pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, por meio do Google Educação.

A iniciativa da Plataforma Studos dentro da SEECT é coordenada pelo Gerente de Ensino Médio, Robson Rubenilson. “O nosso objetivo neste ano é fazer com que mais escolas usem a plataforma para fortalecer a preparação dos estudantes para o Enem”, falou.

Na escola - O professor Tomaz Passamani é coordenador da plataforma na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Argentina Pereira, no Centro de João Pessoa. Segundo ele, “os resultados são eficazes, considero algo positivo. Eu passo as atividades, os alunos respondem e eu posso acompanhar o desempenho deles. A utilização do aplicativo é uma forma de estudos que atrai os alunos. Como as tendências são de que o ensino se torne cada vez mais mediado por computador e a distância, o uso da Plataforma Studos não deixa de ser uma experiência, e possível início de transição para parte da Educação Básica ser mediada pelo computador ou a distância”.

A estudante Lucilane Maria de Fátima aprova o uso da plataforma na escola. “A plataforma é importante, é algo além das aulas do professor. É uma motivação para a gente se desenvolver mais no Ensino Médio. Apesar das dificuldades encontradas nas questões, o professor sempre tira nossas dúvidas e nos ajuda. A plataforma é uma porta que se abre para facilitar o nosso aprendizado”, falou.

Secom-PB
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Mais de 2 mil pessoas foram detidas na Venezuela em 2019, a maioria durante protestos contra o governo, denunciou a ONG de direitos humanos Foro Penal nesta terça-feira (7).

"De 1º de janeiro até maio de 2019 foram registradas 2.014 detenções, basicamente de pessoas que protestam", declarou em entrevista coletiva Alfredo Romero, diretor da Foro Penal, organização crítica do governo de Nicolás Maduro.

Segundo Romero, mais de 800 pessoas continuam presas, incluindo vários militares.

Na terça-feira passada, o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, liderou uma fracassada rebelião de um reduzido grupo de militares. Maduro denunciou o movimento como uma tentativa de golpe de Estado.

De acordo com a Foro Penal, 338 civis e militares foram detidos após a rebelião. "Ficaram privadas de liberdade 82 pessoas", indicou Romero.

A Procuradoria identifica "aproximadamente 233 pessoas detidas" em relação ao levante, assim como cinco mortos durante manifestações da oposição em apoio a esse movimento e nos protestos de 1º de maio.

France Presse
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O presidente americano Donald Trump concedeu perdão ao ex-tenente americano Michael Behenna, condenado em 2009 por assassinar um preso iraquiano – decisão que causou muita polêmica com grupos de defesa dos direitos civis, nesta terça-feira (7).

Em um comunicado na segunda à noite, a Casa Branca disse que a decisão é "totalmente merecida", pois Behenna "se comportou como um preso modelo", e seu caso "atraiu amplo apoio" dentro e fora dos círculos militares.

Behenna, de 35 anos, foi condenado em 2009 por uma corte marcial a 25 anos de prisão pelo assassinato do detento Ali Mansur, cometido um ano antes perto de Baiji, no norte do Iraque.

Suspeito de pertencer à Al-Qaeda e de ter sido autor de um ataque a bomba que matou dois soldados americanos, o Exército dos Estados Unidos prendeu o iraquiano no início de maio de 2008. Por não conseguir provar sua participação no ataque, ordenou que ele fosse solto, após dez dias de detido.

O tenente Behenna, que conhecia as duas vítimas, ficou encarregado de levar o iraquiano de volta para sua aldeia com seu pelotão, mas decidiu interrogá-lo em uma estrada isolada.

O corpo nu do iraquiano foi encontrado no dia seguinte com dois tiros e parcialmente queimado.

No julgamento, o tenente Behenna alegou legítima defesa. Após várias apelações, sua sentença foi reduzida para 15 anos de prisão pelo escritório de indultos militares. Foi posto em liberdade condicional em 2014.

France Presse
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O Papa Francisco desembarcou nesta terça-feira (7) na Macedônia do Norte, onde pregará a unidade neste pequeno país, mosaico de nacionalidades e de maioria ortodoxa.

Diante das autoridades locais, Francisco elogiou o patrimônio e a "composição multiétnica e multirreligiosa" do pequeno país de 2,1 milhões de habitantes, fruto, segundo o papa, de uma "história rica e também complexa de relações interligadas no decorrer dos séculos".

O papa também destacou o "generoso esforço feito pelas autoridades" da Macedônia do Norte "com a valiosa contribuição de várias organizações internacionais, Cruz Vermelha, Cáritas e algumas ONGs, para receber e socorrer um grande número de migrantes e refugiados procedentes de diversos países do Oriente Médio".

O avião do pontífice pousou às 8h15 (3h15 de Brasília) no aeroporto de Skopje (capital do país), onde foi recebido pelo presidente Macedônia do Norte, Gjorge Ivanov, e o primeiro-ministro do país, Zoran Zaev (idealizador do recente acordo com a Grécia, que encerrou uma longa disputa entre os dois países).

Durante a visita, o pontífice se reunirá com líderes políticos e religiosos do país.

Na Macedônia do Norte, os católicos constituem uma pequena comunidade que representa menos de 1% dos 2,1 milhões de habitantes do país.

Assim como na Bulgária - que o papa visitou na primeira etapa da sua viagem aos Bálcãs-, os ortodoxos são maioria e representam quase dois terços da população. O outro terço é composto por muçulmanos, principalmente procedentes da comunidade albanesa.

Madre Teresa
Os católicos contam com a força da herança de Madre Teresa, que nasceu em 1910 em Skopje, então sob a tutela do Império Otomano. A cidade, que atualmente é a capital do país, pertencia à Albânia na época. Sua mãe era uma albanesa, de uma família de Kosovo. A origem de Madre Teresa provoca disputa entre macedônios e albaneses.

Madre Teresa se tornou o que o papa descreveu em uma mensagem de vídeo divulgada antes da viagem como "uma corajosa missionária da caridade de Cristo no mundo, dando consolo e dignidade aos mais pobres entre os pobres".

Francisco visitará o memorial dedicado à Madre Teresa, que abandonou Skopje no fim dos anos 1920, antes de passar a maior parte de sua vida na cidade indiana de Calcutá. Ela foi canonizada em 2016.

Independente da confissão, os habitantes do país disputaram os 15.000 ingressos gratuitos para acompanhar a missa do pontífice na praça central, muito próxima do local de nascimento de Madre Teresa.

A Macedônia do Norte é um dos países mais pobres da Europa, com um salário médio de quase 400 euros e mais de um terço dos jovens desempregados.

Mensagem de unidade
Na mensagem de vídeo, Francisco celebra o mosaico religioso, cultural e étnico da Macedônia do Norte, onde, afirmou, pretende semear a fraternidade.

"De fato a particular beleza da face de seu país se deve precisamente à variedade de culturas, etnias e religiões que o habitam. A convivência nem sempre é fácil, sabemos. Mas é um esforço que vale a pena ser feito porque os mosaicos mais bonitos são os mais ricos em cores", afirmou.

A mensagem de unidade do pontífice chega poucos meses depois do país aceitar a mudança de nome para Macedônia do Norte, abandonando o simples Macedônia, para encerrar uma antiga disputa com a Grécia.

O primeiro-ministro, Zoran Zaev, que liderou o processo de reconciliação e é ortodoxo, considera a visita especialmente simbólica "na cidade natal da santa Madre Teresa, símbolo de reconciliação e solidariedade".

O arcebispo da Macedônia do Norte, Kiro Stojanov, considera a visita um "estímulo poderoso" para continuar com "a democratização da sociedade e promover justiça e igualdade".

France Presse
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Não houve sobreviventes na queda de um avião particular que voava entre a Las Vegas, nos Estados Unidos, e a cidade de Monterrey, no México, com ao menos 13 pessoas a bordo, informaram autoridades nesta segunda-feira (6).

Os destroços da aeronave foram encontrados em uma região montanhosa na cidade de Ocampo, no norte do México, segundo informou o governo de Coahuila em nota. As autoridades ainda investigam as causas, ainda desconhecidas.

Uma fotografia publicada no canal de televisão local Milenio mostrou o que dizia ser os restos incendiados de um avião quebrado em vários pedaços e espalhados por um terreno queimado.

O governo estadual de Coahuila disse em nota que o plano de voo listava 13 pessoas a bordo, embora alguns veículos de imprensa tenham reportado que havia 14 pessoas na aeronave. Segundo a nota, nenhum sobrevivente foi encontrado.

Uma lista diferente foi publicada em vários veículos mostrava um passageiro adicional que não estava na lista publicada pelo governo local.

Voltavam de luta de boxe
A imprensa mexicana reportou que os passageiros estariam voltando de uma luta de boxe entre o mexicano Saúl "Canelo" Álvarez e o norte-americano Daniel Jacobs no sábado em Las Vegas.

As nacionalidades das vítimas não estavam disponíveis imediatamente. Os sobrenomes dos três tripulantes e dez passageiros publicados pelo governo de Coahuila eram todos hispânicos.

Em nota, a canadense Bombardier Inc identificou a aeronave como um de seus jatos Challenger 601 e disse que o avião havia desaparecido a 150 milhas náuticas da cidade mexicana de Monclova.

Expressando suas condolências às vítimas, a companhia disse que estava em contato com o conselho de segurança nos transportes do Canadá e que trabalharia com as autoridades envolvidas na investigação.

Reuters
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Dos 30,3 bilhões de litros de etanol que serão produzidos nesta safra, 1,4 bilhão será produzido a partir do milho. Apesar de ainda representar um percentual baixo, na comparação com o total produzido (4,62%) a extração de etanol a partir do milho é vista de forma positiva pelo potencial de crescimento em termos de mercado, e pela possibilidade de ser mais uma opção de escoamento da produção brasileira, que é uma das maiores do mundo.

Os números foram apresentados hoje (7) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 1º Levantamento da Safra 2019/2020 de cana-de-açúcar, que traz dados sobre o etanol produzido a partir da cana e do milho e sobre a produção de açúcar.

De acordo com a Conab, a produção de etanol a partir do milho está “cada vez mais relevante”, tendo Mato Grosso como o maior produtor, seguido por Goiás e Paraná. A expectativa é de que novas unidades de produção sigam o mesmo caminho.

“É um novo negócio. O Brasil tem a possibilidade de fazer etanol de milho e de cana. E, no futuro, teremos condições de fazer um etanol que chamamos de segunda geração, que é o etanol de biomassa. Portanto, é um novo mercado que está se abrindo”, afirmou o coordenador-geral de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Caldas.

Caldas, no entanto, frisa que nem todas as regiões do país terão condições de se beneficiar desse tipo de produção. “Não dá para dizer que se produzirá etanol de milho em todo o Brasil, porque isso depende de condições e de preços locais. Mas é um nicho de mercado que está se criando, bastante promissor, e os investimentos que estão sendo feitos nessa indústria são bastante expressivos”, acrescentou.

Ele estima mais de R$ 5 bilhões em investimentos na produção de milho para a extração de etanol, ao longo dos próximos 4 ou 5 anos.

Etanol anidro e hidratado
A produção total de etanol no país para a safra 2019/2020 deverá ser 4,2% menor do que a registrada na safra passada (33,1 bilhões de litros). Segundo a Conab, a expectativa é de que o anidro – álcool utilizado na mistura com a gasolina – aumente em 11%, e chegue a 10,6 bilhões de litros.

Já o hidratado, que é etanol vendido na bomba, deverá alcançar a produção de 19,7 bilhões de litros, o que representará redução de 16,5% (ou 3,88 bilhões de litros), na comparação com a safra passada.

Com relação à cana-de-açúcar, a Conab prevê, no primeiro ciclo da safra 2019/2020, uma produção próxima a 616 milhões de toneladas, número 0,7% menor do que o registrado na safra anterior (620,4 milhões de toneladas). De acordo com a Conab, a redução se deve à retração da área colhida – estimada em 8,38 milhões de hectares (área 2,4% menor do que a observada na safra 18/19).

Açúcar voltando à normalidade
A previsão é de que a produção de açúcar volte a aumentar, chegando a 31,8 milhões de toneladas (crescimento de 9,5%, na comparação com a safra passada). Na avaliação da Conab, isso demonstra uma tendência de reequilíbrio entre a destinação de cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar e de etanol.

Segundo o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana, esse é um movimento de retorno à normalidade porque, no ano passado, o preço do açúcar foi reduzido no mercado internacional. “Como a maior parte da nossa produção é para exportação, isso influenciou a decisão de nossas unidades para reduzir a produção, na ocasião. Volta-se agora para uma produção dentro da normalidade”, disse o superintendente.

A tendência, no entanto, é que o mercado ainda se mantenha mais atrativo para o etanol, devido à grande quantidade de açúcar no mercado internacional, com a Índia mantendo sua produção elevada, o que prejudica as exportações brasileiras e puxa para baixo o preço no mercado interno.

“No ano passado ocorreu um ponto fora da curva. Os preços de açúcar caíram no mercado internacional e o preço da gasolina aumentou. Então, ficou muito mais vantajoso o consumidor abastecer com etanol hidratado. Com o aumento da demanda, as usinas optaram por produzir mais hidratado. Nesta safra, elas devem ter redução na produção, dando prioridade ao açúcar e ao anidro, uma vez que 27,5% da gasolina consumida no país deve ter o etanol anidro.”

Diferenças na produção de etanol a partir do milho
Muitas variáveis implicam na decisão do produtor produzir etanol a partir do milho ou da cana, informou Santana. A principal é o preço da cultura do milho. “Tem também o fato de o milho poder ser produzido na entressafra da cana. Com isso, muitas usinas que estão lá são as que chamamos de flex, porque produzem etanol ou açúcar a partir da cana, na safra de can,a e na entressafra utiliza-se milho.”

De acordo com o secretário, a Conab iniciou estudos comparativos apontando que uma tonelada de milho pode produzir até 420 litros de etanol. “É maior do que a cana, que é uma tonelada para 90 litros. Só que a cana produz muito mais por hectare. Aí a conta inverte, porque enquanto a partir do milho é possível produzir cerca de 2,5 mil litros de etanol por hectare, enquanto, a partir da cana, passa de 6 mil litros de etanol por hectare”, ressaltou.

Ainda segundo o superintendente da Conab, há diferenças também durante as etapas de produção dentro das usinas. “O tempo de fermentação para produzir etanol de milho é maior do que para produzir a partir da cana. Com 10 ou 12 horas de fermentação da cana, já é possível extrair o etanol. No caso do milho, é necessário ultrapassar 30 ou 40 horas”.

Agência Brasil
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O Brasil deixou de ser um país confiável para o investimento estrangeiro. Ao menos é o que indica o ranking da consultoria A.T.Kearney, que lista os 25 países mais confiáveis – e do qual o Brasil saiu pela primeira vez desde que o levantamento foi desenvolvido, em 1998. Sem o Brasil, nenhum país da América do Sul aparece no ranking.

"A ausência de quaisquer países sul-americanos entre os 25 é notável, entretanto, dado que o Brasil foi incluído em todas as edições anteriores do ranking", aponta o estudo. Em 2018, o país já aparecia na 25ª e última posição.

O ranking é feito a partir de pesquisas com 500 executivos de companhias líderes mundiais. Ele é calculado com base em perguntas sobre a probabilidade das empresas dos pesquisados em fazer um investimento direto em mercados específicos ao longo dos três anos seguintes.

Enquanto aqui a confiança cai, os Estados Unidos seguiram na primeira posição pelo sétimo ano seguido, "provavelmente refletindo seu grande mercado doméstico, continuada expansão econômica, impostos competitivos e capacidades tecnológicas e de inovação", aponta o estudo, que ressalta, no entanto, que a recente volatilidade das políticas podem estar reduzindo a atratividade.

Alemanha aparece em segundo lugar, seguida pelo Canadá e Reino Unido. Já a China tombou no ranking, caindo para a 7ª posição – a pior desde o início do estudo.

Os países desenvolvidos ocupam 22 das 25 posições no ranking, sendo 14 deles na Europa. China, Índia e México são os únicos emergentes. A consultoria aponta, no entanto, que dados Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostram que os fluxos de investimento estrangeiro para mercados emergentes cresceram nos últimos anos.

"E 43% dos investidores nos dizem que estão procurando novas oportunidades em mercados emergentes", diz o estudo.
A consultoria indica também que os investidores permanecem otimistas com a economia global, com 62% dos consultados se dizendo mais otimistas que no ano anterior. Esse percentual, entretanto, é menor que os 66% da pesquisa de 2018.

G1
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