Sabedoria ao falar, sabedoria em calar
A sabedoria ao falar e a sabedoria em calar nos remete às reflexões de São Josemaria Escrivá que nos diz “de calar-te, não te arrependerás nunca; de falar, muitas vezes“. O silêncio, longe de ser um sinal de fraqueza, é uma ferramenta poderosa. Ele nos dá tempo para refletir, avaliar o impacto das palavras e evitar arrependimentos futuros. Em um mundo onde a comunicação instantânea predomina, a impulsividade na fala (ou na escrita) pode ser um grande inimigo. Redes sociais, por exemplo, amplificam a necessidade de opinar sobre tudo, mas será que vale a pena?
Por tantas vezes nos ferve a vontade de falar, mas é aí que temos que medir a sabedoria ao falar e a sabedoria em calar. Em mais um trecho do livro Caminho (619) de Escrivá, temos mais uma rica pontuação para a vida: “cala-te sempre que sintas dentro de ti o referver da indignação. – ainda que estejas justissimamente irado. Porque, apesar da tua discrição, nesses instantes sempre dizes mais do que quererias dizer.”
Ao remoer e queixar-se muitas vezes, as coisas podem tomar proporções piores
Claro que aqui mora também a necessidade de falar no tempo certo. Ainda Escrivá nos coloca: “In silentio et in spe erit fortitudo vestra” – no silêncio e na esperança residirá a vossa fortaleza… assegura o Senhor aos seus. Calar-se e confiar: duas armas fundamentais no momento da adversidade, quando te forem negados os remédios humanos. O sofrimento suportado sem queixa dá também a medida do amor.”
Nem tudo o que pensamos precisa ser expresso em palavras. Algumas verdades podem ferir, ser irrelevantes ou inoportunas. O silêncio pode ser uma forma de sabedoria, um ato de respeito ou uma estratégia para evitar conflitos inúteis. Isso não significa que devemos ser omissos ou esconder nossos sentimentos, mas que devemos escolher as palavras com discernimento.
A verdade nunca deve ser omitida e precisa ser falada como forma de educar a nós e ao outro, de crescer também na vida interior e no nosso amadurecimento ao lidarmos com as dificuldades. Sendo assim, a esquiva, a fuga também não deve ocorrer em nós.
Ao aprender a calar no momento certo, evitamos discussões vazias
Preservamos relações e cultivamos a paz interior. O segredo está no equilíbrio: saber quando falar e quando silenciar. Antes de abrir a boca (ou digitar), pergunte-se: “Isso é necessário? Construtivo? Vai fazer bem a alguém?” Se a resposta for não, talvez seja melhor guardar para si.
Um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro
Canção Nova
Portal Santo André em Foco
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