América, canto de um povo novo
Olhando o mesmo sol,
O mesmo céu,
A mesma lua, filhos da terra que é Pai
E que é mãe de todas as criaturas.
Sintonia com a natureza, perante o grande
Altar de Deus.
Eu vivia brincando, caçando,
Amando, gerando na pura nudez da vida.
A terra era meu culto, eu não tinha lucro.
Eu era Mãe terra,
Mãe-terra era eu.
Mas eis que o fio de espada
Extinguiu, ceifou a tantos
E quantos meus.
A outros fez escravos, excluídos,
Cerceados. História, memória que não morreu.
Eu sou América, sou o povo da terra.
Sou Apache, Asteca, sou Maia, sou Inca
Aimoré, Ianomâmi, Carajás, Tupi-guarani.
E o meu canto é de todos os povos.
Povos que cantam a esperança de uma nova
Terra sem males, sem guerra,
Projetos de Deus.
Pois acredito nessa fé que vem do coração;
Na resistência daqueles que tecem o fio
Do caminho que leva ao amor.
Waldemir R. Fernandes
Pesquisa: Arimatéa Porto
COMECE O DIA FELIZ
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