Por que Deus não me escuta?
Por que Deus não me escuta?
Por que Deus não me escuta? Todos nós nos fazemos essa pergunta mais cedo ou mais tarde, e teremos que passar pela experiência da provação, tanto a nível pessoal como com pessoas que nos são queridas. Há situações que, humanamente, são impossíveis resolver. Dentre elas, a mais dolorosa é ver uma pessoa que amamos em dificuldades e não podermos socorrê-la. A impotência diante dos sofrimentos da vida só tem um caminho de redenção, que é a fé em Jesus. No entanto, muitas vezes, ouvimos: “Eu tenho muita fé! Por que Deus não me escuta?”.
Por que Deus não me escuta?
Se tens fé, porque se lamenta por não ser atendido? Por que Deus não me escuta? O Catecismo nos diz que a nossa confiança filial é submetida à prova quando temos a sensação de não sermos atendidos. A Igreja, em sua sabedoria, nos ensina que a provação revela qual é a imagem que temos de Deus que motiva a nossa oração. Deus é um meio a utilizar alguém que tem obrigações em nos atender em tudo e de forma rápida ou é o Pai amoroso de nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Pai? (CIC 2734-2756).
Quando se levanta a questão: Por que Deus não me escuta? Coloca-se Deus e seu amor providente em certa suspeição. Foi assim que, no princípio, a Serpente tentou nossos primeiros pais (cf. Gen 3). O Papa João Paulo II revela com perspicácia que, na história do homem, quando aparece pela primeira vez o “perverso gênio da suspeição”, é falseada a verdade sobre a identidade de Deus, pois se procura falsear o próprio Bem absoluto, que se manifestou na criação como Amor criador (DeV, 37).
Bento XVI, sobre esta “suspeição” que acontece na atualidade, diz o seguinte:
“Para o homem de hoje, em relação (…) à perspectiva clássica da fé cristã, num certo sentido, as coisas se inverteram, ou seja, o homem já não pensa que precisa da justificação diante de Deus, mas o seu parecer é que Deus se deve justificar devido a quanto há de horrendo no mundo e a miséria do ser humano, tudo coisa que, em última análise, dependeriam dele”. (BENTO XVI, apud TEMPESTA, 2016).
Uma fé alicerçada em Deus
Não podemos esquecer que, na oração, combatemos contra nós mesmos e contra as astúcias do Tentador que faz de tudo para nos desviar da oração e da união com nosso Senhor. Por isso temos que ter alicerçada uma fé autêntica em Deus. O nosso Pai sabe muito bem do que precisamos, ainda antes que Lho peçamos (cf. Mt 6, 8). Santo Agostinho diz: “Não te aflija se não recebes imediatamente de Deus, o que lhe pedes: pois Ele quer fazer-te um bem ainda maior”, ensina o Catecismo (CIC 2725- 2737).
O método antigo e sempre novo para responder: Por que não me escuta? Enfim, passar pela provação e enfrentar o silêncio e as demoras de Deus (cf. Eclo 2,3) é crer e esperar que Ele, em Seu amor, fará tudo concorrer para o bem daqueles que O amam (cf. Rm 8,28). Que tenhamos viva nossa confiança filial no bom Deus como teve Santa Teresinha, que, relendo sua história, dias antes da sua morte, concluiu em meio aos seus maiores sofrimentos que “Tudo é graça”.
Abraço fraterno, de sua irmã em Cristo
Rosa Cruvinel
Canção Nova
Portal Santo André em Foco
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