Novembro 25, 2024
Arimatea

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu retomar nesta terça-feira (25) o julgamento de dois habeas corpus apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada pelos cinco ministros que integram o colegiado no início da sessão a pedido da defesa do petista.

O julgamento estava agendado para ser retomado nesta terça, porém, havia sido adiado nesta segunda-feira (24) depois que o ministro Gilmar Mendes pediu a retirada de um dos pedidos de liberdade de pauta.

No entanto, no início da sessão desta terça-feira, o advogado Cristiano Zanin Martins, responsável pela defesa do ex-presidente, pediu a palavra e, da tribuna do colegiado, solicitou prioridade no julgamento do habeas corpus argumentando que Lula está preso há mais de 400 dias. "Estamos diante de um caso cujo julgamento já foi iniciado", ponderou o criminalista.

Os ministros da Segunda Turma vão analisar dois habeas corpus nesta terça-feira:

um no qual os advogados do ex-presidente questionam a atuação do relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STF), ministro Felix Fischer

outro em que é apontada a suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, durante o processo no qual o ex-presidente foi condenado

Entenda os questionamento da defesa
No ano passado, o ministro Felix Fischer rejeitou absolver o ex-presidente em decisão individual. A defesa de Lula, então, recorreu por entender que o ministro não deveria ter decidido sobre o caso sozinho, mas, sim, deixado a decisão para a Quinta Turma do STJ. Depois, a Turma acabou julgando o caso e reduziu a pena de Lula de 12 anos e um mês para oito anos e 10 meses de prisão. Nesse pedido, ainda não houve voto dos ministros.

Outro pedido foi apresentado pela defesa de Lula no ano passado, quando Moro aceitou o convite de Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça.

No habeas corpus, a defesa do ex-presidente questiona a atuação e a imparcialidade do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, no julgamento do petista na primeira instância da Justiça Federal pelo caso do triplex do Guarujá (SP). À época, Moro era o juiz responsável pela Lava Jato no Paraná.

O atual ministro da Justiça do governo Bolsonaro condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Esse processo culminou na prisão de Lula após a condenação ter sido confirmada em segunda instância em janeiro do ano passado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O pedido de liberdade que está na fila da Segunda Turma foi apresentado pela defesa de Lula em 2018. O caso começou a ser julgado em dezembro pelo colegiado, mas foi interrompido antes de ser concluído.

Na ocasião, os ministros Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra o pedido para conceder liberdade a Lula.

G1
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O porta-voz da Presidência informou nesta terça-feira que o governo não vai revogar e nem atuará para impedir a votação do decreto das armas na Câmara dos Deputados, prevista para esta tarde. Segundo Otávio do Rêgo Barros , o presidente Jair Bolsonaro "já enfatizou que não irá interferir nas questões do Congresso Nacional".

— Entretanto, o governo federal tem buscado diálogo e o consenso para a aprovação das medidas que atendam às aspirações da maioria dos cidadãos brasileiros, que querem segurança e paz — declarou o porta-voz. — O governo não revogará e não colocará nenhum empecilho para que a votação ocorra no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse na segunda-feira que o decreto deve ser derrubado também na Câmara e que está negociando com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para encontrar um solução em projetos de lei. Parlamentares já preparam um novo texto para rever o Estatuto do Desarmamento, desburocratizando a posse e o porte de armas.

O Senado aprovou projetos que derrubaram o decreto de armas na última terça, com 47 votos favoráveis e 28 contrários. Para ter validade, a decisão precisa passar pelo plenário da Câmara.

O Globo
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Se as conversas vazadas do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro , envolvessem um parlamentar, o político já estaria preso ou cassado. A dura avaliação foi feita na noite desta segunda-feira pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante evento organizado pelo site Poder 360. Embora tenha feito a ressalva de que é preciso saber se as conversas divulgadas pelo site The Intercept são mesmos verdadeiras, Alcolumbre afirmou que, no caso de um parlamentar, isso nem seria levado em conta, porque o conteúdo "é grave".


Segundo o presidente do Senado, Moro teria ultrapassado o limite da ética que regula as relações entre um juiz e as partes do processo. Conversas por intermédio de um aplicativo de celular atribuídas ao ex-juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba e o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol revelaram supostas combinações sobre a condução da operação. Alcolumbre destacou que as pessoas "têm o direito" de conversas, mas "no limite da Constituição".

— Do ponto de vista ético, ultrapassou. Porque o juiz não pode conversar com o procurador. Se aquilo ali for tudo verdade, esse é o problema — disse Alcolumbre. — Aquela conversa não era para ter sido naquele nível entre o acusador e o julgador. (Se verdadeiras) são graves, muito graves. Se isso for verdade, se comprovar que é verdade, vai ter um impacto grande. Não em relação à operação (Lava-Jato), ninguém contesta isso nunca, mas em relação a procedimentos. De maneira procedimental, isso não é coisa boa para um julgador. Na política, se fosse com deputado ou senador, tava no Conselho de Ética, tava cassado ou tava preso. E não precisava nem provar se era com hacker, se era legal.

O presidente do Senado disse que não sabe dizer se o conteúdo das conversas pode ser usado para anular os processos da Lava-Jato. Moro contesta a autenticidade dos diálogos e defende não haver infrações nos textos divulgados. Ele atribui os vazamentos a um "ataque orquestrado" contra a operação contra a corrupção.

— Não sei se pode anular, como vai anular uma operação dessas — disse Alcolumbre.

O presidente do Senado destacou ainda que não seria o caso de usar o episódio de Moro para abrir uma CPI porque o Congresso deve ter outras prioridades.

— Do mesmo jeito que falei da CPI do Judiciário, falei da CPI do Moro. Não precisa disso, vamos cuidar da reforma. Do jeito que o Brasil não merece CPI do Lava Toga, não merece isso, não vai colaborar com o Brasil. Não é bom para o Brasil mesmo. Isso não vai ajudar na política. Vamos fazer o que tem que fazer para o bem.

Segundo Alcolumbre, a tendência é que após a aprovação da reforma da Previdência o clima entre Palácio do Planalto e o Parlamento piore de vez. Um dos principais motivos da animosidade são os ataques que os parlamentares vêm sofrendo nas redes sociais vindos de aliados do presidente.

— Se eu ficar ligando pra negócio Twitter, não vou ter tempo de trabalhar. Inclusive, se cancelar uns cinco pacotes de dados de Twitter na República a gente vai bem. Não precisa de muito, só uns cinco e o Brasil vai andar — disse ele, sobre a relação entre os Poderes.

Decreto das armas
Durante o evento organizado pelo Poder 360, o senador revelou ainda que chegou a propor ao governo alternativas ao texto do decreto das armas na tentativa de evitar que o texto fosse revogado pelos senadores, como acabou ocorrendo . Segundo Alcolumbre, o governo não aceitou alterações no decreto.

— Eu sou da Amazônia, o cara lá precisa de arma para comer e para defender sua família de uma onça. Sei de lugares que a onça passa no quintal da casa do cara. Então o cara quer ter a posse. Trabalhei e as testemunhas são Flávio Bolsonaro e o Marcos Rogerio. Estava pronto para votar um destaque (ao texto) protegendo atiradores, colecionadores, (garantindo) a posse e não o porte. (Estava) ponto um texto construído com todo mundo. Foram procurar o governo e o governo disse que não queria fazer acordo. Se tivesse votado o destaque, todo mundo votava porque corrigia as distorções.

O Globo
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O Brasil se classificou na Copa do Mundo Feminina, e Marta virou a maior artilheira da competição (entre homens e mulheres). A camisa 10 marcou de pênalti, superou Klose ao chegar aos 17 gols na história do torneio e foi decisiva para a vitória por 1 a 0 sobre a Itália, nesta terça-feira, em Valenciennes. Apesar do resultado positivo, a Seleção avança apenas com a terceira colocação do disputado Grupo C. Assim, vai pegar França (provavelmente) ou Alemanha na próxima fase.

Globo Esporte
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta terça-feira (18) um convite para que o procurador da República Deltan Dallagnol explique ao colegiado a troca de mensagens atribuídas ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

As mensagens foram publicadas pelo site The Intercept. Segundo o site, Moro, então juiz responsável pela Lava Jato no Paraná, orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores que atuam na operação. Dallagnol é o coordenador da força-tarefa.

Por se tratar de um convite, o procurador não é obrigado a comparecer à CCJ. Se fosse uma convocação, a presença seria obrigatória. A presidente da comissão, senadora Simone Tebet (MDB- MS), disse que o colegiado não tem poder para convocar procuradores da República.

Nesta quarta-feira (19), está prevista uma audiência com o ministro Sergio Moro na CCJ do Senado. Ele será ouvido sobre as mensagens publicadas pelo The Intercept.

Quando o site divulgou as conversas atribuídas aos ministros e procuradores, Moro afirmou que houve uma “invasão criminosa” e disse que não vê anormalidade nas supostas mensagens.

G1
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O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo a deputados e senadores, na manhã desta terça-feira, para que não deixem os dois decretos sobre armas "morrer na Câmara ou no Senado."

O tema será votado no plenário no Senado na tarde de hoje e poderá derrubar as medidas , editadas no mês passado para flexibilizar a posse e o porte de armas no país. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a derrubada dos decretos, por 15 votos a 9 .

O pedido em defesa dos decretos das armas foi feito durante o discurso de lançamento do Plano Safra 2019-2020, no Palácio do Planalto. O presidente chamou deputados e senadores de "nossos eternos aliados" e, diante da plateia de ruralistas, alegou que as armas são importantes para a "segurança no campo."

- O Senado e Câmara vão discutir a questão do decreto das armas. A segurança no campo é uma coisa importantíssima, e nós ampliamos, por decreto, o porte de arma de fogo em todo o perímetro da propriedade de vocês. Não deixem esses dois decretos morrer na Câmara ou no Senado. A nossa vida é muito importante. Vocês sabem o quão difícil é produzir nesse país, e a segurança tem que estar acima de tudo.

Bolsonaro afirmou em seguida que acredita que os parlamentares presentes na cerimônia iriam conversar com os demais colegas para que os atos não caiam, "afinal de contas, nós temos que confiar no próximo".

No sábado, Bolsonaro fez em suas redes sociais um pedido para a população cobrar os senadores pela manutenção dos decretos . Nesta terça-feira, o presidente disse que nada poderia fazer numa eventual derrota do texto. "Não sou ditador, sou democrata, pô" , destacou ele.

Caso a decisão da CCJ seja mantida no plenário do Senado, ela ainda terá que ser confirmada pela Câmara para ter efeito. De acordo com pesquisa Ibope , a maioria dos brasileiros é contra a flexibilização das regras das armas.

O Globo
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O 12º caso de malária na Paraíba em 2019 foi confirmado nesta terça-feira (18) pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, onde o paciente está internado. Só este mês foram confirmados quatro casos, o 9º e 10º no dia 4 e o 11º no dia 10.

De acordo com o hospital, o paciente é um homem, de 32 anos, agricultor, e morador do sítio Gurugi II, na zona rural da cidade do Conde. Ele deu entrada na instituição na segunda-feira (17), já com o diagnóstico de malária, e também iniciou o tratamento.

Ainda conforme o hospital, outras duas pessoas estão internadas na unidade de saúde para tratar a doença. Ambos estão em situação estável e um deles deve ter alta médica ainda nesta terça-feira.

Uma morte - em que há a suspeita de dengue, mas também foi incluída a de malária, tendo em vista a região onde a vítima morava - também é investigada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Ações de combate
Segundo as Secretarias de Saúde do Estado e do Conde, estão sendo realizados testes rápidos e de gota espessa em moradores do município para identificar a doença e tratar os pacientes diagnosticados. Além disso, uma Comissão de Investigação foi montada para executar uma busca ativa na região e entender os casos.

G1 PB
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Pode ser que no futuro a polícia conte com um novo método para ajudar na prevenção ao crime: saber os níveis de poluição nas cidades. E, com o resultado dessa aferição, ela poderá voltar sua atenção e recursos para aquelas áreas onde o ar se mostrar mais sujo.

Você deve estar se perguntando: mas o que uma coisa tem a ver com a outra?

Pode ser que no futuro elas tenham tudo a ver.

Pesquisas recentes sobre os efeitos da poluição nos seres humanos mostraram que, além de problemas de saúde mental, de piora da capacidade de julgamento e do desempenho escolar, ela também pode estar ligada a um aumento dos níveis de criminalidade.

Essas descobertas são alarmantes, uma vez que mais da metade da população mundial vive em ambientes urbanos – e cada vez mais viajamos para áreas poluídas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que nove entre dez pessoas frequentemente respirem níveis considerados perigosos de ar poluído. A poluição do ar mata cerca de sete milhões de pessoas por ano.

Mas será que poderíamos em breve acrescentar números de homicídio à essa conta?

A "BBC Future" mostra a seguir quais as evidências mais recentes sobre esse tema.

Ar poluído prejudica o raciocínio
Em 2011, o pesquisador Sefi Roth, da universidade London School of Economics, em Londres, decidiu estudar os muitos efeitos da poluição do ar.

Ele estava ciente do impacto negativo dela na saúde, do aumento de internações hospitalares e também da mortalidade. Mas, pensou, talvez houvesse outros efeitos colaterais em nossas vidas.

Roth conduziu um estudo para saber se a poluição afetava o desempenho cognitivo.

Ele e sua equipe observaram estudantes fazendo provas em dias diferentes – e mediram a quantidade de poluição nestas datas.

Todas as outras variáveis permaneceram as mesmas: os exames foram feitos por estudantes de níveis semelhantes de educação, no mesmo local, mas ao longo de vários dias.

O pesquisador descobriu que a variação nos resultados médios era muito diferente. Nos dias mais poluídos, os alunos obtiveram as piores notas. E quando o ar estava mais puro, as notas eram melhores.

"Percebemos um claro declínio [do desempenho] nos dias mais poluídos", diz Roth.
"Mesmo alguns dias antes e alguns depois, não encontramos nenhum efeito – foi apenas no dia do exame que a pontuação do teste diminuiu significativamente."

Para determinar os efeitos a longo prazo, Roth decidiu ver o impacto que o desempenho nesses testes teve entre oito e dez anos depois.

Aqueles alunos que tiveram pior desempenho nos dias mais poluídos acabaram indo estudar em universidades nas quais as notas para admissão eram mais baixas - e aqueles testes que eles haviam feito contabilizam pontos para entrar na faculdade.

Eles também estavam ganhando menos. "Portanto, mesmo que haja um efeito de curto prazo da poluição, se este ocorrer em uma fase importante da vida, poderá ter um impacto de longo prazo", afirma.

Aumento da criminalidade
Em 2016, outro estudo referendou as descobertas iniciais de Roth de que a poluição pode diminuir a produtividade.

Essas descobertas levaram ao trabalho mais recente de Roth.

Em 2018, sua equipe analisou dados de crimes em um período de dois anos em mais de 600 áreas de Londres e descobriu que o número de pequenos delitos era maior nos dias com poluição excessiva tanto em áreas ricas quanto nas mais pobres.

Embora devamos ser cautelosos em tirar conclusões sobre correlações como essas, os autores viram algumas evidências de que existe um nexo de causalidade.

Como parte do mesmo estudo, eles compararam áreas muito específicas ao longo do tempo, bem como acompanharam os níveis de poluição nesse período.

Uma nuvem de ar poluído, afinal, pode se mover dependendo da direção do vento. Isso leva a poluição a diferentes partes da cidade, a áreas mais ricas e mais pobres.

"Apenas seguimos essa nuvem diariamente e vimos o que aconteceu com a criminalidade nas áreas onde ela chegava. Descobrimos que, onde quer que ela chegasse, a taxa de criminalidade aumentava", ele explica.
É importante ressaltar que mesmo a poluição moderada fez diferença. "Descobrimos que esses grandes efeitos sobre o crime também aparecem quando a poluição está em níveis que estão bem abaixo dos padrões regulatórios atuais."

Em outras palavras, os níveis que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA classifica como "bons" ainda estavam fortemente vinculados às taxas de criminalidade mais altas.

Embora os dados de Roth não tenham encontrado um forte efeito sobre crimes mais graves, como assassinato e estupro, outro estudo de 2018 mostrou que é possível haver um vínculo entre estes e a poluição.

A pesquisa, liderada por Jackson Lu, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), examinou dados criminais de um período de nove anos em mais de 9 mil cidades dos Estados Unidos.

E descobriu que "a poluição do ar previa seis categorias principais de crime" incluindo homicídio culposo, estupro, roubo, roubo de carros e assaltos.

As cidades com maior índice de poluição também apresentaram as maiores taxas de criminalidade.

Este foi outro estudo correlacional, mas que agregou fatores como população, níveis de emprego, idade e sexo – e a poluição ainda era o que mais conseguia prever o aumento dos níveis de criminalidade.

Outra evidência da relação entre criminalidade e poluição vem de um estudo de "comportamento delinquente" (incluindo fraude, roubo, vandalismo e uso de drogas ilícitas) feito com mais de 682 adolescentes.

Diana Younan e seus colegas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) analisaram especificamente as minúsculas partículas PM2.5, que são 30 vezes menores que a largura de um fio de cabelo humano, e consideraram o efeito cumulativo da exposição a esses poluentes por um período de 12 anos.

Mais uma vez, os pesquisadores notaram que um "mau comportamento" foi significativamente mais provável em áreas com maior poluição.

Para comprovar essa relação, que não poderia simplesmente ser explicada pelo status socioeconômico, a equipe de Younan também levou em consideração a educação dos pais, a pobreza, a qualidade de sua vizinhança e muitos outros fatores para isolar o efeito das micropartículas em comparação com outros conhecidos fatores que influenciam os crimes.

Younan diz que suas descobertas são especialmente preocupantes, pois sabemos que o comportamento de um indivíduo durante a adolescência é um forte indicador de como ele se comportará como um adulto.

Indivíduos delinquentes têm maior probabilidade de apresentar resultados piores na escola, vivenciam o desemprego e são mais propensos ao abuso de substâncias. Isso significa que uma intervenção em idade precoce deve ser uma prioridade.

Poluição e julgamento moral
Existem muitos mecanismos que podem explicar como a poluição do ar afeta nossos julgamentos morais.

Lu, por exemplo, mostrou que apenas o fato de pensar na poluição pode influenciar nossa mente por meio de suas associações negativas.

Naturalmente, os pesquisadores não puderam expor fisicamente os participantes à poluição, então mostraram aos participantes americanos e indianos fotos de uma cidade extremamente poluída e pediram que se imaginassem morando lá.

"Nós os fizemos experimentar psicologicamente os efeitos da poluição", explica Lu. "Então, pedimos a eles que realmente se imaginassem vivendo nesta cidade para ver como se sentiriam, para fazê-los experimentarem psicologicamente como seria a sensação de viver num ambiente poluído e num ambiente com ar limpo."

Ele descobriu que a ansiedade dos participantes aumentava e eles se tornavam mais autocentrados - duas coisas que poderiam aumentar comportamentos agressivos e irresponsáveis.

"Como mecanismo de autoproteção, todos sabemos que, quando estamos ansiosos, a probabilidade de socar alguém é maior do que quando estamos calmos", diz Lu. "Então, ao aumentar ansiedade das pessoas, a poluição do ar pode ter um efeito prejudicial no comportamento."

Em outros experimentos, a equipe descobriu que os participantes que viviam em condições com mais poluição tinham maior probabilidade de trapacear em várias tarefas e superestimar seus desempenhos para obter recompensas.

Esta pesquisa é apenas o começo, e pode haver muitas razões para o surgimento de efeitos como o aumento da ansiedade e do foco em si mesmo descritos no trabalho de Lu - incluindo mudanças fisiológicas no cérebro.

Quando você respira ar poluído, por exemplo, isso afeta a quantidade de oxigênio que você tem em seu corpo em um dado momento - o que, por sua vez, pode resultar na redução do "ar bom" para o cérebro.

Além disso, pode irritar o nariz, a garganta e causar dores de cabeça - o que pode diminuir nossos níveis de concentração.

Também está claro que a exposição a vários poluentes pode causar inflamação no cérebro e danificar sua estrutura e as conexões neurais. "Então, o que pode estar acontecendo é que esses poluentes do ar estão danificando o lobo pré-frontal", diz Younan.

Esta área é muito importante para controlar nossos impulsos, nossa função executiva e o autocontrole.

Então, além de poder fazer com que a propensão ao crime aumente, a poluição também pode causar um sério declínio na saúde mental.

Um estudo de março de 2019 mostrou que adolescentes expostos ao ar tóxico e poluído apresentam maior risco de ter episódios psicóticos, como ouvir vozes ou apresentar paranoia.

A pesquisadora Joanne Newbury, do King's College de Londres, diz que ainda não pode afirmar que seus resultados são causais, mas que eles estão de acordo com outros estudos que sugerem uma ligação entre a poluição do ar e a saúde mental.

"Isso se soma às evidências que ligam a poluição do ar a problemas de saúde física e à demência. Se é ruim para o corpo, é de se esperar que seja ruim para o cérebro", afirma.

Os pesquisadores dizem que agora é preciso haver uma maior conscientização sobre o impacto da poluição do ar. "Precisamos de mais estudos mostrando a mesma coisa em outras populações e grupos etários", diz Younan.

BBC
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O resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) está disponível na página do programa. Para assegurar a bolsa de estudos, os estudantes que foram selecionados devem, a partir de hoje (18), comparecer nas instituições de ensino e comprovar as informações fornecidas na hora da inscrição.

No site do ProUni está disponível a lista da documentação necessária. Cabe aos estudantes verificar, nas instituições de ensino para as quais foram selecionados, os horários e o local de comparecimento para a aferição das informações. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 25 de junho.

Aqueles que não foram selecionados têm ainda outras chances. No dia 2 de julho será divulgada a lista dos aprovados em segunda chamada. Os candidatos podem, ainda, participar da lista de espera nos dias 15 e 16 de julho.

ProUni
Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade.

As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo. As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos.

Quem pode participar
Podem participar do ProUni candidatos que não tenham diploma de curso superior e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Além disso, os estudantes precisam ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsista integral.

É preciso ter obtido ainda nota mínima de 450 pontos na média aritmética das notas obtidas nas provas do Enem. O cálculo é feito a partir da soma das notas das cinco provas, dividida por cinco. Outra exigência é a de que o aluno não tenha tirado zero na redação.

Também podem se inscrever no programa estudantes com deficiência e professores da rede pública.

Agência Brasil
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O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) prorrogou na segunda-feira (17) a chamada para pré-matrícula dos candidatos classificados pelo SISU 2019.2 para os cursos superiores presenciais nos campi de Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa Monteiro, Patos, Picuí, Princesa Isabel e Sousa. O prazo segue até esta terça-feira (18).

Os candidatos aprovados fazem esta esta terça, mas pode ser feito também no dia 19/06, para os retardatários. A lista dos aprovados pode ser conferida no portal do estudante. A matrícula deve ser realizada obrigatoriamente no campus do curso no qual o candidato foi classificado, exclusivamente para o curso/turno escolhido no ato da inscrição.

Os candidatos relacionados foram classificados de acordo com o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ano 2018, levando-se em conta as modalidades de concorrência optadas no ato da inscrição e os critérios de classificação e desempate elencados no Termo de Adesão ao SISU.

Neste ano, o IFPB ofereceu pelo Sisu 1.310 vagas provenientes de 35 cursos em 10 campi da Paraíba. Dos 35 cursos ofertados pelo IFPB, nove são cursos de bacharelado, sete são de licenciatura e dezenove de tecnólogo.

G1 PB
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